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Saiba mais sobre a dor de dente

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O que é dor de dente1?

A dor de dente1 é, por definição, qualquer dor que atinge os dentes variando em intensidade de leve, moderada a severa e é sempre um grande incômodo para o paciente, atingindo indistintamente todas as idades e sexos. Como consequência de maus hábitos de higiene, há uma tendência para que as populações de baixa renda tenham dores de dentes devido a cáries2. A dor de dente1 acontece quando o nervo de um dente1 é irritado, em virtude de algum dano ao dente1.

Quais são as causas da dor de dente1?

A dor de dente1 tem causas variadas e resultam, entre outros motivos, de desgaste do esmalte3, infecções4 e abscessos5 dentários, doenças das gengivas, cáries2, formação de placas6, traumas dentários e perda ou extração de dente1. Há ocasiões, contudo, que dores que se originam em outras áreas podem se irradiar para a boca7, dando a impressão de ser uma dor de dente1. Isso costuma acontecer quando há um problema com a articulação8 têmporo-mandibular ou com os ouvidos, por exemplo. Ocasionalmente, mesmo problemas cardíacos podem dar a sensação de dor de dente1.

Quais são os principais sinais9 e sintomas10 da dor de dente1?

Geralmente fala-se em dor de dente1 quando há uma dor persistente, de intensidade moderada ou severa, mas em alguns casos a pessoa pode sentir uma dor mais leve com pressão e exposição ao calor ou frio sobre os dentes. A dor de dente1 na maioria das vezes aparece subitamente e pode irradiar-se para o maxilar, cabeça11 e ouvido e normalmente piora com a alimentação pelo esforço exercido pelo dente1 afetado. Se a dor é causada por sensibilidade, ela piora ao ingerir alimentos ou bebidas muito quentes ou muito frias. As dores também podem piorar ao se deitar, pois aumenta a pressão sobre o dente1. Se houver uma inflamação12 severa dos dentes, a dor pode irradiar para a bochecha13, o ouvido e a mandíbula14. Outros sintomas10 podem ser: dor ao mastigar, sensibilidade ao frio e ao calor, sangramentos ou eliminação de secreções, inflamações15 em torno dos dentes ou na gengiva, sinais9 de traumas ou vermelhidão, cáries2 dentárias e aumento da dor quando o dente1 é tocado.

Como o médico/dentista diagnostica a dor de dente1?

A dor de dente1 normalmente corresponde à queixa dos pacientes. Ao médico/dentista cabe confirmar a queixa e esclarecer a causa dela. Diversas técnicas podem ser utilizadas para auxiliar na descoberta da causa das dores como análise visual dos dentes e uso de radiografias para verificar a presença de cáries2, fraturas no osso, etc. Um diagnóstico16 diferencial deve ser feito com outras causas e fontes de dores na face17, como sinusites, dores no ouvido, na garganta18 ou na articulação8 têmporo-mandibular, etc. Dores oriundas de estruturas internas, chamadas dores referidas, podem ser sentidas na mandíbula14 ou nos dentes.

Como o médico/dentista trata a dor de dente1?

Os tratamentos incluem medidas para aliviar a dor e o médico/dentista normalmente pode receitar analgésicos19, anti-inflamatórios, antibióticos ou medidas cirúrgicas. Dependendo do caso, o cirurgião-dentista pode optar por outras linhas de tratamento que não medicamentos. Se a dor de dente1 é causada por cárie, ela deve ser retirada e substituída por uma obturação de metal ou da cor do dente1. Se a polpa do dente1 estiver infectada deve ser feita uma desvitalização, na qual o dentista retira a polpa, limpa o canal do dente1 e preenche o espaço com um material biocompatível de modo que sele o dente1 desde a câmara pulpar20 até à ponta da raiz (“tratamento de canal”). Caso haja infecção21 do dente1, devem ser utilizados antibióticos específicos.

Após o tratamento do canal, a dor desaparece. É preciso ficar atento, pois a desvitalização incompleta do dente1 é uma das causas de aparecimento de quistos, infecções4 e consequentemente extrações dentárias, muitas vezes desnecessárias.

Como prevenir a dor de dente1?

Pode-se prevenir a maioria dos problemas dentários pela escovação regular dos dentes, pelo uso do fio dental, pelo uso de enxaguatórios antissépticos22 bucais e por uma limpeza regular por um dentista profissional. O dentista pode aplicar selantes e flúor, especialmente importante para as crianças.

Quais são as complicações possíveis da dor de dente1?

As dores de dentes geralmente são resultado de alguma causa e não a causa de mais complicações. Essas complicações podem ser decorrentes de outras doenças, tratamentos de quimio ou de radioterapia23.

As infecções4 dentárias podem se espalhar pelos seios nasais24 e pelo osso maxilar, podendo inclusive causar septicemia25.

