As frutas que você mais come
As frutas têm grande valor nutritivo, além de certos efeitos sobre a fisiologia1 e até mesmo atuam beneficamente sobre determinadas enfermidades. Elas, contudo, não devem ser vistas como tratamento para nenhum quadro clínico, mas apenas como medidas coadjuvantes2, de efeitos limitados. Elas não substituem as medicações, quando necessárias, e seus efeitos só se referem aos sintomas3, não às causas das doenças. As propriedades aqui apontadas só valem para o consumo regular e prolongado da fruta e não para o uso esporádico delas.
Laranja: a laranja é uma fruta híbrida4, pouco calórica, criada a partir do cruzamento do pomelo e da tangerina. Pode ser descascada e comida ao natural, espremida para obter suco ou usada para fazer doces, bolos ou geleias. O sabor da laranja varia do doce ao levemente ácido. Os pequenos caroços duros, habitualmente não comidos, podem ser usados em algumas receitas. Igualmente, a casca pode ser usada em diversos pratos, seja como ornamentação, seja para acrescentar sabor a eles. A camada branca entre a casca e os gomos, raramente é utilizada. A laranja é muito conhecida como importante fonte de vitamina5 C, mas também contém outros nutrientes, como proteínas6, gorduras, outras vitaminas (A, B1, B2, B3) e sais minerais (cálcio, potássio, fósforo, sódio, enxofre, magnésio, cloro, silício e ferro).
Banana: embora pareça uma fruta banal, devido à sua abundância, a banana é essencial à boa alimentação e ao combate de uma série de condições fisiológicas7 alteradas (câimbras8, hipertensão arterial9, diarreias, anemias, enjoos, entre outras). As bananas geralmente são comidas ao natural, mas podem ser fritadas, cozidas em água, assadas ou usadas sob as formas de doces, bolos, tortas, sorvetes, etc. As espécies de bananas mais comuns no Brasil são a nanica, a prata, a banana-terra e a banana maçã. Embora em 70% seja composta de água, a banana contém três açúcares naturais (sacarose, frutose10 e glicose11) e é rica em fibras, potássio, vitaminas A e C. A banana também é muito rica em outros minerais (cálcio, ferro, magnésio) e outras vitaminas (B6, B12), sendo indicada para crianças anêmicas, mulheres grávidas e pessoas alérgicas. A banana é ótima para combater a diarreia12 infantil e deve ser dada à criança nesta ocasião.
Maçã: há diversas espécies de maçãs. Dependendo da espécie, a maçã pode ter casca verde, amarela ou vermelha e seu sabor pode variar de adocicado até o levemente ácido. No Brasil, as modalidades mais consumidas são a fuji, a gala, a red, a verde e a melrose. A maçã pode ser consumida em sua forma natural ou ser utilizada na fabricação de sucos, doces, tortas e bebidas (bebida alcoólica). Da sua casca seca pode-se fazer um chá que tem propriedades diuréticas. O melhor, no entanto, é consumi-la ao natural e com casca, pois aí se concentram seus principais nutrientes. Frutifica melhor em locais de clima frio. A maçã é um fruto com tantas propriedades salutares que um ditado inglês diz: “An apple a day keeps the doctor away” (uma maçã por dia mantém o médico afastado). A maçã é um fruto cuja casca contém pectina (que ajuda a reduzir o colesterol13) e, além disso, é rica em vitaminas B1, B2, niacina, ferro, fósforo, sódio e magnésio. Ajuda, entre outras coisas, no controle do colesterol13, da diarreia12, da hipertensão arterial9, da anemia14, além de contribuir na prevenção do câncer15 do cólon16, próstata17 e pulmão18. Cada 100 gramas de maçã tem, em média, 55 calorias19 e 1,5 grama20 de fibras.
Manga: a manga é uma fruta típica de regiões quentes (tropicais), rica em vitaminas A, B e C e em elementos como cálcio, fósforo, ferro, potássio e carboidratos. A manga contém elementos que fazem parte das enzimas digestivas e da absorção dos nutrientes e que são auxiliares dos movimentos peristálticos21 intestinais. A manga possui, ainda, boa quantidade de potássio (embora menor do que o abacate, a banana, a laranja e o mamão), fósforo, magnésio e ferro. Esses últimos elementos contidos nessa fruta, entram na composição dos músculos22, do sangue23, dos ossos, dos dentes e dos hormônios. A manga “limpa” os radicais livres do organismo, além de ser um excelente antioxidante. Seu uso é recomendado em casos de bronquite e escorbuto24 e como depurativa do sangue23. Ela pode ser consumida ao natural, espremida como suco, utilizada em doces, sorvetes, etc. Cada 100 gramas de manga fornecem, em média, 64,3 calorias19.
