Artrite séptica - características, diagnóstico, tratamento e evolução
O que é a artrite1 séptica?
A artrite1 séptica, ou artrite1 infecciosa, é uma infecção2 dolorosa em uma articulação3, pela invasão de um microrganismo patógeno (bactéria4, vírus5 ou fungo6).
Quais são as causas da artrite1 séptica?
A infecção2 que causa a artrite1 séptica pode vir através da corrente sanguínea, a partir de outra parte do corpo ou de uma lesão7 penetrante que permite a entrada de germes diretamente na articulação3. A artrite1 séptica pode ser causada por infecções8 bacterianas, virais ou fúngicas9. A infecção2 bacteriana por Staphylococcus aureus é a mais comum, mas uma mesma articulação3 pode ser infectada por mais de uma bactéria4 diferente.
A infecção2 bacteriana pode se desenvolver quando uma infecção2 da pele10 ou do trato urinário11, por exemplo, se espalha através da corrente sanguínea para uma articulação3 ou, menos comumente, uma perfuração, injeção12 de drogas ou cirurgia próxima a uma articulação3 abre caminho para germes que alcançam o espaço da articulação3.
A inflamação13 pode aumentar a pressão no interior da articulação3 e reduzir o fluxo de sangue14 dentro dela, contribuindo para o dano. As infecções8 articulares crônicas são muitas vezes provocadas por bacilos da tuberculose15 ou fungos.
Qual é a fisiopatologia16 da artrite1 séptica?
Assim que o agente microbiano penetra na articulação3, ele inicia uma série de reações inflamatórias que ativam a liberação de citocinas17 e outras enzimas colágeno18 degradantes, o que pode levar a um permanente dano articular ou à sua total destruição. Essas substâncias podem induzir proliferação da membrana sinovial19, granulação20 tecidual, neovascularização21 e infiltrações por células22 polimorfonucleares23, o que pode resultar, se não for tratado, na destruição do osso e da cartilagem24.
O dano articular pode progredir mesmo depois da erradicação dos microrganismos, pois a persistência dos antígenos25 bacterianos e proteinases dentro da articulação3 continuarão promovendo uma resposta inflamatória.
Quais são as principais características clínicas da artrite1 séptica?
A artrite1 séptica atinge mais o sexo masculino e os extremos de idades (crianças e idosos). Quando o médico julga que o paciente possa estar com artrite1 infecciosa, deve tentar localizar logo a “porta de entrada”. Embora existam várias “portas de entrada” possíveis, as mais comuns são feridas na pele10, infecção2 de garganta26, infecção2 urinária, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), lesões27 de pele10 e drogas injetáveis.
Em geral, os sintomas28 da infecção2 se manifestam intensamente e de forma aguda. Os fungos ou as micobactérias costumam causar sintomas28 de menor intensidade e afetar apenas uma articulação3, raramente várias simultaneamente. Os joelhos são as articulações29 mais comumente afetadas, mas a artrite1 séptica também pode acometer outras articulações29, como os quadris e ombros, por exemplo.
A infecção2 pode danificar rápida e severamente a cartilagem24 envolvida, bem como o osso dentro da articulação3, de modo que o pronto tratamento é crucial. A artrite1 séptica normalmente provoca extremo desconforto e dificuldade de usar a articulação3 afetada. A articulação3 pode se apresentar inchada, vermelha e quente e o paciente pode ter febre30.
Como o médico diagnostica a artrite1 séptica?
A história clínica e o exame físico constituem o passo inicial para o diagnóstico31 da artrite1 séptica, mas ele pode ser complementado pelos seguintes testes de laboratório: análise e cultura do líquido articular (cor, consistência, volume e composição); exames de sangue14; exames de imagem (radiografias e outros). Quando há artrite1, este líquido assume aspecto leitoso ou amarelado-esverdeado, frequentemente purulento32, contendo grande número de células22 brancas e bactérias.
Conheça outros tipos de artrite1 lendo os artigos "Como é a osteoartrite33?", "Artrite1: por que acontece? O que sente uma pessoa com artrite1?" e "Artrite reumatoide34: definição, causas, sinais35 e sintomas28, diagnóstico31, tratamento, prevenção e evolução"
Como o médico trata a artrite1 séptica?
A artrite1 séptica tem cura, mas seu tratamento deve ser iniciado o mais prontamente possível, geralmente num hospital, com o uso de antibióticos venosos e drenagem36 da articulação3, para não deixar sequelas37. Após isso, o tratamento deve ser continuado com fisioterapia38 para recuperar a integridade funcional da articulação3 comprometida.
A drenagem36 pode remover o líquido articular através de agulha, artroscopia39 ou cirurgia aberta. Esse procedimento tanto é um recurso terapêutico como diagnóstico31, servindo para análise laboratorial do líquido. Para selecionar o antibiótico mais eficaz, o médico deve fazer identificar em laboratório o micróbio causador da infecção2.
De início, os antibióticos para combater a infecção2 são dados por via venosa, porém mais tarde, quando a infecção2 cedeu um pouco, passam a ser dados oralmente. As infecções8 causadas por fungos tratam-se com medicamentos antimicóticos e as tuberculosas com uma combinação de antibióticos. As infecções8 virais costumam melhorar de forma espontânea e só é necessária terapia para a dor e a febre30. Uma “lavagem” articular pode ser necessária para que um grande número de bactérias e produtos da inflamação13 sejam rapidamente retirados da articulação3.
Como evolui a artrite1 séptica?
O prognóstico40 da artrite1 séptica gonocócica é melhor que o da artrite1 séptica não gonocócica.
Na maioria dos casos tratados precocemente, a evolução é favorável. No entanto, o atraso no diagnóstico31 e no tratamento pode fazer com que a artrite1 séptica evolua para uma perda total da cartilagem24, levando à rigidez articular e anquilose41.
Quais são as complicações possíveis da artrite1 séptica?
Se o tratamento for delongado, a artrite1 séptica pode levar à degeneração42 e a danos permanentes da articulação3, sobretudo se houver pus43.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.