Ferritina - como estão suas reservas de ferro?
O que é ferritina?
A ferritina é a mais importante proteína de reserva de ferro no organismo. É responsável por armazenar o metal e liberá-lo de forma controlada no organismo, agindo assim como um regulador contra a deficiência ou a sobrecarga de ferro no organismo.
Qual é o mecanismo fisiológico1 de ação da ferritina?
A ferritina é encontrada em todas as células2 orgânicas, especialmente naquelas envolvidas na síntese de compostos férricos e no metabolismo3 e reserva de ferro. Ela é uma macromolécula, formada por uma fração polipeptídica, no interior da qual são encontrados até quatro átomos de ferro, que representam até 25% do ferro total encontrado no corpo.
O ferro é indispensável para a formação da hemoglobina4 que existe nos glóbulos vermelhos do sangue5 (hemácias6) e é responsável por transportar o oxigênio pelo corpo. A deficiência ou excesso de ferro leva a sérias complicações médicas.
A ferritina pode ser encontrada sob a forma de depósitos intracitoplasmáticos, inclusões lisossômicas ou como aglomerados visíveis ao microscópio. O ferro da ferritina é facilmente mobilizável quando o organismo necessita dele. Assim, a taxa de ferritina circulante reflete diretamente o nível de ferro estocado no organismo, sendo um dos parâmetros mais importantes para diagnóstico7 diferencial da anemia ferropriva8, detecção do excesso de ferro e avaliação do estado férrico orgânico.
A maior parte da ferritina no organismo encontra-se no fígado9 e nas células2 do sistema retículo endotelial do fígado9, baço10 e medula óssea11. Quantidades menores encontram-se no coração12, pâncreas13 e rins14. Pequenas quantidades podem ser encontradas no soro15 humano.
Dosagens da ferritina no sangue5
A maior parte da ferritina presente no organismo fica dentro de células2 e apenas uma pequena quantidade fica no sangue5. Quando os órgãos ricos em ferritina sofrem uma lesão16, eles liberam a substância e ela aumenta sua presença na circulação17. No entanto, a medição da ferritina no sangue5 é indispensável para a análise de reservas orgânicas de ferro. Ela só é dosável no sangue5 quando está ligada ao ferro e costuma ser solicitada juntamente com outros exames que medem o transporte e dosagem de ferro.
Em adultos sadios, os níveis séricos de ferritina são diretamente relacionados à quantidade de ferro disponível armazenado no corpo. Seu valor normal no sangue5 varia de 10 a 80 µg/l. Um grama18 de ferritina pode estocar até 8 mg de ferro. A ferritina é, pois, uma proteína de estocagem, que sequestra o ferro e pode transformar o ferro bivalente em ferro trivalente ativo, embora apareça em pequenas quantidades no soro15.
E se a ferritina estiver alta ou baixa?
Normalmente ela se eleva nas infecções19, traumatismos, inflamações20 agudas e também em pacientes transfundidos, em neoplasias21 e em casos de hemocromatose22. A ferritina também está muito elevada (acima de 1.000 µg/l) em mais de 70% dos casos de Doença de Still. Outros casos de ferritina elevada ocorrem nas anemias hemolíticas e sideroblásticas e nas lesões23 hepáticas24, especialmente as alcoólicas. Os níveis séricos de ferritina são caracteristicamente normais ou ligeiramente elevados em pacientes com doença renal25 crônica.
A diminuição da ferritina verifica-se nas perdas excessivas de sangue5 e nas síndromes de má absorção. Valores baixos de ferritina indicam carência de ferro e permitem o diagnóstico7 diferencial entre as anemias por carência de ferro e as anemias decorrentes de outras causas. A deficiência de ferro pode não provocar sintomas26 imediatos, mas com o passar do tempo pode produzir fadiga27 crônica, tontura28, cefaleias29 e fraqueza. Deficiências maiores podem provocar sonolência, irritabilidade, falta de ar, tinnitus30, dores nas pernas e no peito31 e até mesmo insuficiência cardíaca32.
Conheça outros tipos de anemia33: "Anemia33 por deficiência de ferro"; "Anemia perniciosa34"; "Anemia33 de Fanconi"; "Anemia megaloblástica35"; "Anemia falciforme36"; "Anemia33 aplástica" e "Anemia33 na gravidez37".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites do U. S. National Institute of Health e da Mayo Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.