Neuroblastoma - conceito, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e evolução
O que é neuroblastoma?
O neuroblastoma é um tumor1 maligno sólido que geralmente acomete as pequenas glândulas2 situadas nos polos superiores dos rins3 (glândulas2 adrenais). Também pode se desenvolver em outros locais do corpo, como barriga, peito4, pescoço5, pelve6 e ossos. Quase 97% dos neuroblastomas são malignidades embrionárias do sistema nervoso7.
Quais são as causas do neuroblastoma?
A causa da mutação genética8 original que motiva o neuroblastoma não é conhecida. É ela que permite que as células9 se multipliquem fora de controle, gerando o tumor1. Quando há histórico familiar da doença, o risco do neuroblastoma se torna maior. Em países desenvolvidos há uma incidência10 maior de neuroblastomas do que em países subdesenvolvidos. Cerca de 55% das crianças afetadas têm entre 1 e 5 anos de idade e 40% delas têm mais de 5 anos de idade. A incidência10 do neuroblastoma é um pouco maior nos meninos que nas meninas (1,2/1).
Qual é o mecanismo fisiológico11 do neuroblastoma?
Neuroblastos são células9 imaturas que fazem parte do desenvolvimento do feto12. A maioria destas células9 se transformam em células nervosas13, fibrosas e nas que compõem as glândulas2 suprarrenais. Algumas amadurecem ou desaparecem, mas outras viram um tumor1.
Quais são as principais características clínicas do neuroblastoma?
Os sintomas14 do neuroblastoma variam de acordo com a parte do corpo afetada. Se ele se localiza no tórax15, os principais sintomas14 são dores nessa região, chiado no peito4 e mudanças nos olhos16 (pálpebra caída, tamanhos desiguais das pupilas, etc).
Se no abdômen, pode ocorrer dor abdominal, surgimento de uma massa dura abaixo da pele17, inchaço18 nas pernas e alterações nos hábitos intestinais, como diarreia19 frequente, por exemplo. Outros sintomas14 que podem ocorrer são febre20, dores nas costas21, olheiras escuras, perda de peso inesperada, dores nos ossos e globos oculares deslocados para frente. Problemas urinários e intestinais podem ocorrer por conta da pressão que o tumor1 pode exercer no abdômen.
Quando o tumor1 se dissemina, os órgãos mais afetados são os gânglios linfáticos22 e os ossos. Os linfonodos23 inchados podem ser sentidos como nódulos no pescoço5, axila, virilha e em cima da clavícula24. Os ossos apresentam dores e até o andar se torna uma atividade difícil. Se o tumor1 pressionar a medula25, pode ocorrer fraqueza, dormência26 ou paralisia27 nos membros superiores ou inferiores. Pode haver também diminuição da produção de glóbulos brancos, plaquetas28 e células9 vermelhas e sintomas14 como sangramentos, fraqueza e cansaço.
Esse tumor1 é capaz de liberar hormônios que podem causar problemas em órgãos e tecidos distantes, causando taquicardia29, febre20, vermelhidão da pele17, diarreia19 constante, pressão arterial30 alta e sudorese31.
Saiba mais sobre "Diarreia19", "Febre20", "Dormência26", "Taquicardia29" e "Hipertensão32".
Como o médico diagnostica o neuroblastoma?
Para estabelecer um diagnóstico33 correto, o médico precisa fazer uma história clínica completa, um exame físico minucioso e solicitar exame de urina34 e de sangue35, radiografias, ressonância magnética36, tomografia computadorizada37 e ultrassonografia38.
Como o médico trata o neuroblastoma?
Crianças que tenham um tumor1 pequeno e sem metástases39 devem ser submetidas à cirurgia para extirpação do mesmo. Essa é a única modalidade necessária de tratamento. Pacientes com tumores maiores ou com metástases39 devem, além disso, serem submetidos à quimioterapia40 e/ou radioterapia41.
Como evolui em geral o neuroblastoma?
Graças a uma melhor detecção de tumores, a taxa de sobrevida42 de crianças de 5 anos aumentou de 24% na década de 60, para 55% na década de 90. Como a doença é rara depois dos 15 anos, quando ela é descoberta nesta faixa etária, na maioria das vezes, ela já sofreu metástases39 e se espalhou para outros órgãos do corpo. Uma recidiva43 da doença pode ocorrer no mesmo lugar ou em qualquer outra parte do corpo.
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As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.