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Da cefaleia ao infarto: como reconhecer e tratar os espasmos vasculares

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O que são espasmos1 vasculares2?

Espasmos1 vasculares2, também chamados de vasoespasmos, correspondem a contrações súbitas, transitórias e reversíveis da musculatura lisa presente na parede dos vasos sanguíneos3. Essas contrações ocorrem de maneira abrupta e, geralmente, cessam espontaneamente. Podem afetar diferentes regiões do organismo, resultando em manifestações clínicas variadas conforme o território vascular4 envolvido. Os espasmos1 coronarianos, cerebrais e periféricos são os mais relevantes clinicamente, especialmente quando acometem estruturas nobres como coração5, cérebro6, retina7 ou extremidades.

Quais são as causas dos espasmos1 vasculares2?

As causas dos espasmos1 vasculares2 são múltiplas e variam conforme o local e o contexto clínico.

  • As enxaquecas8, por exemplo, estão frequentemente associadas ao vasoespasmo cerebral, em que alterações dinâmicas no fluxo sanguíneo cerebral contribuem para o surgimento de sintomas9 como aura e dor.
  • As hemorragias10 subaracnoides, especialmente por ruptura de aneurisma11, podem induzir vasoespasmo cerebral devido à ação irritativa do sangue12 extravasado sobre as paredes arteriais.
  • A hipertensão arterial13, sobretudo quando mal controlada, pode levar à lesão14 endotelial e predispor a espasmos1, especialmente quando há disfunção na produção e liberação de substâncias vasoativas como o óxido nítrico.
  • As doenças inflamatórias, como vasculites, e a aterosclerose15 também podem promover espasmos1 ao comprometerem a integridade da parede vascular4.
  • A exposição ao frio é um fator clássico em casos como a doença de Raynaud16, em que há constrição17 de vasos periféricos das mãos18 e dos pés.
  • Situações de estresse físico ou emocional levam à liberação intensa de catecolaminas, o que pode desencadear constrição17 vascular4.
  • O uso de substâncias vasoconstritoras, tanto farmacológicas quanto recreativas, como cocaína e anfetaminas, também é causa bem reconhecida de vasoespasmo.
  • Procedimentos invasivos, como cateterismos ou cirurgias, ao manipularem diretamente os vasos, podem gerar espasmos1 por irritação mecânica ou reflexos.
  • Outros fatores incluem distúrbios eletrolíticos (especialmente hipomagnesemia), tabagismo e certas condições autoimunes19.

Ainda assim, em algumas situações, a causa permanece desconhecida, sendo o quadro classificado como idiopático20, principalmente em episódios transitórios isolados.

Saiba mais sobre "Infarto21", "Acidente vascular cerebral22" e "Claudicação intermitente23".

Qual é o substrato fisiopatológico dos espasmos1 vasculares2?

A fisiopatologia24 dos espasmos1 vasculares2 envolve um desequilíbrio entre fatores vasodilatadores e vasoconstritores, associado a uma hiper-reatividade do músculo liso25 da parede vascular4. Em condições normais, o endotélio26 regula o tônus vascular4 por meio da liberação de substâncias como o óxido nítrico e a prostaciclina, que promovem relaxamento, enquanto substâncias como a endotelina-1 e o tromboxano A2 favorecem a contração. No vasoespasmo, há redução da produção de vasodilatadores ou aumento de vasoconstritores, comprometendo o fluxo local.

Essa resposta é amplificada pela ativação excessiva de canais de cálcio voltagem-dependentes, que facilitam o influxo de cálcio e estimulam a contração da musculatura lisa. A participação do sistema nervoso27 simpático28, com liberação de neurotransmissores que ativam receptores alfa-adrenérgicos29, também contribui para o desencadeamento e manutenção do espasmo30. Adicionalmente, processos inflamatórios locais, espécies reativas de oxigênio e alterações na sensibilidade dos receptores vasculares2 podem perpetuar o quadro espástico.

Quais são as características clínicas dos espasmos1 vasculares2?

Clinicamente, os espasmos1 vasculares2 provocam estreitamento súbito e transitório do lúmen31 do vaso, com redução ou interrupção do fluxo sanguíneo. Os sintomas9 variam de acordo com a localização, extensão e duração do espasmo30.

