Síndrome de Raynaud: como ela é?
O que é a síndrome1 de Raynaud?
A síndrome1 de Raynaud, também chamada fenômeno de Raynaud2 ou doença de Raynaud3, é uma condição que afeta os vasos sanguíneos4, principalmente dos dedos das mãos5 e dos pés, embora vasos do nariz6, dos lábios e dos lobos7 das orelhas8 também possam ser envolvidos. A síndrome1 de Raynaud pode ser um fenômeno primário ou pode estar relacionada a outras condições médicas e é, então, dita secundária.
Quais são as causas da síndrome1 de Raynaud?
Não se conhece inteiramente a causa da síndrome1 de Raynaud, mas sabe-se que ela pode estar associada à vibração de ferramentas que a pessoa afetada esteja manuseando, à síndrome1 do túnel do carpo, doenças arteriais obstrutivas, doenças do tecido conectivo9, algumas medicações, tabaco e desordens tireoidianas, dentre outras condições. Cerca de 25% dos pacientes têm uma história familiar dessa condição. Os ataques da síndrome1 de Raynaud parecem ser uma reação temporária dos vasos sanguíneos4 às temperaturas frias e ao estresse. As pessoas em maior risco são do sexo feminino, com idades entre 15 e 30 anos, que vivem em local de clima frio e têm história familiar da doença.
Qual é a fisiopatologia10 da síndrome1 de Raynaud?
Em circunstâncias normais, quando uma pessoa é exposta ao frio, a resposta dela é diminuir a perda de calor. Isto é feito por meio de uma vasoconstrição11 periférica, que dirige o sangue12 para o interior do corpo. As pessoas com a síndrome1 de Raynaud têm essa resposta intensificada por uma constrição13 acentuada dos vasos sanguíneos4, sobretudo dos dedos e artelhos14. O resultado disso é uma grande diminuição no suprimento de sangue12 para as áreas afetadas, causando diminuição circulatória e descoloração da pele15, além de outros sintomas16.
Quais são os principais sinais17 e sintomas16 da síndrome1 de Raynaud?
A síndrome1 é caracterizada por episódios de espasmos18 dos pequenos vasos dos dedos e artelhos14 que se constritam em resposta a temperaturas frias, certas exposições ocupacionais e estresses emocionais. A pele15 se torna pálida, entorpecida e fria e posteriormente arroxeada ou avermelhada. Pode haver uma dor penetrante.
A síndrome1 de Raynaud primária, mais propriamente conhecida como doença de Raynaud3, é a mais comum e suave dos dois tipos. Uma pessoa com síndrome1 de Raynaud primária não tem outras desordens médicas associadas que possam causar os sintomas16. Cerca de 75% das pessoas afetadas pela síndrome1 de Raynaud primária são mulheres entre 15 e 40 anos.
A síndrome1 de Raynaud secundária é menos comum que a primária, contudo, frequentemente é mais grave que a primária. Ela está presente especialmente nas pessoas com doenças do tecido conectivo9. A síndrome1 de Raynaud secundária ocorre em 85% a 95% dos pacientes com esclerodermia e em cerca de um terço daqueles com lúpus19 eritematoso20 sistêmico21. Ela pode também se manifestar em pessoas com a síndrome1 de Sjögren, dermatomiosite e polimiosite.
Como o médico diagnostica a síndrome1 de Raynaud?
O diagnóstico22 da síndrome1 de Raynaud é feito sobretudo a partir da história médica do paciente e de um exame físico que confirme ou exclua as doenças subjacentes. Geralmente é fácil diagnosticar o fenômeno de Raynaud2, mas não é tão fácil determinar suas causas. Um exame de capilaroscopia, no qual os capilares23 dos dedos, nas proximidades das unhas24, são estudados ao microscópio, pode ajudar a determinar o tipo da síndrome1 de Raynaud. Nas pessoas com a síndrome1 primária, os capilares23 são normais e na síndrome1 secundária são anormais, geralmente dilatados. Se há suspeita dessa condição, o médico deve pedir uma contagem dos glóbulos sanguíneos25, uma análise de urina26 e um perfil bioquímico do paciente. Outros testes podem ser solicitados para distinguir as formas primária e secundária da doença: anticorpos27 antinucleares, sedimentação dos eritrócitos28 e testes do fator reumatoide.
Como o médico trata a síndrome1 de Raynaud?
O tratamento da síndrome1 de Raynaud depende da sua gravidade e das condições associadas que eventualmente possam estar presentes. O objetivo do tratamento é reduzir a severidade dos sintomas16 e prevenir novos episódios. Dependendo das causas, as medicações podem ajudar no tratamento da síndrome1 de Raynaud, embora nem sempre seja bem sucedido. É comum usar-se bloqueadores dos canais de cálcio, alfabloqueadores e vasodilatadores, entre outros. Em casos severos, podem ser feitas injeções locais de alguns produtos químicos ou cirurgias nos nervos.
Como prevenir a síndrome1 de Raynaud?
Para prevenir um ataque da síndrome1 de Raynaud ou para diminuir a intensidade dos sintomas16 o paciente deve manter pés e mãos5 aquecidos, evitar tocar objetos frios ou molhar as mãos5 e pés com água fria, evitar ambientes condionados com ar frio, evitar cigarro ou estresse, etc.
Como evolui a síndrome1 de Raynaud?
Para muitas pessoas a doença de Raynaud3 não é incapacitante, mas pode afetar significativamente sua qualidade de vida.
Quais são as complicações da síndrome1 de Raynaud?
Se a doença de Raynaud3 for severa, o que é raro, a circulação29 sanguínea muito diminuída para os dedos e artelhos14 pode levar à deformidade deles. Se uma artéria30 de uma área afetada for totalmente bloqueada, podem surgir úlceras31, gangrena32 ou mesmo levar à amputação33 do segmento afetado.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.