Tratamento da dengue
O que é dengue1?
A dengue1 é uma enfermidade causada por um vírus2 que pode hospedar-se no homem, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o qual tem quatro tipos imunológicos, DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, que podem produzir viremias (derramamentos de vírus2 no sangue3), provocando a doença que tem cerca de sete dias de duração. Sobretudo nos meses de verão, a dengue1 pode assumir proporções alarmantes, constituindo verdadeiras epidemias. A infecção4 por cada um desses vírus2 confere imunidade5 total e permanente para o mesmo tipo e imunidade5 parcial e temporária contra os outros três. Existe uma forma hemorrágica6 da doença, mais grave e que pode, inclusive, levar à morte.
Quais são as principais características clínicas da dengue1?
Durante o período de incubação7 da doença, de três a quinze dias após a picada do mosquito, a pessoa fica assintomática. Depois que o vírus2 se espalha pelo sangue3, os sintomas8 começam, sendo no início bem inespecíficos: febre9 alta, mal-estar, inapetência10, dores de cabeça11 e nos olhos12 e dores musculares muito incômodas. Durante alguns dias (5 a 7) a pessoa sente um mal-estar muito grande. No caso da dengue1 hemorrágica6, podem ocorrer sangramentos das gengivas, do nariz13 ou de outros órgãos, inclusive hemorragias14 internas e coagulação15 do sangue3 no interior dos vasos, provocando enfartes potencialmente mortais. Pode ocorrer ainda hepatite16, choque17, petéquias18 (manchas vermelhas na pele19) e dores agudas nas costas20. A forma hemorrágica6 pode ocorrer quando a pessoa, já imune a um determinado tipo da dengue1, é infectada por outro tipo diferente de vírus2.
Como tratar a dengue1?
Não existe tratamento específico para dengue1, apenas tratamentos que aliviam os sintomas8, mas eles são muito importantes, para aliviar o desconforto do paciente e mesmo evitar a morte. O grande mal-estar impõe um repouso obrigatório, o que ajuda o organismo a combater o vírus2. O paciente deve ingerir grande quantidade de líquidos como água, sucos, chás, soros caseiros, etc, para evitar a desidratação21. Os sintomas8 podem ser tratados com antitérmicos22 como a dipirona ou o paracetamol. Em nenhuma hipótese devem ser usados medicamentos à base de ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios, devido à ação antiagregante plaquetária que eles têm, a qual pode aumentar o risco de hemorragias14.
O mesmo tratamento pode ser aplicado também à doença causada pelo Zika vírus2 e à febre9 Chikungunya, também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. No caso de pacientes hipertensos, com insuficiência cardíaca23 ou que estejam com crise de asma24 ou diabetes25 descompensada, o tratamento deve ser feito em um hospital, mesmo que não se trate de dengue1 hemorrágica6, em virtude da possibilidade de complicações. O tratamento da dengue1 hemorrágica6 deve sempre ser hospitalar, feito com o uso de soro26 na veia e medicamentos para interromper a hemorragia27 e aumentar o número de plaquetas28. Além disso, se o paciente perder muito sangue3 pode ser necessário usar máscaras de oxigênio ou fazer transfusão29 de sangue3.
No hospital devem ainda ser feitos repetidos e frequentes exames de sangue3 para acompanhar a evolução do quadro clínico do paciente. Normalmente, a diminuição da febre9 e alívio da dor no corpo são sinais30 de melhora da dengue1 e surgem, geralmente, em até oito dias após o início dos sintomas8. Por outro lado, o surgimento de vômitos31, de dores abdominais muito fortes, de palidez e de pintinhas na pele19 são sinais30 de piora.
Quais são as complicações possíveis da dengue1, quando o tratamento falha?
A principal complicação da dengue1 é o desenvolvimento de hemorragias14. Nas crianças, pode haver desidratação21 grave e convulsões. A doença também pode afetar o fígado32, causando hepatite16. Em casos raros, pode chegar a ser necessário um transplante de fígado32.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.