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COVID-19 no Brasil - O que precisamos saber sobre o novo coronavírus? Quais são os cuidados de prevenção?

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Atualizações sobre a nova cepa1 de coronavírus SARS-CoV-2

De acordo com as atualizações da Organização Pan-Americna de Saúde2 (OPAS), de 26 de fevereiro de 2020, as principais informações sobre a nova cepa1 de coronavírus (SARS-CoV-2), causadora da doença COVID-19 (Coronavirus Disease 2019) são:

Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou que o surto do novo coronavírus constitui uma Emergência3 de Saúde2 Pública de Importância Internacional (ESPII).

Os coronavírus são a segunda principal causa do resfriado comum (a primeira são os rinovírus) e, até as últimas décadas, raramente causavam doenças mais graves em humanos do que o resfriado comum.

Há sete coronavírus humanos (HCoVs) conhecidos, entre eles o SARS-COV (que causa síndrome4 respiratória aguda grave), o MERS-COV (síndrome4 respiratória do Oriente Médio) e agora o SARS-CoV-2 (que causa a COVID-19).

Casos de doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) foram notificados pela primeira vez em 31 de dezembro de 2019, na República Popular da China. Atualmente, 38 países já confirmaram casos, mas a maioria das ocorrências acontece na China. No Brasil, há um caso confirmado de infecção5 pelo novo vírus6 até o momento. Trata-se de um homem de 61 anos, morador da cidade de São Paulo, que esteve na Itália, na região da Lombardia, a trabalho, sozinho, no período de 9 a 21 de fevereiro deste ano. No dia 23 de fevereiro, ele apresentou sinais7 e sintomas8 compatíveis com a doença causada pelo novo coronavírus: febre9, tosse seca, dor de garganta10 e coriza11 e encontra-se em isolamento domiciliar.

A OPAS e a OMS estão prestando apoio técnico aos países na preparação e resposta ao surto de COVID-19.

As medidas de proteção são as mesmas utilizadas para prevenir doenças respiratórias, como: se uma pessoa tiver febre9, tosse e dificuldade de respirar, deve procurar atendimento médico assim que possível e compartilhar o histórico de viagens com o profissional de saúde2; lavar as mãos12 com água e sabão ou com desinfetantes para mãos12 à base de álcool; ao tossir ou espirrar, cobrir a boca13 e o nariz14 com o cotovelo flexionado ou com um tecido15 – em seguida, jogar fora o tecido15 e higienizar as mãos12.

Saiba mais sobre “Nova cepa1 do coronavírus (SARS-CoV-2)”, “Síndrome4 respiratória aguda grave (SARS)” e “Síndrome4 respiratória do Oriente Médio (MERS)”.

Perguntas e respostas

Quais são os sintomas8 de alguém infectado com o coronavírus?

Depende do vírus6, mas há sintomas8 comuns como febre9, tosse e dificuldade de respirar. Em casos mais graves, a infecção5 pode causar pneumonia16, síndrome4 respiratória aguda grave, insuficiência renal17 e até morte.

De acordo com as informações mais recentes divulgadas pela Organização Mundial de Saúde2, cerca de 2% dos infectados pela COVID-19 morreram. O índice de letalidade da SARS era de 9,5%, e da MERS, 35%.

Os coronavírus podem ser transmitidos de pessoa para pessoa?

Sim, alguns coronavírus podem ser transmitidos de pessoa para pessoa, geralmente após contato próximo com um paciente infectado, por exemplo, em casa, no local de trabalho ou em um centro de saúde2.

Existe uma vacina18 para o novo coronavírus?

Ainda não há vacina18 desenvolvida para evitar a nova cepa1 de coronavírus.

Existe tratamento para o novo coronavírus?

Não existe tratamento específico para a doença causada por um novo coronavírus, mas muitos dos sintomas8 podem ser tratados de maneira eficaz.

O que posso fazer para me proteger?