  • Quando afetam as artérias coronárias32, podem provocar dor torácica típica ou atípica em repouso, elevação transitória do segmento ST no eletrocardiograma33, arritmias34 e, em casos graves, infarto do miocárdio35.
  • No sistema nervoso central36, os espasmos1 cerebrais podem resultar em cefaleia37 intensa, confusão, déficits neurológicos focais, convulsões ou acidente vascular cerebral22 isquêmico38.
  • Já os espasmos1 periféricos, como os observados nas extremidades, causam dor, palidez, frieza e mudanças na coloração da pele39, sobretudo em resposta ao frio ou estresse.
  • Nos espasmos1 retinianos, pode ocorrer perda visual transitória ou definitiva.

É comum que sintomas9 sistêmicos40 acompanhem os quadros mais graves, como sudorese41, náuseas42, dispneia43, tontura44 e até síncope45, sobretudo quando a perfusão de órgãos vitais está comprometida. Crises hipertensivas podem desencadear espasmos1 simultâneos em diversos leitos vasculares2.

A duração dos sintomas9 pode variar de segundos a horas, e a intensidade está relacionada ao grau de comprometimento do fluxo sanguíneo e à reserva circulatória colateral.

Como o médico diagnostica os espasmos1 vasculares2?

O diagnóstico46 baseia-se na correlação clínica, aliando histórico detalhado, exame físico direcionado e exames complementares.

A investigação começa pela identificação dos sintomas9 centrais, como dor torácica atípica, cefaleia37 súbita, alterações neurológicas agudas ou manifestações isquêmicas periféricas. É essencial considerar fatores predisponentes, como tabagismo, hipertensão47, uso de drogas vasoconstritoras e doenças inflamatórias.

O exame físico pode revelar sinais48 de isquemia49 local ou déficits neurológicos, conforme o território comprometido. A história familiar de doenças vasculares2 e a cronologia dos sintomas9 em relação a possíveis fatores desencadeantes são elementos diagnósticos importantes.

Entre os exames complementares, a angiografia50 continua sendo o padrão-ouro para a identificação de espasmos1 em vasos coronarianos ou cerebrais, permitindo visualização direta do calibre arterial e podendo demonstrar a reversibilidade do estreitamento após administração de vasodilatadores. O eletrocardiograma33 pode mostrar alterações transitórias indicativas de isquemia49, enquanto o ecocardiograma51 é útil para avaliar a função miocárdica e descartar complicações associadas. Em casos de vasoespasmo cerebral, o Doppler transcraniano pode detectar aumento da velocidade de fluxo nas artérias52 intracranianas, sugerindo estreitamento funcional. Biomarcadores cardíacos podem estar elevados quando há necrose53 miocárdica associada, e exames laboratoriais básicos auxiliam na identificação de causas secundárias.

Como o médico trata os espasmos1 vasculares2?

O tratamento tem como objetivo reverter o espasmo30, restaurar a perfusão tecidual e prevenir complicações isquêmicas. Os bloqueadores dos canais de cálcio são amplamente utilizados por sua eficácia na indução de vasodilatação, sendo fármacos de primeira escolha em espasmos1 coronarianos e cerebrais. Entre os mais utilizados estão a nifedipina, verapamil, diltiazem e, especificamente para vasoespasmo cerebral, a nimodipina. Os nitratos, administrados por via sublingual, oral ou intravenosa, são úteis em casos de angina54 vasoespástica e podem ser combinados com bloqueadores dos canais de cálcio para maior eficácia.

Em vasoespasmos periféricos, como na doença de Raynaud16, vasodilatadores específicos como antagonistas dos canais de cálcio ou inibidores da fosfodiesterase auxiliam no alívio dos sintomas9. Situações associadas a inflamação55 vascular4, como nas vasculites, podem exigir o uso de corticosteroides ou outros imunossupressores. Em casos neurológicos, agentes neuroprotetores e medidas específicas para hemorragia subaracnoide56 devem ser adotadas.

Além do tratamento farmacológico, é essencial abordar os fatores precipitantes. O controle rigoroso da pressão arterial57, a interrupção do uso de substâncias vasoativas, a cessação do tabagismo e o tratamento de doenças de base são estratégias fundamentais. Medidas não farmacológicas incluem evitar exposição ao frio, controle do estresse e modificações do estilo de vida.

Casos complexos ou com risco elevado de recorrência58 devem ser acompanhados por equipe multidisciplinar e conduzidos conforme protocolos específicos para o território vascular4 acometido. Em situações refratárias59 ao tratamento clínico, procedimentos invasivos como angioplastia60 com balão ou administração intra-arterial de vasodilatadores podem ser necessários.

Veja também sobre "Obesidade61", "Diabetes62", "Hipertensão arterial13" e "Colesterol63 alto".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Mayo Clinic.

