Choque séptico: o que devemos saber?
O que é choque1 séptico?
Choque1 séptico é uma condição médica que pode resultar de uma infecção2 grave ou de uma septicemia3. O micróbio causador pode ser sistêmico4 ou localizado em um local particular. O choque1 séptico é uma subclasse de choque1 distributivo, uma condição na qual a distribuição anormal de fluidos nos vasos sanguíneos5 menores resulta em fornecimento inadequado de sangue6 para os tecidos do corpo, resultando em isquemia7 e disfunção desses tecidos. O choque1 séptico refere-se especificamente ao choque1 devido à septicemia3 consequente a uma infecção2.
Quais são as causas do choque1 séptico?
O choque1 séptico é uma resposta sistêmica a uma infecção2 grave. A septicemia3 pode estar presente, mas o choque1 séptico pode ocorrer também sem septicemia3. As infecções8 precipitantes que podem conduzir a choque1 séptico incluem apendicite9, pneumonia10, bacteremia11, diverticulite12, pielonefrite13, meningite14, pancreatite15, fasceíte necrotizante e necrose16 mesentérica17, mas não estão limitadas a elas. O choque1 séptico é, pois, geralmente, mas nem sempre, secundário a uma septicemia3.
Qual é a fisiopatologia18 do choque1 séptico?
A fisiopatologia18 do choque1 séptico não é totalmente conhecida, mas sabe-se que um papel chave no seu desenvolvimento é desempenhado por uma resposta imune a uma infecção2. A maioria dos casos de choque1 séptico é causada por bactérias gram-positivas, embora infecções8 fúngicas19 também possam ocorrer.
O choque1 séptico é uma hipotensão20 grave, induzida pela septicemia3, que persiste apesar dos tratamentos instituídos. A pressão arterial21 rebaixada reduz a perfusão dos tecidos, resultando na hipóxia22 tecidual, uma de suas características. As citocinas23, liberadas em larga escala como resultado da resposta inflamatória, causam uma vasodilatação maciça, aumento da permeabilidade24 capilar25, diminuindo a resistência vascular26 sistêmica e causando hipotensão arterial27.
Finalmente, numa tentativa de compensar a diminuição da pressão arterial21, ocorre dilatação ventricular e disfunção do miocárdio28. O choque1 séptico pode ser considerado como uma fase da Síndrome29 de Resposta Inflamatória Sistêmica, em que a septicemia3 e a disfunção de múltiplos órgãos representam diferentes fases do processo.
Quais são os principais sinais30 e sintomas31 do choque1 séptico?
O choque1 séptico ocorre com maior frequência em crianças, pessoas com sistemas imunológicos comprometidos e idosos, cujos sistemas imunitários não podem lidar com a infecção2 de forma eficaz. O choque1 séptico pode afetar qualquer parte do organismo, incluindo coração32, cérebro33, rins34, fígado35 e intestinos36 e seus sintomas31 principais podem ser extremidades frias e pálidas, temperatura muito alta ou muito baixa, tremores, tonturas37, pressão arterial21 muito baixa, produção de urina38 reduzida ou ausente, palpitações39, frequência cardíaca acelerada, inquietação, agitação, letargia40 ou confusão, falta de ar, exantema41 cutâneo42 ou descoloração da pele43.
Como o médico diagnostica o choque1 séptico?
O diagnóstico44 de choque1 séptico é eminentemente45 clínico. Os requisitos sintomáticos para o diagnóstico44 de septicemia3 são a presença de infecção2 ou manifestações sistêmicas da infecção2, que podem incluir taquipneia46 (frequência respiratória alta), contagem de glóbulos brancos significativamente baixa ou muito elevada, taquicardia47 (batimentos cardíacos muito acelerados), febre48 maior de 38°C ou hipotermia49 menor que 36°C, cultura positiva de sangue6, sinais30 de pneumonia10 na radiografia ou outra evidência radiológica ou laboratorial de infecção2 e lactato50 sérico elevado.
Frequentemente o choque1 séptico inclui também sinais30 de insuficiência renal51, disfunção hepática52 e alterações do estado mental. O choque1 séptico também é diagnosticado se há pressão arterial21 muito baixa que não responde aos tratamentos convencionais. O diagnóstico44 de hipotensão20 induzida por septicemia3 é feita quando a pressão sanguínea sistólica é inferior a 90 milímetros de mercúrio (mmHg), uma pressão arterial21 média inferior a 70 mmHg, ou se a pressão sanguínea sistólica diminui 40 mmHg ou mais, sem que existam outras causas para isso.
Como o médico trata o choque1 séptico?
O tratamento consiste tanto em administrar medicações sintomáticas como em procedimentos destinados a repor volumes de líquidos circulatórios, administração precoce de antibióticos de amplo espectro, identificação e controle rápidos da fonte da infecção2 e apoio às disfunções orgânicas, entre outros.
Como a pressão arterial21 está baixa no choque1 séptico, prejudicando a perfusão dos tecidos, a administração de fluidos deve ser feita desde o início, para aumentar o volume circulante. Os vasopressores, como a norepinefrina ou a vasopressina, também devem ser prontamente usados. O uso de betabloqueadores é um assunto controverso. Os esteroides em dose baixa parecem ter levado a melhores resultados. Uma técnica recente e ainda necessitando mais pesquisas, recomenda sequestrar os lipopolissacarídeos, os quais efetivamente seriam os causadores do choque1 séptico.
Como evolui o choque1 séptico?
Em geral, os pacientes que sofrem de choque1 séptico são atendidos em unidades de terapia intensiva53 e a taxa de mortalidade54 é de aproximadamente 25 a 50%. Essa taxa é de aproximadamente 40% em adultos e 25% em crianças, e é significativamente maior quando não tratada por mais de sete dias.
Como evitar o choque1 séptico?
O choque1 séptico pode ser evitado tratando-se precoce e adequadamente as infecções8.
Quais são as principais complicações possíveis do choque1 séptico?
O choque1 séptico muitas vezes já é a complicação de uma infecção2 não controlada. No entanto, quando há o agravamento do caso, ele pode causar a síndrome29 da falência múltipla dos órgãos e levar à morte.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.