Reabilitação funcional - para que serve?
O que é reabilitação funcional?
A reabilitação funcional é a recuperação, por meio de exercícios orientados, da integridade de alguma função neuromuscular prejudicada ou perdida em virtude de qualquer fator. Essa reabilitação pode referir-se a força, condicionamento ou coordenação. O treinamento funcional não se resume a simplesmente aumentar a força de um músculo ou grupo de músculos1, ele requer modificações físicas para melhorar a relação de trabalho entre os sistemas nervoso e muscular.
Em que consiste a reabilitação funcional?
Um programa de reabilitação funcional inclui treinamento de força, flexibilidade e agilidade, bem como atividades focadas na coordenação entre partes do corpo e movimentos específicos, visando preparar o indivíduo para retornar à sua plena atividade.
A reabilitação funcional envolve a realização de exercícios controlados em uma área de disfunção, de tal forma que as melhorias na força, condicionamento e coordenação melhorem também o desempenho dos movimentos para que as atividades da vida diária do indivíduo sejam mais facilmente executadas. Essa reabilitação altamente especializada ajudará o indivíduo a recuperar mais rapidamente seu melhor desempenho.
Por que fazer a reabilitação funcional?
A reabilitação funcional destina-se a corrigir a incapacidade existente e a conservar, a desenvolver ou a restabelecer as aptidões e capacidades da pessoa para o exercício, em nível ótimo, da atividade considerada. Na reabilitação funcional busca-se corrigir os problemas através de terapia física e manipulação neuromuscular, particularmente naquelas pessoas com dor física, tendo como referência a biomecânica.
A reabilitação funcional é uma tentativa de retornar o indivíduo lesionado para um nível ideal de desempenho. Normalmente, ela tem sido aplicada à medicina esportiva, mas esta abordagem também é benéfica para os indivíduos que voltam ao trabalho ou a atividades da vida diária após lesões2 traumáticas ou neurológicas, como acidentes vasculares3 cerebrais, por exemplo.
O objetivo geral da reabilitação funcional é treinar o paciente para retornar às atividades ou esportes costumeiros. Ela difere das terapias usadas para tratar os sintomas4 do paciente usando modalidades como calor, gelo e medicação, tendo por objetivo fortalecer o(s) músculo(s) lesionado(s).
O paciente (mais comumente um atleta) deve começar a reabilitação assim que a lesão5 permitir e ela deve ser específica para a lesão5 em causa, a qual envolve etapas progressivas de desenvolvimento da força muscular e resistência para retornar à sua atividade específica.
Saiba mais sobre "Medicina esportiva", "Fisioterapia6", "Treinamento funcional" e "Pilates".
Como se realiza a reabilitação funcional?
O fisioterapeuta deve levantar a história da lesão5, incluindo lesões2, tratamentos e recuperação anteriores, procurar compreender as metas do paciente e fazer planos de como retornar o indivíduo a seu estado ideal. Um exame físico deve ser realizado para avaliar, entre outras coisas, os reflexos, a postura, o equilíbrio, a caminhada, o controle muscular, a estabilização do corpo durante o repouso, o movimento, a amplitude de movimento das articulações7 e quaisquer deficiências ou problemas que possam ter contribuído para a lesão5 original.
A reabilitação funcional requer diagnósticos funcionais, como a revisão das técnicas do atleta, capacidade de movimento e adaptações secundárias de articulações7 ou músculos1. Exames de imagens como radiografias, tomografia computadorizada8, ultrassonografia9 e ressonância magnética10 podem ser usados para esclarecer o problema ou uma lesão5 particular.
Para que a reabilitação seja mais eficiente, os exercícios funcionais devem envolver a reabilitação e estabilização muscular do abdômen, costas11, pescoço12, escápula13, pelve14, quadril, músculos1 adutores e glúteos15.
Veja também sobre "Caminhada", "Terapia ocupacional16", "CrossFit" e "Método de Busquet".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.