Abacaxi: o abacaxi, fruta própria de regiões e épocas quentes, é rico em vitaminas A, B e C, fosfatos, ferro e magnésio. Cerca de 86% de sua composição é de água, mas ele também possui bromelina, uma enzima25 capaz de degradar certas proteínas6, sendo útil para favorecer a expectoração26 e a eliminação de germes que se agarram à luz intestinal por meio de mucos. O abacaxi parece contribuir com a destruição das células27 cancerosas, além de evitar enjoos e vômitos28 (inclusive os causados pela cinetose29), a prisão de ventre e a má digestão30. Pode ser consumido em sua forma natural, espremido como suco, levado ao forno ou usado sob a forma de doces, de bebidas, sorvetes ou picolés. Soluções feitas a partir do abacaxi, quando aplicadas ao couro cabeludo, ajudam a evitar a caspa (dermatite seborreica31). As propriedades do abacaxi desaparecem quando a fruta é submetida a temperaturas muito altas, como as que são necessárias para o cozimento e, por isso, é melhor que ele seja consumido cru.
Mamão: o mamão é originário da América Tropical. Existem muitas modalidades de mamão. As variedades de mamão mais conhecidas e usadas no Brasil são o mamão papaia, o mamão formosa, o mamão-da-baía, o mamão-macho e o mamão-da-índia. Quando maduro, o mamão apresenta um sabor doce e suave e é rico em vitaminas A, C e E, carboidratos, cálcio, ferro e potássio. Funciona como laxante32, calmante, diurético33 e digestivo e ajuda no combate às inflamações34 e na coagulação35 do sangue23. O mamão contém fibrina36, uma substância raramente encontrada fora do corpo, especialmente valiosa na coagulação35 do sangue23. Na dermatologia, tem efeito cicatrizante. Pode ser consumido maduro, em sua forma natural ou como suco, ou verde, sob a forma de doce. Da espécie papaia aproveita-se quase tudo: da parte interna do tronco pode-se retirar e comer a polpa, que depois de ralada e seca, assemelha-se ao coco; das raízes cozidas extrai-se um tônico para os nervos; das folhas prepara-se um chá digestivo; do suco extraído das folhas faz-se um vermífugo, usado também como digestivo e para tratar eczemas37, verrugas e úlceras38; das flores prepara-se um xarope que combate a rouquidão, tosse, bronquite e gripe39. Além disso, a casca pode ser esfregada sobre a pele40 para tirar manchas, suavizar a cútis áspera e eliminar rugas. As sementes frescas, quando mastigadas, eliminam vermes intestinais e são eficazes contra câncer15 e tuberculose41. Cada 100 gramas de mamão tem, em média, 50 calorias19.
Abacate: o principal produtor mundial de abacate é o México. O abacate é uma fruta rica em vitamina5 E (embora contenha também vitaminas A, B e C), gordura42 monoinsaturada, sais minerais (fósforo, cálcio, ferro, potássio, magnésio) e glutationa (um poderoso antioxidante). Além disso, contém açúcar43, lecitina, tanino, fitosterol, ácidos oleico, linoleico e palmítico e mais proteína que qualquer outra fruta. A gordura42 do abacate, a mesma do óleo de oliva, por ser de origem vegetal, não aumenta o colesterol13 LDL44 (“mau” colesterol13), mas aumenta o colesterol13 HDL45 (colesterol13 “bom”). Pode ser consumido em sua forma natural (a polpa), em saladas, espremido sob a forma de suco ou de maionese e creme para aplicação sobre a pele40 (amaciante, hidratante) ou o couro cabeludo (para eliminar a caspa ou para amaciar os cabelos). Tem efeitos benéficos, entre outras condições, na osteoporose46, eliminação de gases, reumatismo47 e gota48. Contribui para o bom estado das artérias49, dilata os vasos sanguíneos50, abaixa a pressão arterial51 e tem ação anti-inflamatória.