As recomendações para reduzir a exposição a uma série de infecções19 e para não as transmitir são:

  • Lave as mãos12 com água e sabão ou com desinfetantes para mãos12 à base de álcool.
  • Ao tossir ou espirrar, cubra a boca13 e o nariz14 com o cotovelo flexionado ou com um tecido15 – jogue fora o tecido15 imediatamente e higienize as mãos12.
  • Se tiver febre9, tosse e dificuldade de respirar, procure atendimento médico assim que possível e compartilhe seu histórico de viagens com o profissional de saúde2.
  • Evite contato próximo sem proteção adequada com qualquer pessoa com sintomas8 semelhantes aos da gripe20 ou resfriado.
  • Cozinhe bem a comida, especialmente carne e ovos.
  • Se visitar mercados de animais vivos em áreas onde foram notificados casos do novo coronavírus, evite o contato direto sem proteção adequada com animais vivos e com superfícies em contato com esses animais.
  • Evite o consumo de produtos de origem animal crus ou mal cozidos. Carne crua, leite ou órgãos de animais devem ser manuseados com cuidado, para evitar a contaminação cruzada com alimentos não cozidos, conforme as boas práticas de segurança alimentar.

Os seres humanos podem ser infectados por um novo coronavírus de origem animal?

Uma série de investigações detalhadas descobriram que o SARS-CoV foi transmitido de civetas para humanos na China em 2002 e o MERS-CoV de camelos dromedários para humanos na Arábia Saudita em 2012. Vários coronavírus conhecidos estão circulando em animais que ainda não infectaram humanos. À medida que a vigilância melhora no mundo, é provável que mais coronavírus sejam identificados.

Qual é a orientação da OPAS e da OMS no que diz respeito ao uso de máscaras?

A OPAS e a OMS recomendam que as máscaras cirúrgicas sejam usadas por:

  • Pessoas com sintomas8 respiratórios, como tosse ou dificuldade de respirar, inclusive ao procurar atendimento médico
  • Profissionais de saúde2 e pessoas que prestam atendimento a indivíduos com sintomas8 respiratórios
  • Profissionais de saúde2, ao entrar em uma sala com pacientes ou tratar um indivíduo com sintomas8 respiratórios
  • O uso de máscaras não é necessário para pessoas que não apresentem sintomas8 respiratórios. No entanto, máscaras podem ser usadas em alguns países de acordo com os hábitos culturais locais
  • As pessoas que usarem máscaras devem seguir as boas práticas de uso, remoção e descarte, assim como higienizar adequadamente as mãos12 antes e após a remoção. Devem também lembrar que o uso de máscaras deve ser sempre combinado com as outras medidas de proteção.

Qual o período de incubação21 da COVID-19?

O período de incubação21 é o tempo entre ser infectado pelo vírus6 e o início dos sintomas8 da doença. As estimativas atuais do período de incubação21 variam de 1 a 14 dias, mais frequentemente ao redor de cinco dias. Essas estimativas estão sendo atualizados à medida que mais dados se tornam disponíveis.

Posso pegar a COVID-19 do meu animal de estimação?

Não. Não há evidências de que animais que fazem companhia ou animais de estimação, como gatos e cães, tenham sido infectados ou possam espalhar o vírus6 que causa a COVID-19.

Quanto tempo o vírus6 sobrevive em superfícies?

Não se sabe ao certo quanto tempo o vírus6 que causa a COVID-19 sobrevive em superfícies, mas ele parece se comportar como outros coronavírus. Uma série de estudos aponta que os coronavírus (incluindo informações preliminares sobre o vírus6 SARS-CoV-2) podem persistir nas superfícies por algumas horas ou até vários dias. Isso pode variar conforme diferentes condições (por exemplo, tipo de superfície, temperatura ou umidade do ambiente).

Se você acha que uma superfície pode estar infectada, limpe-a com um desinfetante simples para matar o vírus6 e proteger a si e aos outros. Limpe as mãos12 com um higienizador à base de álcool ou lave-as com água e sabão. Evite tocar nos olhos22, boca13 ou nariz14.

