Úlceras genitais femininas e masculinas - o que fazer quando elas aparecem?
O que são úlceras1 genitais?
Uma úlcera2 é definida como uma descontinuação da pele3 ou mucosa4. A pele3 ou mucosa4 é perdida, expondo assim o tecido5 por baixo dela. Úlceras1 genitais são úlceras1 localizadas nas regiões genitais masculina ou feminina. A síndrome6 pode ainda ser classificada como ulceração7 peniana e ulceração7 vulvar, para homens e mulheres, respectivamente, embora elas possam se localizar também fora do pênis8 ou da vulva9.
Quais são as causas das úlceras1 genitais?
As úlceras1 genitais geralmente são causadas por uma doença sexualmente transmissível (DST), como herpes, sífilis10, cancro ou Chlamydia trachomatis, mas as úlceras1 genitais não são estritamente um sinal11 de uma DST e podem ocorrer em pacientes com síndrome6 de Behçet, lúpus12 e algumas formas de artrite reumatoide13, todas doenças não transmissíveis. A tuberculose14 genital, muitas vezes causada pelo contato genital direto com escarro infectado, também pode apresentar-se como úlcera2 genital.
Leia sobre "Doença de Behçet", "Herpes genital", "Uretrites gonocócicas e não gonocócicas", "Os perigos do sexo oral" e "Corrimento vaginal".
Quais são as principais características clínicas das úlceras1 genitais?
Alguns outros sinais15, além das ulcerações16 da mucosa4, incluem aumento dos gânglios linfáticos17 na região da virilha e/ou lesões18 vesiculares (bolhas ou pequenas feridas elevadas) nessas regiões. As úlceras1 genitais podem ocorrer tanto em homens quanto em mulheres.
- Úlceras1 genitais femininas: as úlceras1 genitais femininas são lesões18 dentro ou ao redor da vagina19. Algumas podem não causar sintomas20 e outras podem ser dolorosas, macias ou produzir alguma secreção. Feridas ou úlceras1 nos genitais femininos21 às vezes acontecem sem motivos aparentes e são autorresolutivas. Frequentemente, elas são sintomas20 de uma DST, mas algumas podem ser devidas a distúrbios da pele3, de outra natureza. As feridas genitais podem aparecer como bolhas pequenas, vermelhas, cor de carne ou se tornarem maiores e mais grosseiras. Elas podem ou não estar acompanhadas de outros sintomas20, como coceiras, dores locais ou pélvicas22, sensação de queimação, sangramento e desconforto ao urinar. Elas estão também associadas a relações sexuais dolorosas e aumento da secreção vaginal com mau cheiro. As feridas e úlceras1 dos genitais femininos21 podem dever-se a vulvovaginite23, inflamação24 da vulva9 ou vagina19, dermatite25 de contato, sensibilidade a produtos químicos, dermatite25 atópica, alergia26, cisto, cabelo27 encravado, câncer28, etc.
- Úlceras1 genitais masculinas: também as feridas e úlceras1 genitais em homens nem sempre são devidas a uma DST. Elas podem ser causadas por vírus29, sífilis10, cancro, linfogranuloma venéreo, granuloma30 inguinal, infecções31 bacterianas secundárias e fungos. Fatores não infecciosos também podem causar úlceras1, como um cisto infectado ou um cabelo27 encravado, por exemplo. Há algumas outras condições crônicas da pele3 que também podem causar feridas, úlceras1 e sintomas20. As úlceras1 genitais em homens podem envolver a pele3 do pênis8, escroto32, períneo33 ou ânus34. As úlceras1 genitais masculinas geralmente surgem a partir de uma área dolorida, incluindo bolhas. A maioria das úlceras1 genitais masculinas são de fácil tratamento. No entanto, em alguns casos, não há cura, mas a condição pode ser controlada.
Como o médico diagnostica as úlceras1 genitais?
Os recursos que podem ser utilizados no diagnóstico35 da causa de úlceras1 genitais incluem uma avaliação completa da história médica e um exame físico completo da pessoa. O exame físico da úlcera2 também deve ser feito, a fim de estabelecer um diagnóstico35. Os procedimentos de diagnóstico35 de úlceras1 genitais podem incluir testes comuns para DST e é importante realizar exames em ambos os parceiros sexuais.
Simultaneamente, podem ser realizados exames de sangue36 para herpes genital, sífilis10 e HIV37. Normalmente não é necessária uma biópsia38, se a úlcera2 for extinta após o tratamento inicial. Se, no entanto, for necessária, o médico removerá uma amostra da úlcera2 a ser enviada a um laboratório para exame histopatológico e diagnóstico35 definitivo.
Como o médico trata as úlceras1 genitais?
O tratamento da úlcera2 dependerá de reconhecer a sua causa. Se ela for causada por uma DST, deve ser realizado também o tratamento do parceiro sexual recente, para evitar a reinfecção. Conforme o caso, podem ser utilizados antivirais, antibióticos, fungicidas e/ou cremes de aplicação local. As úlceras1 associadas a uma doença sistêmica subjacente tendem a melhorar com o tratamento dessa doença. Úlceras1 da doença de Crohn39 podem responder à pasta de óxido de zinco ou ao metronidazol.
Como evoluem as úlceras1 genitais?
O prognóstico40 das úlceras1 genitais costuma ser bom, no entanto, depende do fator causal e elas podem, inclusive, não ter cura, mas apenas controle. Muitas vezes, as pessoas não procuram tratamento para as DSTs porque têm medo ou vergonha, embora essas doenças possam afetar quaisquer pessoas e causar um enorme impacto na saúde41 pública. Os homens e mulheres jovens estão especialmente em risco de contraírem DSTs e desenvolver complicações de saúde41 no longo prazo como resultado de infecções31 não tratadas.
Como prevenir as úlceras1 genitais?
Não há como se precaver de todas as formas de úlceras1 genitais. O principal meio de se prevenir muitas delas é usar camisinha nas relações sexuais. Adicionalmente, deve-se restringir os parceiros sexuais, evitando parceiros desconhecidos.
Quais são as complicações possíveis das úlceras1 genitais?
As complicações associadas às úlceras1 genitais incluem estresse emocional, problemas uretrais, progressão para estágios mais graves da doença (como na sífilis10, por exemplo), complicações funcionais de órgãos adjacentes, inflamações42 ou inchaços crônicos dos órgãos genitais e desenvolvimento de tumores malignos. A cicatrização delas pode resultar na doença de Beçhet.
Além dessas complicações, quando a causa da úlcera2 genital é uma DST, isso pode aumentar o risco de contrair outras doenças sexualmente transmissíveis como, por exemplo, a AIDS.
Toda úlcera2 deve ser examinada por um médico clínico geral, urologista43, ginecologista ou infectologista. O tratamento deve ser seguido corretamente até o final do que foi proposto pelo médico, mesmo que os sintomas20 melhorem antes deste prazo.
Veja também sobre "Doenças sexualmente transmissíveis", "Doenças do pênis8", "HIV37" e "AIDS".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.