Diverticulose: definição, causas, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento, evolução e complicações
O que é diverticulose1?
A diverticulose1 (ou doença diverticular) é uma doença estrutural da parede intestinal que forma grande número de pequenas bolsas (de 2,5 mm a 2,5 cm) parecidas com a ponta de um dedo de luva, projetadas para fora da parede dos intestinos2, chamadas divertículos. Esses podem localizar-se em qualquer parte do trato intestinal, mas ocorrem com maior frequência no intestino grosso3. Os divertículos podem inflamar, gerando uma diverticulite4.
Quais são as causas da diverticulose1?
A diverticulose1 afeta quase 50% dos indivíduos com mais de sessenta anos, incidindo igualmente em homens e mulheres. Os divertículos geralmente ocorrem no intestino grosso3, mas afetam principalmente o cólon5 sigmoide6, devido às contrações mais fortes desse segmento intestinal. Essas contrações, combinadas com a presença de constipação7 intestinal, resultam no aparecimento mais fácil desses divertículos. Alguns fatores parecem colaborar com a emergência8 deles: o mau funcionamento do intestino, o aumento da pressão no interior do cólon5, a idade avançada, o sedentarismo9, uma dieta pobre em fibras e a predisposição genética. Em geral, eles emergem no ponto em que a artéria10 nutriente atravessa a massa muscular da parede do intestino, interrompendo a sua integridade.
Quais são os principais sinais11 e sintomas12 da diverticulose1?
A diverticulose1 pode permanecer assintomática ou apresentar queixas inespecíficas, como dores abdominais, eliminação excessiva de gases, diarreia13 ou prisão de ventre. Em caso de diverticulite4, os sintomas12 podem tornar-se mais intensos e apresentar dor aguda na parte esquerda do abdome14, febre15, náuseas16, diarreia13 com muco, pus17 ou sangue18.
Como o médico diagnostica a diverticulose1?
A primeira aproximação diagnóstica da diverticulose1 é feita pela análise das queixas dos pacientes e dos exames complementares, entre eles a radiografia do intestino grosso3. Também a tomografia computadorizada19 representa um grande auxílio diagnóstico20. Uma colonoscopia21 permite que o médico veja diretamente o interior do intestino e dessa maneira é determinante para diferenciar a diverticulose1 de outras doenças intestinais.
Como o médico trata a diverticulose1?
Em muitos casos a diverticulose1 permanece silenciosa e assintomática e se for ocasionalmente detectada pode ser tratada apenas através de modificação da dieta, complementação alimentar com produtos contendo fibras e aumento do consumo de água. Quando sintomática22, a diverticulose1 complicada por uma diverticulite4, requer o uso de medicações específicas, como os antibióticos, antiespasmódicos e anti-inflamatórios, dieta leve e repouso. Em pacientes que não melhoraram com o tratamento clínico, a cirurgia pode ser necessária.
Como evolui a diverticulose1?
A grande maioria dos casos de diverticulite4 evolui para a cura, mas pode complicar formando abscessos23 ou gerando perfurações intestinais.
Quais são as complicações possíveis da diverticulose1?
Os divertículos não são perigosos, mas se acumularem detritos alimentares ou fezes facilitam a proliferação de bactérias e podem dar origem à diverticulite4. Embora a maior parte dos indivíduos possa ter uma diverticulose1 sem apresentar sintomas12 ou complicações, cerca de 20% deles apresentarão complicações, como diverticulite4, por exemplo, ou outras ainda mais sérias.
Outras complicações possíveis são sangramentos e formação de abscessos23 ou fístulas24, com a inflamação25 em seguida de todo o abdome14 (peritonite26).
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.