ABCMED, 2025. Da cefaleia ao infarto: como reconhecer e tratar os espasmos vasculares. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1492395/da-cefaleia-ao-infarto-como-reconhecer-e-tratar-os-espasmos-vasculares.htm>. Acesso em: 29 jul. 2025.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Espasmos: 1. Contrações involuntárias, não ritmadas, de um ou vários músculos, podendo ocorrer isolada ou continuamente, sendo dolorosas ou não. 2. Qualquer contração muscular anormal. 3. Sentido figurado: arrebatamento, exaltação, espanto.
2 Vasculares: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
3 Vasos Sanguíneos: Qualquer vaso tubular que transporta o sangue (artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias).
4 Vascular: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
5 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
6 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
7 Retina: Parte do olho responsável pela formação de imagens. É como uma tela onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico. Possui duas partes: a retina periférica e a mácula.
8 Enxaquecas: Sinônimo de migrânea. É a cefaléia cuja prevalência varia de 10 a 20% da população. Ocorre principalmente em mulheres com uma proporção homem:mulher de 1:2-3. As razões para esta preponderância feminina ainda não estão bem entendidas, mas suspeita-se de alguma relação com o hormônio feminino. Resulta da pressão exercida por vasos sangüíneos dilatados no tecido nervoso cerebral subjacente. O tratamento da enxaqueca envolve normalmente drogas vaso-constritoras para aliviar esta pressão. No entanto, esta medicamentação pode causar efeitos secundários no sistema circulatório e é desaconselhada a pessoas com problemas cardiológicos.
9 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
10 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
11 Aneurisma: Alargamento anormal da luz de um vaso sangüíneo. Pode ser produzida por uma alteração congênita na parede do mesmo ou por efeito de diferentes doenças (hipertensão, aterosclerose, traumatismo arterial, doença de Marfán, etc.).
12 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
13 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
14 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
15 Aterosclerose: Tipo de arteriosclerose caracterizado pela formação de placas de ateroma sobre a parede das artérias.
16 Doença de Raynaud: Condição hereditária, não associada a outras doenças (Raynaud primário), que afeta o fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo humano quando submetido a baixas temperaturas ou estresse. Ocorre pela redução do suprimento de oxigênio. A pele fica esbranquiçada, empalidecida, fria e pode ficar dormente. Quando o oxigênio é totalmente consumido pelas células, a pele começa a adquirir uma coloração azulada ou roxa (chamada cianose). Estes eventos são episódicos, com duração variável de acordo com a gravidade da doença. No final do episódio, a pele é aquecida e volta a ficar avermelhada por vasodilatação. Na variação mais comum da doença de Raynaud há três mudanças de cores (branca ou pálida; azul, roxa ou cianótica; e avermelhada ou rubra). Alguns pacientes não apresentam todas as fases de mudanças de cores.
17 Constrição: 1. Ação ou efeito de constringir, mesmo que constrangimento (ato ou efeito de reduzir). 2. Pressão circular que faz diminuir o diâmetro de um objeto; estreitamento. 3. Em medicina, é o estreitamento patológico de qualquer canal ou esfíncter; estenose.
18 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
19 Autoimunes: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
20 Idiopático: 1. Relativo a idiopatia; que se forma ou se manifesta espontaneamente ou a partir de causas obscuras ou desconhecidas; não associado a outra doença. 2. Peculiar a um indivíduo.
21 Infarto: Morte de um tecido por irrigação sangüínea insuficiente. O exemplo mais conhecido é o infarto do miocárdio, no qual se produz a obstrução das artérias coronárias com conseqüente lesão irreversível do músculo cardíaco.
22 Acidente vascular cerebral: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
23 Claudicação intermitente: Dor que aparece e desaparece nos músculos da perna. Esta dor resulta de uma falta de suprimento sanguíneo nas pernas e geralmente acontece quando a pessoa está caminhando ou se exercitando.
24 Fisiopatologia: Estudo do conjunto de alterações fisiológicas que acontecem no organismo e estão associadas a uma doença.
25 Músculo Liso: Um dos músculos dos órgãos internos, vasos sanguíneos, folículos pilosos etc.; os elementos contráteis são alongados, em geral células fusiformes com núcleos de localização central e comprimento de 20 a 200 mü-m, ou ainda maior no útero grávido; embora faltem as estrias traversas, ocorrem miofibrilas espessas e delgadas; encontram-se fibras musculares lisas juntamente com camadas ou feixes de fibras reticulares e, freqüentemente, também são abundantes os ninhos de fibras elásticas. (Stedman, 25ª ed)
26 Endotélio: Camada de células que reveste interiormente os vasos sanguíneos e os vasos linfáticos.
