O que é tétano? Existe tratamento? Como evitar?
O que é tétano1?
O tétano1 é uma doença infecciosa grave, não contagiosa2, que pode levar à morte. A infecção3 da bactéria4 causadora se dá pela penetração, na pele5 humana, de esporos6 da bactéria4 Clostridium tetani, existentes normalmente nas fezes de animas e de humanos e depositados na terra ou na areia. Esses esporos6 podem penetrar no corpo por ferimentos acidentais, pela cicatriz umbilical7 de recém-nascidos ou por ulcerações8, arranhaduras ou queimaduras pré-existentes na pele5 ou mesmo pela picada de um inseto. Em um ambiente anaeróbico (sem oxigênio), a bactéria4 se desenvolve e passa a produzir duas poderosas toxinas9, uma das quais causa o tétano1.
As pessoas vacinadas contra a doença estão protegidas, mas as que não tiverem sido vacinadas têm um alto risco de desenvolvê-la.
Quais são as causas do tétano1?
O tétano1 é causado por uma toxina10 produzida pela bactéria4 Clostridium tetani. Os esporos6 dessa bactéria4 são encontrados em abundância na natureza. Por isso, em geral, os médicos indicam a aplicação rotineira do soro11 antitetânico nos pacientes que sofrem algum ferimento.
Essa toxina10 tem afinidade pelo sistema nervoso12 e, depois de entrar na corrente sanguínea, vai agir nos centros nervosos, produzindo violentos espasmos13 tônico-clônicos, que podem levar à morte.
Quais são os sinais14 e sintomas15 do tétano1?
O período de incubação16 dos esporos6 no organismo pode variar de 3 a 21 dias, sendo mais comum uma média de 8 dias. Quanto mais afastada do sistema nervoso12 estiver a ferida de entrada, maior será o período de incubação16.
O primeiro sinal17 de tétano1 é o “trismus”, uma contração involuntária18 dos músculos19 das mandíbulas que não permite a abertura da boca20. A ele se seguem o “risus sardônico”, consequência de contraturas involuntárias de músculos19 da face21, uma rigidez do pescoço22, dificuldade de deglutição23, rigidez muscular do abdome24 e, por fim, opistótono25, uma contração muscular generalizada em que o corpo se recurva para trás, arqueando-se como um arco de flecha. O paciente permanece lúcido, sem febre26, sua excessivamente, sofre aumento da pressão arterial27 e taquicardia28. Os espasmos13 maiores duram de três a quatro semanas, mas a recuperação total pode levar meses.
Como o médico diagnostica o tétano1?
O diagnóstico29 do tétano1 é feito clinicamente pela história médica do paciente e pela captação dos sinais14 e sintomas15 característicos da doença.
Como é o tratamento do tétano1?
O tratamento do tétano1 é feito com o doente internado em hospital, de preferência em Unidade de Terapia Intensiva30, para administração de imunoglobulina31 ou soro11 antitetânico, além de antibiótico venoso e limpeza cirúrgica do ferimento. Pode ser necessário o emprego de respiradores artificiais.
O tempo de internação do paciente com tétano1 sempre é longo, durando de três a quinze semanas. Devem ser administrados relaxantes musculares como “curare”, por via intravenosa. Os antibióticos podem ser usados para eliminar as bactérias, mas não têm efeito sobre a toxina10 que elas já tenham produzido. Os depressores do sistema nervoso central32 e os ansiolíticos, como o diazepam, também são usados para reduzir a ansiedade e a resposta espástica aos estímulos.
Como a doença não produz imunidade33, o doente deve receber o esquema vacinal completo contra o tétano1. Devem ser adotados os cuidados gerais determinados pela gravidade de cada paciente.
Como proteger-se contra o tétano1?
A única forma eficaz de evitar a doença é a vacinação. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que a vacina34 contra tétano1 seja administrada em três doses aos 2, 4 e 6 meses de idade e com mais dois reforços da vacinação aos 15 meses e entre os 4 e 6 anos.
A toxina10 produzida pelo Clostridium tetani atua em doses tão pequenas que causa a doença, mas não produz imunidade33. A mãe não transmite seus anticorpos35 aos filhos.
Ao ter qualquer ferimento ou ferida procure mantê-los inteiramente limpos, tomar logo o soro11 antitetânico e verificar como está a sua vacinação antitetânica.
Como evolui o tétano1?
Quem teve tétano1 uma vez não está isento de tê-lo novamente. Cerca de 30% dos casos são fatais, por asfixia36 devido às contraturas musculares. Esse índice pode chegar a 80% em recém-nascidos e idosos.
As complicações possíveis da doença incluem espasmos13 da laringe37 e das cordas vocais38, de músculos19 do peito39 e do diafragma40, fraturas de ossos longos41, por causa dos espasmos13 violentos e hiperatividade do sistema nervoso autônomo42.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.