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Bomba de insulina - quais as vantagens e as desvantagens?

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O que é a bomba de insulina1?

A bomba de insulina1 é um pequeno aparelho eletrônico, com peso aproximado de 100 gramas, idealizado para ser usado pelas pessoas diabéticas. Ela disponibiliza continuamente microdoses de insulina2 durante as 24 horas do dia, de forma pré-programada, para manter um controle glicêmico adequado. Além disso, nas refeições e/ou nas correções de eventuais hiperglicemias, pode ser emitida uma dose necessária extra de insulina2 (bólus), pré-programada.

Saiba mais sobre "Comportamento da glicemia3", "Diabetes mellitus4" e "Atitudes para evitar o diabetes5".

Como funciona a bomba de insulina1?

Em primeiro lugar, o paciente deve consultar o médico para saber se a bomba de insulina1 pode oferecer um bom controle da glicemia3 em seu caso. Se positivo, a bomba ficará externa ao corpo, levada dentro do bolso ou adaptada externamente com o auxílio de um clip a qualquer peça de roupa. Quando o paciente dormir, a bomba pode ser colocada na cama, ao seu lado.

A programação do funcionamento da bomba é previamente definida pelo médico. Existe mais de um tipo de bomba, mas todos eles têm um reservatório de insulina2 ligado a uma cânula flexível, a qual é aplicada ao tecido subcutâneo6 do abdome7, região lombar8, nádega, coxas9 ou braços. Por esta cânula, que deve ser trocada a cada 2 ou 3 dias, a pessoa recebe as dosagens programadas de insulina2.

A bomba pode ser desconectada de forma rápida e fácil e a cânula pode ser mantida no subcutâneo10 durante atividades como natação ou banho, por exemplo.

Quais são as vantagens e desvantagens da bomba de insulina1?

O gerenciamento do controle dos níveis sanguíneos de glicose11 não é tarefa simples. A bomba de insulina1 é uma tentativa de facilitar essa tarefa. Ela é ajustável e personalizada e, por isso, uma forma quase fisiológica12 de controlar a glicose11 no sangue13. Ou seja, ela permite ao paciente se despreocupar com os horários das injeções e realizar a atividade física que desejar.

No entanto, alguns cuidados são necessários. O local onde a cânula é aplicada deve ser mudado a cada 2 a 3 dias. O álcool a 70% deve sempre ser aplicado para desinfecção14 do local de aplicação da cânula para evitar inflamação15 e/ou infecção16 no tecido subcutâneo6. Os testes de glicemia3 devem ser feitos pelo menos quatro vezes ao dia para ajudar a manter um bom controle glicêmico ao longo do dia.

Mesmo usando a bomba, o paciente deve manter visitas regulares ao médico para controle da diabetes5 e do aparelho.

Quando usar e quando não usar a bomba de insulina1?

A bomba de insulina1 pode ser usada por pessoas de todas as idades com diabetes5 tipo 1. Pessoas com diabetes tipo 217 também já começaram a usá-la. As bombas de insulina2 fornecem taxas basais de insulina2 em condições ordinárias de vida ou doses de bólus (doses suplementares) para fazer face18 às eventuais ingestas de carboidratos nas refeições.

A insulina2 basal é administrada continuamente durante 24 horas e mantém os níveis de glicose11 no sangue13 entre as refeições e durante a noite. Se o paciente comer mais do que planejou, ele pode usar botões na bomba para administrar insulina2 adicional (chamada bólus), para re-equilibrar a glicemia3. O paciente também pode tomar um bólus para tratar níveis elevados de glicose11 no sangue13, para trazê-lo de volta ao seu normal.

A bomba pode continuar sendo usada durante atividades de diversão, com os cuidados de não danificá-la. Caso haja esse risco, ela deve ser desconectada, mas o paciente não deve ficar mais do que uma ou duas horas sem qualquer insulina2.

Veja também sobre "Hipoglicemia19", "Prevenção do Diabetes5 e suas Complicações" e "Cálculo20 do IMC21".

 

ABCMED, 2017. Bomba de insulina - quais as vantagens e as desvantagens?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/diabetes-mellitus/1296158/bomba-de-insulina-quais-as-vantagens-e-as-desvantagens.htm>. Acesso em: 3 nov. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Bomba de insulina: Pequena bomba implantada no corpo para liberar insulina de maneira contínua ao longo do dia. A liberação de insulina é comandada pelo usuário da bomba, através de um controle remoto. Podem ser liberados bolus de insulina (várias unidades ao mesmo tempo) nas refeições ou quando os níveis de glicose estão altos, baseados na programação feita pelo usuário.
2 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
3 Glicemia: Valor de concentração da glicose do sangue. Seus valores normais oscilam entre 70 e 110 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl).
4 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
5 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
6 Tecido Subcutâneo: Tecido conectivo frouxo (localizado sob a DERME), que liga a PELE fracamente aos tecidos subjacentes. Pode conter uma camada (pad) de ADIPÓCITOS, que varia em número e tamanho, conforme a área do corpo e o estado nutricional, respectivamente.
7 Abdome: Região do corpo que se localiza entre o TÓRAX e a PELVE.
8 Região Lombar:
9 Coxas: É a região situada abaixo da virilha e acima do joelho, onde está localizado o maior osso do corpo humano, o fêmur.
10 Subcutâneo: Feito ou situado sob a pele. Hipodérmico.
11 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
12 Fisiológica: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
13 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
14 Desinfecção: Eliminação de microorganismos de uma superfície contaminada. Em geral utilizam-se diferentes compostos químicos (álcool, clorexidina), ou lavagem com escovas especiais.
15 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
16 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
17 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
18 Face: Parte anterior da cabeça que inclui a pele, os músculos e as estruturas da fronte, olhos, nariz, boca, bochechas e mandíbula.
19 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
20 Cálculo: Formação sólida, produto da precipitação de diferentes substâncias dissolvidas nos líquidos corporais, podendo variar em sua composição segundo diferentes condições biológicas. Podem ser produzidos no sistema biliar (cálculos biliares) e nos rins (cálculos renais) e serem formados de colesterol, ácido úrico, oxalato de cálcio, pigmentos biliares, etc.
21 IMC: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
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