Estado de coma: o que é?
O que é estado de coma1?
As alterações da consciência podem ser quantitativas ou qualitativas. As qualitativas modificam o conteúdo da consciência e não afetam o estado de alerta e as quantitativas, também conhecidas como nível de consciência, determinam o grau de lucidez quanto à percepção da realidade. O estado de coma1 é o grau máximo de alteração quantitativa da consciência. Nele, há incapacidade do indivíduo acometido em interagir com o ambiente ou reagir a qualquer estímulo, com preservação de funções vitais automáticas como circulação2, respiração, excreção, etc.
Quais são os tipos de coma3?
Os diferentes tipos de coma3 são:
- Coma3 estrutural: devido a alterações na estrutura anatômica do cérebro4, como ocorre nos traumatismos ou nos acidentes vasculares5 encefálicos, por exemplo.
- Coma3 não estrutural: quando há distúrbios metabólicos do cérebro4, como no diabetes mellitus6, intoxicações e asfixias, por exemplo.
- Coma3 induzido: provocado artificialmente por medicações, com finalidades terapêuticas, como nas cirurgias de grande complexidade ou em situações onde é conveniente reduzir a um mínimo o consumo de energia. Geralmente ele é induzido pelo médico, que controla também o seu nível de profundidade.
Quais são as causas do estado de coma1?
O estado de coma1 é causado por uma perturbação grave do funcionamento cerebral reversível ou irreversível, devido a traumas, acidentes vasculares5 cerebrais, tumores, distúrbios metabólicos, envenenamentos ou asfixia7. O coma3 induzido é provocado por medicações administradas pelo médico.
Quais são os principais sinais8 e sintomas9 do estado de coma1?
O estado de coma1 é o estágio máximo de alteração quantitativa da consciência. O sintoma10 cardinal do coma3 é a ausência de consciência. As alterações quantitativas da consciência, também conhecidas como nível de consciência, variam em um continuum entre o coma3 e o estado de alerta normal, em meio a cujos polos descrevem-se o letárgico e o estuporoso. Letargia11 é o estado de lentificação psicomotora12 e estupor é o estado do indivíduo que responde pouco, mas que ainda pode ser afetado por um estímulo vigoroso. Esse estado de ausência de consciência, com falta de reações aos estímulos como dor, sons, toques, etc. aparece associado a movimentos corporais involuntários como espasmos13, tremores, abertura e fechamento dos olhos14 e irregularidades respiratórias.
Como o médico diagnostica o estado de coma1?
O diagnóstico15 das causas do estado de coma1 envolve fatores reversíveis ou irreversíveis (infecciosos, metabólicos, tóxicos, convulsivos) e pode ser feito pelo exame clínico, por testes laboratoriais, exames eletrofisiológicos e de imagem. Estes recursos são também importantes na definição da morte cerebral16, que é uma complicação irreversível do estado de coma1. A profundidade do estado de coma1 é avaliada pelo médico através de escalas que medem desde uma leve confusão mental até o coma3 profundo. O estado de coma1 deve ser diferenciado ainda de outros estados assemelhados: síndrome17 do encarceramento, em que o indivíduo está acordado e alerta, porém sem movimentos de braços e pernas; estado vegetativo, também conhecido como coma3 vigil, que preserva as funções vegetativas; abulia, em que o indivíduo está alerta e desperto, porém apático, indiferente ao ambiente e sem movimentos; catatonia, síndrome17 psiquiátrica caracterizada por mutismo18 e acentuada redução da psicomotricidade19. O estado de coma1 é evidente ao exame clínico, mas como o paciente não pode falar, o diagnóstico15 das causas do coma3 depende da informação das pessoas próximas. Para avaliar a profundidade do coma3 o médico pesquisará os reflexos, auscultará a respiração, examinará os olhos14 e realizará outros exames neurológicos e físicos. Para esclarecer as causas do coma3 podem ser necessários exames de sangue20, de urina21 e de imagens, como radiografias, tomografia computadorizada22, ressonância magnética23. Também pode ser feito um eletroencefalograma24 e uma punção lombar.
Como o médico trata o estado de coma1?
O estado de coma1 é sempre uma emergência25 médica. As primeiras providências consistem em administrar oxigênio e líquidos por via intravenosa e controlar os sinais vitais26 da pessoa. É importante determinar tão cedo quanto possível a causa do coma3, porque disso dependerá o tratamento. A causa do estado de coma1 deve ser tratada, sempre que possível. Quando o estado de coma1 se estabilizou, o tratamento visa assegurar nutrição27 adequada, prevenir infecções28 e escaras29.
Como prevenir o estado de coma1?
A prevenção do estado de coma1 depende de um controle correto dos fatores precipitantes e em evitá-los, quando isso for possível.
Como evolui o estado de coma1?
O prognóstico30 de um indivíduo em coma3 depende das causas e da duração da enfermidade que o causou, bem como da idade e dos antecedentes patológicos do paciente.
Normalmente o paciente em coma3 evolui para melhora do nível de consciência ou para a morte encefálica31. Ele pode resultar também num estado vegetativo persistente, no qual o cérebro4 mantém suas funções automáticas, porém sem nenhuma atividade voluntária por parte do paciente.
Quais são as complicações possíveis do estado de coma1?
Quando o estado de coma1 é muito intenso e longo geralmente ocorre morte cerebral16, tornando nulas as chances de recuperação.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.