É seguro receber um pacote de qualquer área em que a COVID-19 tenha sido notificada?

Sim. A probabilidade de uma pessoa infectada contaminar mercadorias comerciais é baixa e o risco de pegar o vírus6 que causa o COVID-19 em um pacote que foi movido, transportado e exposto a diferentes condições e temperaturas também é baixo. 

Coronavírus no Brasil

O Brasil notificou no dia 26 de fevereiro de 2020 um caso confirmado do novo coronavírus. Além desse caso, que foi importado da Itália, o Ministério da Saúde2 do Brasil monitora 20 casos suspeitos de infecção5. Ao todo, outros 59 casos suspeitos já haviam sido descartados após exames laboratoriais apresentarem resultados negativos.

O Ministério da Saúde2 do Brasil tem realizado monitoramento diário da situação junto à OMS e instalou um Centro de Operações de Emergência3 (COE) que tem como objetivo preparar a rede pública de saúde2 para o atendimento de possíveis casos de COVID-19 no país.

A OPAS também organizou, junto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde2 do Brasil, um treinamento para nove países sobre diagnóstico23 laboratorial do novo coronavírus.

Veja mais informações: “Mapeando o coronavírus SARS-CoV-2”, “Nova cepa1 do coronavírus (SARS-CoV-2)” e “Importante descoberta sobre o coronavírus SARS-CoV-2”.

 

Fonte: Organização Pan-Americana de Saúde2 (OPAS).

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas do site da Organização Pan-Americana de Saúde - OPAS.

ABCMED, 2020. COVID-19 no Brasil - O que precisamos saber sobre o novo coronavírus? Quais são os cuidados de prevenção?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/covid-19/1361693/covid-19-no-brasil-o-que-precisamos-saber-sobre-o-novo-coronavirus-quais-sao-os-cuidados-de-prevencao.htm>. Acesso em: 11 out. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Cepa: Cepa ou estirpe é um termo da biologia e da genética que se refere a um grupo de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças morfológicas e/ou fisiológicas.
2 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
3 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
4 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
5 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
6 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
7 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
8 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
9 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
10 Garganta: Tubo fibromuscular em forma de funil, que leva os alimentos ao ESÔFAGO e o ar à LARINGE e PULMÕES. Situa-se posteriormente à CAVIDADE NASAL, à CAVIDADE ORAL e à LARINGE, extendendo-se da BASE DO CRÂNIO à borda inferior da CARTILAGEM CRICÓIDE (anteriormente) e à borda inferior da vértebra C6 (posteriormente). É dividida em NASOFARINGE, OROFARINGE e HIPOFARINGE (laringofaringe).
11 Coriza: Inflamação da mucosa das fossas nasais; rinite, defluxo.
12 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
13 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
14 Nariz: Estrutura especializada que funciona como um órgão do sentido do olfato e que também pertence ao sistema respiratório; o termo inclui tanto o nariz externo como a cavidade nasal.
15 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
16 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
17 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
18 Vacina: Tratamento à base de bactérias, vírus vivos atenuados ou seus produtos celulares, que têm o objetivo de produzir uma imunização ativa no organismo para uma determinada infecção.
19 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
20 Gripe: Doença viral adquirida através do contágio interpessoal que se caracteriza por faringite, febre, dores musculares generalizadas, náuseas, etc. Sua duração é de aproximadamente cinco a sete dias e tem uma maior incidência nos meses frios. Em geral desaparece naturalmente sem tratamento, apenas com medidas de controle geral (repouso relativo, ingestão de líquidos, etc.). Os antibióticos não funcionam na gripe e não devem ser utilizados de rotina.
21 Incubação: 1. Ato ou processo de chocar ovos, natural ou artificialmente. 2. Processo de laboratório, por meio do qual se cultivam microrganismos com o fim de estudar ou facilitar o seu desenvolvimento. 3. Em infectologia, é o período que vai da penetração do agente infeccioso no organismo até o aparecimento dos primeiros sinais da doença.
22 Olhos:
23 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
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