ABCMED, 2015. Saiba mais sobre a dor de dente. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/saude-bucal/748042/saiba-mais-sobre-a-dor-de-dente.htm>. Acesso em: 20 nov. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Dente: Uma das estruturas cônicas duras situadas nos alvéolos da maxila e mandíbula, utilizadas na mastigação e que auxiliam a articulação. O dente é uma estrutura dérmica composta de dentina e revestida por cemento na raiz anatômica e por esmalte na coroa anatômica. Consiste numa raiz mergulhada no alvéolo, um colo recoberto pela gengiva e uma coroa, a parte exposta. No centro encontra-se a cavidade bulbar preenchida com retículo de tecido conjuntivo contendo uma substância gelatinosa (polpa do dente) e vasos sangüíneos e nervos que penetram através de uma abertura ou aberturas no ápice da raiz. Os 20 dentes decíduos ou dentes primários surgem entre o sexto e o nono e o vigésimo quarto mês de vida; sofrem esfoliação e são substituídos pelos 32 dentes permanentes, que aparecem entre o quinto e sétimo e entre o décimo sétimo e vigésimo terceiro anos. Existem quatro tipos de dentes
2 Cáries: Destruição do esmalte dental produzida pela proliferação de bactérias na cavidade oral.
3 Esmalte: Camada rígida, delgada e translúcida, de substância calcificada que reveste e protege a dentina da coroa do dente. É a substância mais dura do corpo e é quase que completamente composta de sais de cálcio. Ao microscópio, é composta de bastões delgados (prismas do esmalte) mantidos conectados por uma substância cimentante, e apresenta-se revestido por uma bainha de esmalte. (Tradução livre do original
4 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
5 Abscessos: Acumulação de pus em uma cavidade formada acidentalmente nos tecidos orgânicos, ou mesmo em órgão cavitário, em consequência de inflamação seguida de infecção.
6 Placas: 1. Lesões achatadas, semelhantes à pápula, mas com diâmetro superior a um centímetro. 2. Folha de material resistente (metal, vidro, plástico etc.), mais ou menos espessa. 3. Objeto com formato de tabuleta, geralmente de bronze, mármore ou granito, com inscrição comemorativa ou indicativa. 4. Chapa que serve de suporte a um aparelho de iluminação que se fixa em uma superfície vertical ou sobre uma peça de mobiliário, etc. 5. Placa de metal que, colocada na dianteira e na traseira de um veículo automotor, registra o número de licenciamento do veículo. 6. Chapa que, emitida pela administração pública, representa sinal oficial de concessão de certas licenças e autorizações. 7. Lâmina metálica, polida, usualmente como forma em processos de gravura. 8. Área ou zona que difere do resto de uma superfície, ordinariamente pela cor. 9. Mancha mais ou menos espessa na pele, como resultado de doença, escoriação, etc. 10. Em anatomia geral, estrutura ou órgão chato e em forma de placa, como uma escama ou lamela. 11. Em informática, suporte plano, retangular, de fibra de vidro, em que se gravam chips e outros componentes eletrônicos do computador. 12. Em odontologia, camada aderente de bactérias que se forma nos dentes.
7 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
8 Articulação: 1. Ponto de contato, de junção de duas partes do corpo ou de dois ou mais ossos. 2. Ponto de conexão entre dois órgãos ou segmentos de um mesmo órgão ou estrutura, que geralmente dá flexibilidade e facilita a separação das partes. 3. Ato ou efeito de articular-se. 4. Conjunto dos movimentos dos órgãos fonadores (articuladores) para a produção dos sons da linguagem.
9 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
10 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
11 Cabeça:
12 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
13 Bochecha:
14 Mandíbula: O maior (e o mais forte) osso da FACE; constitui o maxilar inferior, que sustenta os dentes inferiores. Sinônimos: Forame Mandibular; Forame Mentoniano; Sulco Miloióideo; Maxilar Inferior
15 Inflamações: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc. Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
16 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
17 Face: Parte anterior da cabeça que inclui a pele, os músculos e as estruturas da fronte, olhos, nariz, boca, bochechas e mandíbula.
18 Garganta: Tubo fibromuscular em forma de funil, que leva os alimentos ao ESÔFAGO e o ar à LARINGE e PULMÕES. Situa-se posteriormente à CAVIDADE NASAL, à CAVIDADE ORAL e à LARINGE, extendendo-se da BASE DO CRÂNIO à borda inferior da CARTILAGEM CRICÓIDE (anteriormente) e à borda inferior da vértebra C6 (posteriormente). É dividida em NASOFARINGE, OROFARINGE e HIPOFARINGE (laringofaringe).
19 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
20 Câmara Pulpar: O espaço em um dente limitado pela dentina e que contém a polpa dentária. A porção da cavidade dentro da coroa do dente é a câmara da polpa; enquanto que a porção dentro da raiz é o canal da polpa ou canal radicular.
21 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
22 Antissépticos: Que ou os que impedem a contaminação e combatem a infecção.
23 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
24 Seios Nasais: Extensões preenchidas de ar localizadas na parte respiratória da cavidade nasal dentro dos ossos frontal, etmóide, esfenóide e maxila. Variam em tamanho e forma entre indivíduos diferentes, e são revestidas por uma membrana mucosa ciliada da cavidade nasal.
25 Septicemia: Septicemia ou sepse é uma infecção generalizada grave que ocorre devido à presença de micro-organismos patogênicos e suas toxinas na corrente sanguínea. Geralmente ela ocorre a partir de outra infecção já existente.
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