Uva: existem várias espécies de uva. As mais conhecidas no Brasil são a uva itália, a niágara, a branca e a rosada. De acordo com a espécie, a uva pode ser de cor preta, rosada ou verde. A uva é uma fruta rica em sais minerais (cálcio, ferro, fósforo, magnésio, sódio e potássio), vitaminas C e do complexo B e tem, entre outros, efeitos calmantes, diuréticos52, laxativos53, antirreumáticos e antibronquíticos. As modalidades vermelhas têm efeitos antioxidantes e anticancerígenos, além de evitar o envelhecimento precoce e as uvas verdes têm efeitos antivirais e antibacterianos. Quanto mais escuras, mais as uvas contêm flavonoides e resveratrol (um poderoso antioxidante). Para se usufruir de todos os benefícios que elas podem dar, as uvas devem ser integralmente consumidas, incluindo cascas e sementes. As cascas das uvas contribuem para aumentar o HDL45 (colesterol13 “bom”) e diminuem o LDL44 (“mau” colesterol13). As uvas protegem contra doenças cardíacas e cânceres. Podem ser consumidas ao natural ou como doces, saladas, geleias, farinhas, espremidas como sucos e como componentes de vinhos.
Pera: há diversos tipos de pera. No Brasil as variedades mais conhecidas são a pera willians, a pera-d'água, a pera de pé curto e a pera red (casca vermelha). Dependendo da espécie, ela pode ser de cor amarela, verde ou vermelha. A polpa varia, podendo ser macia, dura ou granulosa. A pera é uma fruta própria de climas temperados, que contém muita água, sendo, portanto, ideal para pessoas que estejam fazendo dieta. É rica em sais minerais (potássio, sódio, ferro, magnésio e cálcio) e em vitaminas A, C, E e do complexo B, com efeito laxativo54 e diurético33, que atua reduzindo a pressão arterial51. Em virtude de não conter sal, proteínas6 e gorduras, pode ser usada nos tratamentos da obesidade55. É uma fruta rica em fibras, ajudando a regularizar o funcionamento intestinal. Pode ser consumida ao natural ou usada na fabricação de geleias, compotas, sorvetes e outros doces.
Kiwi: o kiwi é uma fruta originária do sudeste da China. No Brasil, os maiores produtores são os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná e Minas Gerais. O país importa do Chile grande parte das suas necessidades. No hemisfério Sul a safra maior é concentrada nos meses de abril, maio e junho. A introdução do kiwi na dieta brasileira é recente, mas a fruta vem ganhando cada vez mais espaço. Em razão da grande quantidade de clorofila, mantém a coloração verde, mesmo quando maduro. O kiwi contém vitamina5 C, E, B6, niacina, potássio, magnésio, cobre, fosfato e fibras dietéticas. A vitamina5 C é encontrada no kiwi em quantidades maiores que nas laranjas, o grande depositário dela. Não contém colesterol13. É uma fruta com muitas fibras, ajudando a regularizar o funcionamento intestinal e evitar o câncer15 de cólon16. Combate o estresse e a depressão, corrige as disfunções digestivas e fortalece o sistema imunológico56, além de possuir propriedades antianêmicas e estimular o apetite. Das sementes, é feito o óleo de kiwi, o qual contém o ácido linoleico, essencial para o aporte de ômega-3 ao organismo. Ele é consumido cru, em sua forma natural, sendo de muito baixa caloria57, ou com sanduíches, saladas (tanto hortícolas58, como de frutas), sobremesas finas, purês e bebidas. Em resumo, cada 100 gramas de kiwi contém, em média: calorias19: 66; hidrato de carbono: 13 g; fibra dietética: 3,3 g; açúcares: 12 g; proteínas6: 1,3 g; vitamina5 C: 107 mg; vitamina5 E: 4 mg; cálcio: 36 mg.
