Diabetes comprometendo os rins? É a nefropatia diabética!
O que é a nefropatia1 diabética?
A nefropatia1 diabética é uma doença renal2 progressiva causada por danos aos capilares3 nos glomérulos4 dos rins5 devido ao diabetes mellitus6 de longa data. A nefropatia1 diabética é a principal causa de doença renal2 crônica e é também uma das complicações a longo prazo mais significativas em pacientes com diabetes mellitus6.
Conheça mais sobre a "Insuficiência renal7 crônica", a "Hipertensão Arterial8" e o "Diabetes mellitus6".
Quais são as causas da nefropatia1 diabética?
A causa exata da nefropatia1 diabética ainda não é bem conhecida, embora vários mecanismos sejam postulados:
- Hiperglicemia9 causando hiperfiltração10 e lesão11 renal2.
- Produtos de glicação12 avançada.
- Ativação de citocinas13.
- Hoje em dia pensa-se que a diabetes14 seja uma doença autoimune15.
- Imunidade16 inata.
- Fatores familiares ou genéticos.
- Níveis séricos diminuídos de ácido fólico.
- Etc.
Qual é o mecanismo fisiopatológico da nefropatia1 diabética?
Três tipos de alterações histológicas17 ocorrem nos glomérulos4 de pessoas com nefropatia1 diabética: (1) expansão mesangial, (2) espessamento da membrana basal18 glomerular e (3) hipertensão19 intraglomerular.
A vasculatura renal2 tipicamente apresenta evidência de aterosclerose20. De início, os glomérulos4 e os rins5 são tipicamente normais ou ligeiramente aumentados de tamanho, distinguindo assim a nefropatia1 diabética da maioria das outras formas de insuficiência renal7 crônica. Os pacientes com nefropatia1 diabética evidente desenvolvem hipertensão arterial8 sistêmica, danificando ainda mais a vasculatura e microvasculatura renal2. O fator de crescimento endotelial vascular21 pode contribuir para a hipertrofia22 celular e maior síntese de colágeno23, podendo induzir a alterações vasculares24 observadas em pessoas com nefropatia1 diabética.
A hiperglicemia9 também pode ativar a proteína cinase C, o que pode contribuir para a doença renal2 e outras complicações vasculares24 do diabetes14. Evidências sugerem que a hipertensão19 associada à obesidade25, síndrome metabólica26 e diabetes14 podem desempenhar um papel importante na patogênese27 da nefropatia1 diabética. Obesidade25 central, síndrome metabólica26 e diabetes14 levam a aumento da pressão arterial28 e favorecem a nefropatia1 diabética.
Leia mais sobre "Comportamento da glicemia29", "Hemoglobina glicosilada30" e "Cetoacidose diabética31".
Quais são as principais características clínicas da nefropatia1 diabética?
Geralmente, não há sintomas32 nos estágios iniciais. Os sintomas32 podem levar de 5 a 10 anos para aparecerem. Mais tarde pode haver uma síndrome nefrótica33 com cansaço intenso, dores de cabeça34, sensação geral de doença, náuseas35, vômitos36, micção37 frequente, falta de apetite, prurido38 na pele39 e inchaço40 nos pés e nas pernas, entre outros sintomas32. Laboratorialmente, a nefropatia1 diabética é caracterizada por uma albuminúria41 persistente, que piora progressivamente à medida que a doença progride, e está quase uniformemente associada à hipertensão arterial8; declínio progressivo da taxa de filtração glomerular; pressão arterial28 elevada; glomerulosclerose nodular associada à proteinúria42 e hipertensão19. Os pacientes costumam ter outros achados físicos de longa data associados ao diabetes14, seja do tipo 1 ou do tipo 2.
Como o médico diagnostica a nefropatia1 diabética?
A primeira coisa a ser feita é colher uma minuciosa história clínica do paciente. O mais cedo possível deve ser feita uma análise da urina43. A urina43 geralmente não contém proteína, mas na nefropatia1 diabética aparece na urina43 uma proteína chamada albumina44. Mesmo antes do paciente ter sintomas32, alguma proteína pode ser encontrada na urina43, é a chamada microalbuminúria45.
Como o médico trata a nefropatia1 diabética?
O acompanhamento ambulatorial é fundamental no tratamento da nefropatia1 diabética com sucesso. O tratamento principal consiste em baixar a pressão arterial28 do paciente de modo a impedir ou retardar os danos renais. À medida que os danos aos rins5 pioram, a pressão arterial28 aumenta, formando-se, assim, um círculo vicioso. Os níveis de colesterol46 e de triglicérides47 também elevam, podendo ser necessária medicação para tratar estas complicações. O açúcar48 no sangue49 deve ser mantido dentro de sua faixa normal. Isso pode ajudar a retardar os danos aos pequenos vasos sanguíneos50 nos rins5. O paciente deve comer menos proteínas51 do que normalmente faz, isso pode ajudar a preservar a função renal2. Essas mesmas observações podem sem feitas em relação ao sal.
Saiba mais sobre "Exame de urina52", "Colesterol46 alto" e "Triglicérides47".
Como evolui a nefropatia1 diabética?
A nefropatia1 diabética é responsável por um número significativo de mortes. A taxa de sobrevivência53 após 5 anos costuma ser inferior a 10% na população idosa com diabetes tipo 254 e não mais de 40% na população mais jovem com diabetes tipo 155. A nefropatia1 diabética em pacientes com diabetes14 tipo 1 vem diminuindo nas últimas décadas, mas 20 a 40% dos pacientes diabéticos de longa duração ainda têm esta complicação. Por outro lado, apenas 10 a 20% dos pacientes com diabetes tipo 254 desenvolvem uremia56 devido ao diabetes14.
Como prevenir a nefropatia1 diabética?
O tratamento precoce do diabetes14 e o controle glicêmico adequado (controle do açúcar48 no sangue49) atrasam ou previnem o aparecimento de nefropatia1 diabética.
Veja também sobre "Pé Diabético", "Retinopatia diabética57", "Obesidade25" e "Hipoglicemia58".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.