Esteatose hepática na infância
O que é esteatose hepática1?
Esteatose hepática1, infiltração gordurosa do fígado2 ou doença gordurosa do fígado2 é um acúmulo de gordura3 nas células4 do fígado2, também chamada popularmente de “fígado gorduroso”. Normalmente, cerca de 10% do peso do fígado2 é constituído por gordura3. Quando ela excede esse valor, diz-se que o fígado2 está acumulando gordura3. Esse acúmulo de gordura3, se não tratado, acaba por causar uma inflamação5 das células4 hepáticas6 (esteatohepatite7) e pode levar à cirrose8 hepática9.
Saiba mais sobre "Esteatose hepática1" e "Cirrose8 hepática9".
A principal causa de esteatose hepática1 em adultos é o abuso de álcool, mas outras causas também são possíveis, como são as hepatites10 virais, o diabetes mellitus11, a obesidade12, o colesterol13, os triglicérides14 elevados, o consumo de drogas, a desnutrição15, certas cirurgias abdominais e gravidez16. O álcool é um fator tão importante e frequente que faz com que as esteatoses sejam divididas em alcoólicas e não alcoólicas.
Leia sobre "Obesidade12", "Diabetes17", "Síndrome metabólica18", "Hepatites10", "Desnutrição15" e "Colesterol13 alto".
O que é esteatose hepática1 na infância?
A esteatose hepática1 na infância é uma forma não alcoólica de acúmulo de gordura3 no fígado2 de uma criança. É um problema de saúde19 que vem crescendo em todo o mundo. Esta doença tem aumentado devido a hábitos alimentares pouco saudáveis e mudanças no conteúdo alimentar e no estilo de vida. Em conclusão, como a obesidade12 infantil tornou-se epidemia em países desenvolvidos, a esteatose hepática1 na infância tornou-se a principal causa de doença hepática9 crônica em crianças.
Qual é a causa da esteatose hepática1 na infância?
A causa principal da esteatose hepática1 na infância é a obesidade12. A possibilidade de haver degeneração20 gordurosa do fígado2 é de 1 para cada 4 crianças obesas. A resistência à insulina21 pode ser outra causa importante de acúmulo de gordura3 no fígado2. Existem também causas de natureza genética.
Nos primeiros anos de vida, a esteatose22 é causada principalmente por doenças metabólicas. Já em crianças maiores e em adolescentes, as causas são semelhantes as dos adultos, sendo a obesidade12 e a resistência à insulina21 as mais importantes. Além delas, há outros fatores de risco como o gênero, a etnia, a predisposição genética e alguns problemas médicos.
Qual é o mecanismo da esteatose hepática1 na infância?
A gordura3 é armazenada no fígado2 humano como triglicerídeo. Na doença hepática9 gordurosa não alcoólica (tipo da esteatose hepática1 na infância) as alterações histológicas23 macrovesiculares são predominantes. A hepatoesteatose geralmente se autolimita, mas pode avançar para esteatohepatite7, que difere da esteatose22 simples por lesão24 no hepatócito, infiltrado inflamatório e deposição de colágeno25. A esteatohepatite7 pediátrica é caracterizada por esteatose22 macrovesicular com inflamação5 portal e/ou fibrose26, geralmente sem evidência de lesão24 celular ou inflamação5 lobular.
Quais são as características clínicas da esteatose hepática1 na infância?
Houve um aumento na frequência de esteatose hepática1 na infância nos últimos 30 anos. Hoje em dia, ela é a forma mais comum de doença hepática9 em crianças e, em sua forma crônica, pode levar à cirrose8 e à insuficiência hepática27. É também um fator de risco28 para doenças cardiovasculares29 e câncer30 de fígado2.
A esteatose hepática1 é mais comum em meninos do que meninas, mas meninos obesos negros apesar de terem IMC31 e porcetagem de gordura3 semelhantes, têm 30% menos gordura3 visceral do que os adolescentes brancos, portanto tem um certa proteção natural à esteatose hepática1.
Na criança, a esteatose22 permanece longamente sem sinais32 e sintomas33, mas deve ser suspeitada sempre que em crianças obesas. No entanto, as esteatoses de causas genéticas geralmente têm sintomas33 detectados logo após o nascimento. O fígado2 é grande e endurecido à palpação34, isso leva à descompensação hepática9, que pode necessitar rapidamente de um transplante de fígado2.
Veja mais sobre "Insuficiência hepática27" e "Câncer30 de fígado2".
Como o médico diagnostica a esteatose hepática1 na infância?
As transaminases estão ligeiramente elevadas na esteatose hepática1 na infância e há discreta ou moderada hepatomegalia35. Crianças com esteatose hepática1 típica têm resistência à insulina21 com hiperinsulinemia36, mas são normoglicêmicas. O exame físico deve procurar pela acantose nigricans37, uma hiperplasia38 de células4 pigmentadas da pele39, que geralmente está presentete quando há resistência à insulina21. Diversos exames laboratoriais envolvendo os marcadores de funções hepáticas6 podem ser feitos e ajudam a definir o diagnóstico40.
Além disso, a esteatose22 pode ainda ser detectada por exames de imagem como ultrassonografia41, tomografia computadorizada42 ou ressonância magnética43. Um diagnóstico40 diferencial deve ser feito com a doença de Wilson44, lesão24 hepática9 induzida por drogas e hepatite45 autoimune46.
Saiba mais sobre "Hepatomegalia35", "Acantose47", "Provas de função hepática9" e "Doença de Wilson44".
Como o médico trata a esteatose hepática1 na infância?
A esteatose hepática1 na infância não tem um tratamento específico comprovado. Os sintomas33 devem ser gerenciados. As medidas dirigidas para a perda de peso é a gestão mais recomendável: exercícios físicos regulares e uma dieta com baixo índice glicêmico e calórico. O uso de medicamentos é promissor, mas eles ainda não são de emprego comum.
Como evolui a esteatose hepática1 na infância?
A esteatose hepática1 na infância pode evoluir para esteatohepatite7, cirrose8 hepática9 e causar carcinoma48 hepatocelular.
Como prevenir a esteatose hepática1 na infância?
A prevenção principal da esteatose hepática1 na infância consiste em evitar a obesidade12. É importante ficar atento às medidas da circunferência abdominal das crianças.
Quais são as complicações possíveis da esteatose hepática1 na infância?
Em algumas crianças com esteatose hepática1 na infância pode ocorrer fibrose26 extensa. A cirrose8 em crianças é rara, mas tem sido relatada.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.