Goiaba: a goiaba é uma fruta nativa da América Tropical (principalmente Brasil), de aroma e sabor inconfundíveis. Há vários tipos de goiaba. Conforme o tipo, a casca apresenta-se verde ou amarela, segundo o estado de maturação da fruta a polpa pode ser branca, rosada ou vermelha. Pode ser encontrada em qualquer época do ano, mas sua produção maior se dá entre janeiro e maio. A goiaba pode ser consumida em sua forma natural ou como suco, compota, doce e geleia. A goiabada é um dos doces mais populares do Brasil. A goiaba é rica em vitaminas A, B e C, carboidratos e alguns sais minerais (fósforo, ferro e cálcio). Além de não conter muito açúcar43, gordura42 ou calorias19, a goiaba ajuda na redução do colesterol13 e nas dietas de emagrecimento. Auxilia no combate a infecções59 e hemorragias60, melhora a cicatrização, retarda o envelhecimento e confere maior resistência física.
Pêssego: o pêssego é uma fruta de origem Chinesa, introduzida no Brasil logo após o descobrimento. Trata-se de fruta médio-calórica, que contém muitas fibras (cerca de 1,5 grama20 para cada 100g da fruta), vitaminas A, C, K e E e do complexo B e oligoelementos como potássio, ferro, fósforo, magnésio, zinco e cálcio. Cerca de 90% da sua massa é constituída de água. Como em quase todas as frutas, a maior concentração dos nutrientes do pêssego está em sua casca. O pêssego pode ser consumido em sua forma natural, espremido como suco ou sob a forma de geleia, bolos, doces e compotas. O caroço, depois de triturado e deixado de molho em água pode ser usado para ajudar a regularizar o fluxo menstrual; as folhas bem amassadas têm efeito sedativo; a infusão das flores funciona como um laxativo54 infantil. O pêssego (polpa) ajuda a manter o bom funcionamento do intestino, combate o reumatismo47 e contribui para evitar problemas da pele40 e do sistema nervoso61, além de ajudar a diminuir o colesterol13. O pêssego pode ser consumido in natura ou como preparações em caldas, conservas, doces, geleias, sucos, licores ou sorvetes. Cada 100 g de pêssego contém, em média, 36 kcal; 0,8 g de proteínas6; traços de lipídios; 9,3 g de carboidratos, 1,4 g de fibras alimentares.
Maracujá: o maracujá cresce e frutifica melhor em climas tropical e subtropical. O Brasil é o maior produtor mundial de maracujás. Existem várias espécies, das quais as mais comuns são: maracujá mirim, maracujá melão, maracujá guaçu e maracujá do iguapó. O maracujá é fonte de vitaminas A, C e do complexo B e apresenta boa quantidade de sais minerais (ferro, sódio, cálcio e fósforo). Cada 100 gramas de maracujá corresponde, aproximadamente, a 70 calorias19. O maracujá pode ser consumido na sua forma natural, mas também é muito utilizado em sucos, musses, pavês, xaropes, óleos, farinha e sorvetes e funciona como calmante natural no organismo humano. No geral, o maracujá tem efeitos sedativos sobre o sistema nervoso central62. Tradicionalmente, tem efeitos benéficos sobre a ansiedade, epilepsia63, dores de cabeça64, insônia, irritação, taquicardia65. Hoje em dia existem várias medicações à base de maracujá, de efeitos sedativos. A casca, transformada em farinha, diminui o açúcar43 no sangue23 e impede a absorção de gordura42. O óleo é rico em ácidos graxos, que auxilia na restauração da pele40, conferindo emoliência66 a ela e deixando-a macia. Os extratos de folhas e raízes têm efeitos parecidos aos da polpa da fruta.
Coco: o coco é originário do arquipélago malaio e entre nós é conhecido como coco da Bahia, por ter melhor se adaptado ao clima daquele estado, que é hoje o principal produtor brasileiro. É uma planta típica de regiões tropicais. O solo ideal para o coco é alcalino e úmido; o clima deve ser quente; o coco não gosta de temperaturas frias (abaixo de 17º). Os solos mais propícios para ele são os de textura arenosa e arenoargilosa. O coco é excelente substituto da carne, do queijo, do ovo67 e do leite. Como nutriente, o coco verde é equivalente ao leite materno. No Havaí algumas mães costumam amamentar os recém-nascidos com leite de coco. É rico em proteínas6, gorduras, calorias19, sais, hidratos de carbono e vitaminas A, B1, B2, B5 e C e tem um bom teor de sais minerais (potássio, sódio, fósforo e cloro) e de fibras, importantes para regularizar a atividade intestinal. Em virtude de conter sais de potássio e sódio, torna-se um alimento adequado contra a aterosclerose68, além de ser um bom alimento para diabéticos. Pode ser consumido in natura ou em doces, bolos, bebidas, sorvetes, picolés, óleos, gorduras, margarina, “leite” e como condimento na culinária. É um alimento muito calórico. Cem gramas de coco maduro têm 290 kcal e 100 miligramas de água de coco têm 22 kcal.69 A água de coco tem uma composição parecida com a do soro70 fisiológico71 e é muito saborosa, geralmente tomada gelada como refresco. Tem várias aplicações na terapêutica72 caseira e, juntamente com o leite de coco, é indicada nos casos de rugas da pele40. Pode ser empregada como diurético33 e em casos de diarreias, vômitos28 ou desidratação73. Também usada em casos de câimbras8, astenia74 e dores de cabeça64. Contribui no combate ao colesterol13. O coco maduro, por sua vez, é contraindicado para pessoas com altas taxas de colesterol13. Da fruta, no seu total, se faz também sabão, fluidos para avião, cordas, cumbucas, chapéus, ornamentos, etc.
