Como é a osteomalácia? Por que ela aparece? Quais são os sintomas? O que fazer para prevenir ou tratar?
O que é osteomalácia1?
O crescimento dos ossos requer uma alimentação normalmente balanceada de cálcio e fósforo, mas o organismo não consegue absorver estes minerais sem que haja uma quantidade suficiente de vitamina2 D. Nas crianças ou adolescentes essa situação leva ao raquitismo3. A situação correspondente no adulto resulta em osteomalácia1 (osteo = osso; malácia = amolecimento), que é o enfraquecimento e desmineralização de seus ossos, levando-os a se tornarem mais vulneráveis e sujeitos a fraturas. A osteomalácia1 se apresenta como osteopenia e dor óssea.
Quais são as causas da osteomalácia1?
A osteomalácia1 é devida à deficiência de vitamina2 D, deficiente ingesta de cálcio e por exposição insuficiente à luz solar (os raios ultravioletas ajudam a sintetizar a vitamina2 D). A vitamina2 D promove o aproveitamento do cálcio e na ausência dela o cálcio da dieta não é absorvido adequadamente pelos intestinos4. A osteomalácia1 também pode ser consequente a hepatopatias crônicas, insuficiência renal5, câncer6, acidose7, uso prolongado de anticonvulsivantes, etc. Também pode ocorrer perda de fósforo, de natureza congênita8 ou por lesão9 renal10. Por isso, é mais comum que os déficits de vitamina2 D ocorram em pessoas que se expõem pouco ao sol, precisam ficar em ambientes fechados, têm intolerância à glicose11, não bebem leite e não usam derivados dele ou seguem uma dieta vegetariana.
Quais são os principais sinais12 e sintomas13 da osteomalácia1?
Os principais sinais12 e sintomas13 da osteomalácia1 são: dores ósseas e fraqueza muscular. Se o nível de cálcio sanguíneo estiver muito baixo, pode haver sensação de dormência14 ao redor dos lábios, nos braços ou nas pernas e tetania15 (espasmos16 musculares) nas mãos17, pés e garganta18. Os ossos podem sofrer fraturas ante um traumatismo19 mínimo.
Como o médico diagnostica a osteomalácia1?
O médico pode diagnosticar a osteomalácia1 através da história clínica e dos sintomas13 e obter confirmação desse diagnóstico20 por meio de exames de sangue21 que meçam os índices plasmáticos de cálcio, fósforo e fosfatase alcalina22, bem como por meio de radiografias dos ossos afetados, os quais podem apresentar perda dos limites ósseos, rarefação óssea e/ou fraturas. Embora incomum, a biópsia23 óssea pode indicar a presença ou a ausência de osteomalácia1. Essa doença pode ser facilmente confundida com a osteoporose24, impondo-se um diagnóstico20 diferencial minucioso.
Como o médico trata a osteomalácia1?
O tratamento da osteomalácia1 consiste em aumentar os níveis de fósforo, fosfato e vitamina2 D no organismo, por meio de uma dieta mais rica nesses elementos. Os seguintes alimentos são fontes de vitamina2 D e devem ser ingeridos livremente: manteiga, ovos, óleo de fígado25 de peixe, margarina, leite fortificado, sucos, atum, arenque e salmão. As patologias que geram o raquitismo3 devem ser tratadas pelos meios próprios.
Como prevenir a osteomalácia1?
- O distúrbio pode ser corrigido pela reposição da vitamina2 D e dos minerais faltantes.
- Pacientes com distúrbios renais devem dosar regularmente os níveis de cálcio e fósforo séricos e usar complementos desses minerais quando necessário.
- A pessoa deve expor-se ao sol pelo menos quinze minutos por dia.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.