Leucemias: o que são? Quais os tipos? Como é diagnosticada e tratada?
O que são leucemias?
A leucemia1 é um câncer2 que afeta a medula óssea3, produtora de glóbulos sanguíneos4, afetando as células brancas do sangue5. As células6 anormais jovens passam a ser produzidas em tal profusão e com tal velocidade que podem suprimir a produção de células6 normais.
Quais são os tipos de leucemias?
Há dois tipos clínicos de leucemias, classificados de acordo com as linhagens de glóbulos brancos afetados - as linfoides7 e as mieloides.
As leucemias linfoides7 afetam as células da medula óssea8 que originam linfócitos. São chamadas de leucemia1 linfoide9, linfocítica ou linfoblástica.
As leucemias mieloides afetam as células6 que dão origem às plaquetas10, eritrócitos11 e outros elementos encontrados do sangue12. São chamadas mieloide ou mieloblástica.
Qualquer uma das duas pode ser aguda, caracterizada pela rápida proliferação de células6 imaturas do sangue12 e com quadro clínico que se agrava rapidamente; ou crônica, na qual os sintomas13 são brandos e vão se agravando gradualmente.
A leucemia1 linfocítica aguda é mais comum nas crianças e a leucemia1 linfocítica crônica ocorre mais depois dos 55 anos. Já a leucemia1 mieloide crônica é mais comum em adulto e a mieloide aguda pode acometer tanto adultos quanto crianças.
Quais são as causas das leucemias?
A causa das leucemias ainda não é inteiramente conhecida e talvez cada tipo da doença possua sua própria causa. Na verdade, sabe-se de alguns fatores que parecem estar ligados ao surgimento ou ao desencadeamento delas, dentre os quais estão a herança genética, a contaminação por certos tipos de vírus14, a radiação, a poluição, o tratamento quimioterápico, dentre outros.
Quais são os sintomas13 das leucemias?
Os sintomas13 das leucemias são extremamente variáveis. Suas manifestações dependem da infiltração de células sanguíneas15 imaturas nos tecidos do organismo (como amígdalas16, linfonodos17, pele18, baço19, rins20, sistema nervoso21 etc) e a ocupação da medula óssea3 com essas células sanguíneas15 imaturas, o que pode causar:
- Uma síndrome22 anêmica (por diminuição das hemácias23).
- Uma síndrome22 hemorrágica24 (em virtude de uma trombocitopenia25).
- Uma síndrome22 leucopênica (diminuição de leucócitos26 normais).
Os sintomas13 experimentados pelo indivíduo serão, portanto, em graus e associações variáveis, próprios de cada uma dessas síndromes.
Como o médico diagnostica as leucemias?
O médico (clínico geral, pediatra, hematologista, geriatra) fará uma história clínica e o exame físico que podem ser sugestivos de uma primeira suspeita. O hemograma pode reforçar essa suspeita.
O mielograma27, um exame das células da medula óssea8, extraídas preferencialmente do osso ilíaco28 ou do esterno29, é muito importante para determinar a forma das células6 e proceder ao exame citoquímico delas.
Uma punção lombar pode ser feita tanto para análise do líquor30 quanto para introdução de quimioterapia31. Pode-se proceder também à pesquisa de alguns marcadores de superfície das células6 imaturas. Alguns exames de imagem (como radiografia e tomografia computadorizada32) também podem ajudar no diagnóstico33.
Como se trata as leucemias?
O tratamento das leucemias tem o objetivo de destruir as células6 neoplásicas34, para que a medula óssea3 volte a produzir células6 normais. Isso é feito através de medicamentos quimioterápicos e, eventualmente, radioterapia35.
Deve ser feito o controle das complicações infecciosas e hemorrágicas36 e a prevenção ou combate à afetação do sistema nervoso central37. Durante o tratamento o paciente recebe frequentes transfusões de hemácias23 e plaquetas10. Mesmo depois de normalizada a contagem de células6, o tratamento deve continuar por um ou dois anos para destruir completamente as células6 anormais residuais. Em alguns casos, um transplante de medula38 é necessário.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.