Limão: o limão é uma fruta da família dos citrinos, originário do sudeste da Ásia, cujo sumo é pleno de perfume e sabor. Há mais de 70 variedades de limão, das quais as mais conhecidas no Brasil são o limão-galego, limão-cravo, limão-siciliano e limão-tahiti. Sua cor pode variar entre o verde e o amarelo. É reconhecido como um ativador do sistema imunológico56. O limão pode ser consumido sob a forma de doces, suco, sorvetes, picolés, temperos e até remédios, além se ser respingado sobre determinados alimentos e bebidas para ativar o sabor deles. O limão contém uma boa dose de minerais, como potássio, magnésio, cálcio, fósforo e vitamina5 C. Como acontece com a maioria das frutas, a maior concentração desses elementos situa-se na casca e não na polpa da fruta. Atua como estimulante do apetite, diurético33, combate a febre75 e o reumatismo47 e diversos males inflamatórios da boca76, garganta77 e intestinos78. Combate também o vômito79 e a acidez estomacal. O ácido cítrico contido no limão confere a ele seus poderes emagrecedores. Além disso, dissolve gordura42 e toxinas80, ajudando na digestão30. Seu sabor azedo transmite a ideia de aumentar a acidez no organismo, mas isso não é o que acontece: o limão é alcalinizante, tendo efeito benéfico sobre o metabolismo81 orgânico como um todo, fazendo baixar o pH do sangue23 e de outros líquidos corporais. Por ter ação antisséptica combate os microrganismos que provocam fermentação gastrointestinal, evitando a formação de gases.
Morango: o morango é originário da Europa. No Brasil tem mostrado melhor adaptação desde o sul de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, onde as temperaturas são menos elevadas. Sua melhor safra está compreendida entre junho e outubro. O morango é um fruto suculento, saboroso, bastante versátil e pouco calórico. Pode ser consumido em sua forma natural ou como geleia, bolos, tortas, musses, cremes, bombons, sorvetes, picolés, etc. Cada 100 gramas de morango contém, em média, 30 kcal; 7,0 g de hidrato de carbono; 1 g de proteína; 1,7 g de fibras; 56,3 mg de vitamina5 C; 2,86 mg de vitamina5 A; 14 mg de cálcio; 18,9 mg de fósforo e 165,7 mg de potássio, além de vitaminas do complexo B. O morango ajuda nas dietas de emagrecimento, na prevenção do câncer15 e de algumas doenças cardíacas e contribui para reduzir o colesterol13. Por conter potássio, auxilia no equilíbrio do sódio no organismo. Colabora ainda no tratamento da gota48 e dos reumatismos; aumenta a resistência a infecções59 e tem ação anti-inflamatória e anticancerígena; possui muitas fibras, o que ajuda a regularizar o funcionamento intestinal.
