Feocromocitoma: definição, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento, evolução
O que é o feocromocitoma1?
O feocromocitoma1 é um tumor2 raro (2:1.000.000) e diminuto, de células3 cromafins (células3 neuroendócrinas encontradas na medula4 das glândulas5 suprarrenais e em gânglios6 do sistema nervoso7 simpático8), que se desenvolve na camada medular das glândulas5 suprarrenais ou, em casos ainda mais raros, em locais extra-adrenais. Esses tumores podem ser unilaterais (situação mais frequente) ou bilaterais (mais raros) e secretam catecolaminas, tais como adrenalina9, noradrenalina10 e dopamina11, todas elas tendo a ação de elevar a pressão arterial12. Embora geralmente benigno, o risco deste tumor2 está na possibilidade de desencadear crises hipertensivas potencialmente fatais.
Quais são as causas do feocromocitoma1?
Estes tumores são causados por hiperplasia13 das células3 cromafins da medula4 suprarrenal ou por tecido14 cromafim extra-adrenal resultante de uma falha na migração de células3 cromafins durante o desenvolvimento embrionário.
Quais são os principais sinais15 e sintomas16 do feocromocitoma1?
As manifestações clínicas do feocromocitoma1 costumam aparecer rapidamente e desaparecer vagarosamente. Algumas pessoas com esta doença podem não apresentar sintomas16, enquanto outras podem apresentar sintomas16 graves: palpitações17, taquicardia18, crises hipertensivas, fortes dores de cabeça19, ansiedade, tremores, intolerância à glicose20, etc. O feocromocitoma1 costuma estar associado a outras neoplasias21 endócrinas e apresentarem defeitos esqueléticos característicos, ganglioneuromatoses e neuromas22 das mucosas23. Normalmente ocorre também perda de peso, aumento do tônus das artérias coronárias24, sintomas16 de insuficiência cardíaca25 e infarto26 agudo27 do miocárdio28.
A sintomatologia do feocromocitoma1 na infância costuma ser distinta daquela dos adultos e nelas as manifestações mais comuns são: sudorese29, alterações da visão30, pressão alta constante e não na forma de crises, como nos adultos.
Como o médico diagnostica o feocromocitoma1?
Os tumores do feocromocitoma1 não são visíveis ou palpáveis e só se evidenciam por intermédio de uma cintilografia31 (captação de um traçador radioativo32 como o iodo 131) e são localizados através de tomografia ou ressonância magnética33. O diagnóstico34 pode ser feito por meio de análises no sangue35 ou na urina36 dos níveis de catecolaminas e produtos da sua degradação. Outros exames de imagem, tais como ressonância magnética33 ou tomografia computadorizada37 das glândulas5 suprarrenais também podem ser utilizados no diagnóstico34 do feocromocitoma1.
Como o médico trata o feocromocitoma1?
O tratamento de eleição para o feocromocitoma1 é a ressecção cirúrgica do tumor2: raramente ele responde à quimioterapia38 ou à radioterapia39. Após a adrenalectomia40 (ressecção da suprarrenal) é necessário fazer a reposição dos glicocorticoides e mineralocorticoides que antes eram produzidos por essas glândulas5. Até a remoção do tumor2, o tratamento deve ser sintomático41.
Como evolui o feocromocitoma1?
Cerca de 1/3 dos pacientes com feocromocitoma1 morrem antes que seja feito o diagnóstico34, geralmente de arritmia42 cardíaca ou acidente vascular cerebral43.
Caso o feocromocitoma1 resulte de um câncer44 que sofreu metástase45, o seu crescimento pode ser retardado por meio de medicações adequadas.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.