27 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
28 Simpático: 1. Relativo à simpatia. 2. Que agrada aos sentidos; aprazível, atraente. 3. Em fisiologia, diz-se da parte do sistema nervoso vegetativo que põe o corpo em estado de alerta e o prepara para a ação.
29 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
30 Espasmo: 1. Contração involuntária, não ritmada, de um ou vários músculos, podendo ocorrer isolada ou continuamente, sendo dolorosa ou não. 2. Qualquer contração muscular anormal. 3. Sentido figurado: arrebatamento, exaltação, espanto.
31 Lúmen: 1. Lúmen é um espaço interno ou cavidade dentro de uma estrutura com formato de tubo em um corpo, como as artérias e o intestino. 2. Na anatomia geral, é o mesmo que luz ou espaço. 3. Na óptica, é a unidade de fluxo luminoso do Sistema Internacional, definida como fluxo luminoso emitido por uma fonte puntiforme com intensidade uniforme de uma candela, contido num ângulo sólido de um esferorradiano.
32 Artérias coronárias: Veias e artérias do CORAÇÃO.
33 Eletrocardiograma: Registro da atividade elétrica produzida pelo coração através da captação e amplificação dos pequenos potenciais gerados por este durante o ciclo cardíaco.
34 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
35 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
36 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
37 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
38 Isquêmico: Relativo à ou provocado pela isquemia, que é a diminuição ou suspensão da irrigação sanguínea, numa parte do organismo, ocasionada por obstrução arterial ou por vasoconstrição.
39 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
40 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
41 Sudorese: Suor excessivo
42 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
43 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
44 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
45 Síncope: Perda breve e repentina da consciência, geralmente com rápida recuperação. Comum em pessoas idosas. Suas causas são múltiplas: doença cerebrovascular, convulsões, arritmias, doença cardíaca, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar, hipoglicemia, intoxicações, hipotensão postural, síncope situacional ou vasopressora, infecções, causas psicogênicas e desconhecidas.
46 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
47 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
48 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
49 Isquemia: Insuficiência absoluta ou relativa de aporte sanguíneo a um ou vários tecidos. Suas manifestações dependem do tecido comprometido, sendo a mais frequente a isquemia cardíaca, capaz de produzir infartos, isquemia cerebral, produtora de acidentes vasculares cerebrais, etc.
50 Angiografia: Método diagnóstico que, através do uso de uma substância de contraste, permite observar a morfologia dos vasos sangüíneos. O contraste é injetado dentro do vaso sangüíneo e o trajeto deste é acompanhado através de radiografias seriadas da área a ser estudada.
51 Ecocardiograma: Método diagnóstico não invasivo que permite visualizar a morfologia e o funcionamento cardíaco, através da emissão e captação de ultra-sons.
52 Artérias: Os vasos que transportam sangue para fora do coração.
53 Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.
54 Angina: Inflamação dos elementos linfáticos da garganta (amígdalas, úvula). Também é um termo utilizado para se referir à sensação opressiva que decorre da isquemia (falta de oxigênio) do músculo cardíaco (angina do peito).
55 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
56 Hemorragia subaracnoide: Hemorragia subaracnoide ou subaracnoidea é um derramamento de sangue que se dá no espaço subaracnoideo compreendido entre duas meninges, a aracnoide e a pia-máter. Este espaço contém o líquor. Essas meninges, além da dura-máter, são membranas que envolvem o sistema nervoso. A origem habitual deste sangue é a ruptura de um vaso sanguíneo enfraquecido (quer seja por uma malformação arteriovenosa, quer por um aneurisma). Quando um vaso sanguíneo está afetado pela aterosclerose ou por uma infecção, pode produzir-se a rotura do mesmo. Tais rupturas podem ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequentes entre os 25 e os 50 anos. Raramente ela ocorre por um traumatismo craniano.
57 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
58 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
59 Refratárias: 1. Que resiste à ação física ou química. 2. Que resiste às leis ou a princípios de autoridade. 3. No sentido figurado, que não se ressente de ataques ou ações exteriores; insensível, indiferente, resistente. 4. Imune a certas doenças.
60 Angioplastia: Método invasivo mediante o qual se produz a dilatação dos vasos sangüíneos arteriais afetados por um processo aterosclerótico ou trombótico.
61 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
62 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
63 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
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