Melão: o melão é uma fruta originária do Oriente Médio, onde inúmeras variedades são cultivadas em regiões semiáridas. As maiores produções no Brasil estão na região nordestina. Todas as variedades apresentam frutos mais ou menos esféricos, de casca espessa e polpa carnosa e suculenta e com muitas sementes no centro. A abundância de água que contém e o sabor suave tornam o melão uma fruta muito apreciada na forma de refrescos. Pode ser consumido ao natural ou como refresco e suco. É uma fruta pouco calórica e cada 100 g da fruta contém, em média, 31 kcal; 0,85 g de proteínas6; 0,15 g de gorduras; 2.800 UI de vitamina5 A, além de vitaminas C e do complexo B. O melão também contém cálcio, fósforo e ferro, que contribuem para a formação dos ossos, dentes e sangue23. O melão maduro atua como calmante, diurético33 e laxativo54. Sua polpa contém papaína, uma enzima25 que ajuda na decomposição de proteínas6. Além disso, o melão contém peptidase e protease, que também ajudam na digestão30 dos alimentos. Suas sementes, tostadas e salgadas, podem ser consumidas, porque elas contêm óleos como lisina e histidina (óleos graxos poli-insaturados). Sua casca contém potássio e pode ser usada como adubo.
Melancia: a melancia é uma fruta originária da Índia, que vive bem em áreas secas e solo arenoso. Existe uma modalidade de melancia, rara entre nós, de polpa amarela. A melancia é rica em fósforo e cálcio, vitaminas A, C e complexo B, ácido fólico, ácido pantotênico e biotina. As sementes são utilizadas em algumas regiões do país para fazer uma bebida diurética e vermífuga. A melancia é recomendada na obesidade55, acidez gástrica82, dispepsia83, pressão alta, além de ajudar na eliminação do ácido úrico. Da polpa e da casca trituradas faz-se uma pasta que tem bom efeito sobre a erisipela84 e das sementes (ricas em lipídios) pode extrair-se um suco com propriedades antivermífugas e levemente diuréticas. Tendo uma ação diurética e muito poucas calorias19, a melancia ajuda nas dietas para emagrecer. Pode ser consumida ao natural, principalmente no verão, devido à sua grande percentagem de água (cerca de 90%), como suco ou como compota, de sabor muito agradável. Da parte branca, entre a casca e a polpa, pode-se fazer um excelente doce, semelhante ao que é feito com o mamão verde.
Caqui: o caqui é originário da China. Existem diversas variedades de caqui, todas próprias de clima tropical e subtropical. As mais conhecidas no Brasil são o caqui-chocolate e o caqui rama forte. É um fruto alaranjado ou vermelho de consistência macia e sabor muito doce, mas o tanino (percebido sobretudo nos frutos mais verdes) pode dar aquela sensação de “travar” a língua85. Cerca de 70 a 80% do caqui é composto por água, mas também contém açúcares, amido, proteínas6, cálcio, ferro, licopeno, vitaminas E, A, B1 e B2. Cada 100 gramas de caqui (equivalente, mais o menos, a uma unidade) possui, em média, 75 calorias19. Em geral, o caqui é consumido como fruta, em sua forma natural. O caqui tem um alto poder antioxidante, mas o seu consumo deve ser bem controlado porque a fruta contém grande concentração de açúcares (cerca de 60% do seu peso). Possui propriedades calmantes, antieméticas e laxativas. Também combate a febre75. Seu consumo é indicado para os que sofrem de anemia14, descalcificação, transtornos intestinais e afecções86 do estômago87. Das folhas do caquizeiro pode-se fazer uma infusão utilizada em gastralgias88, gastrites89, náuseas90, vômitos28, insônia e irritabilidade.
Jaboticaba: a jaboticabeira, a árvore que produz a jaboticaba, é uma planta tipicamente brasileira, nativa da Mata Atlântica. Há diversas variedades: jabuticaba-açu-paulista; jabuticaba-ponhema; jabuticaba-precoco; jabuticaba-vermelha. Sua origem é desconhecida. É característica pela sua demora em crescer e frutificar (às vezes até 20 anos). A jaboticabeira floresce na primavera e no verão. A jaboticada é um fruto escuro (variando do vermelho-vinho ao preto) que contém uma polpa branca, líquido-pastosa e uma única semente em cada fruto. Devem ser consumidas principalmente in natura ou na forma de geleia, suco, licor, aguardente, vinho e vinagre. Na polpa da jabuticaba pode ser encontrado ferro, fósforo, vitamina5 C e vitamina5 B (niacina), que facilita a digestão30 e ajuda a eliminar toxinas80. Na casca existem teores de pectina, peonidina e antocianina. Tem uma potente ação antioxidante, o que ajuda a prevenir a incidência91 de tumores e problemas cardíacos e a estabilizar o nível de açúcar43 dos diabéticos.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.