Espermatocele entendendo o que acontece!
O que é espermatocele?
A espermatocele é uma bolsa anormal (um cisto) que se forma no epidídimo1, o pequeno tubo espiral com cerca de seis metros de comprimento onde o esperma2 amadurece à medida que caminha. O epidídimo1 fica localizado na parte superior do testículo3 e coleta e transporta o sêmen4. A espermatocele, que geralmente é indolor e não cancerosa, é preenchida com um líquido leitoso ou trasnparente que contém esperma2.
Quais são as causas da espermatocele?
A causa exata da espermatocele não está clara, mas pode ocorrer devido a um bloqueio em um dos ductos que transporta o sêmen4, localizado na cabeça5 do epidídimo1, causando um acúmulo de esperma2 que gera a espermatolcele. Em muitos casos, o acúmulo de esperma2 parece ocorrer espontaneamente, sem nenhum caso anterior de lesão6, infecção7 ou condição inflamatória propiciadora.
Leia sobre "Torção8 de testículo3", "Câncer9 de testículo3", "Balanite" e "Balanopostite10".
Quais são as principais características clínicas da espermatocele?
A espermatocele é uma condição comum (cerca de 30% dos homens adultos), mas embora ela seja benigna (não cancerosa) e indolor, deve ser investigada como qualquer outra anormalidade no escroto11 para afastar condições mais graves. Ela é muito variável de tamanho, mas normalmente não causa incômodos. No entanto, se o cisto crescer demais, pode causar dor, peso no testículo3 afetado e inchaço12 atrás e sobre o testículo3. Na maioria dos casos, a espermatocele não reduz a fertilidade nem requer tratamento, mas se uma espermatocele cresce o suficiente para causar desconforto, o médico pode recomendar uma cirurgia.
Como o médico diagnostica a espermatocele?
Para diagnosticar uma espermatocele, o médico terá que fazer um exame físico, no qual ela aparecerá como um caroço firme e do tamanho de uma ervilha. Pode ser necessário também realizar testes de transiluminação e ultrassom. A ultrassonografia13 é quase 100% precisa no diagnóstico14 da espermatocele. Ela ajuda a determinar se o nódulo15 é uma espermatocele cheia de líquido ou uma massa dura e compacta que pode ser um tumor16.
Quando as condições são dolorosas, exames laboratoriais, como hemograma e exame de urina17, podem ser usados para determinar se há ou não uma inflamação18 e infecção7 associadas.
O auto-exame regular, além de ser um importante hábito de saúde19, pode induzir a um diagnóstico14, mas não deve substituir o exame médico. O médico deve verificar o estado dos testículos20 sempre que o paciente fizer um exame físico geral.
Como o médico trata a espermatocele?
Não existem medicamentos específicos que tratem a espermatocele, mas felizmente a maioria dos casos requer pouco ou nenhum tratamento, pois o mais comum é que ela se resolva por conta própria. Se houver dor podem ser usados analgésicos21 comuns e antibióticos podem ser prescritos quando houver suspeita de infecção7. No entanto, nos casos que requerem cirurgia, muitas vezes realizadas ambulatorialmente, as intervenções têm sido bem-sucedidas.
Uma advertência: anormalidades ou dores na virilha podem resultar de torção8 testicular, uma condição de emergência22 que requer atenção médica imediata.
A aspiração do cisto com agulha pode ajudar a aliviar a dor e a pressão no interior das espermatoceles. Se o cisto reincidir, o médico poderá realizar uma escleroterapia23, que consiste em injetar uma sustância que preencha a bolsa que constitui a espermatocele com tecido24 cicatricial esclerosante. Isso, no entanto, pode danificar o epidídimo1 e comprometer a fertilidade e, por isso, o médico só sugerirá essa opção se o paciente não estiver interessado em ter filhos posteriormente.
Quais são as complicações possíveis da espermatocele?
É improvável que uma espermatocele cause complicações. No entanto, se ela se tornar dolorosa ou crescer tanto que cause desconforto, pode ser necessário realizar uma operação para removê-la. A remoção cirúrgica pode danificar o epidídimo1 ou o canal deferente25 (tubo que transporta espermatozoides26 do epidídimo1 para o pênis27) e reduzir a fertilidade, mas isso é raro. Em um pequeno número de casos, a espermatocele pode reaparecer após a cirurgia.
Veja também sobre "Fimose28", "Criptorquidia29", "Espermograma" e "Doenças do pênis27".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites da Mayo Clinic e da Cleveland Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.