Menino ou menina? Sexo do bebê
Menino ou menina? Qual o sexo do bebê?
Quando a mulher se descobre grávida, é quase inevitável a curiosidade: menino ou menina? Qual o sexo do bebê? Até há uns poucos anos, era impossível saber isso antes do nascimento, embora houvesse pensamentos meio mágicos ou supersticiosos que procuravam fazer uma “adivinhação”. Atualmente, existem meios científicos de se conhecer o sexo do bebê a partir de poucas semanas de gestação.
Além de atender a uma natural curiosidade, isso tem efeitos práticos importantes, como a escolha antecipada do nome e do enxoval do bebê, por exemplo. Muitos pais expressam uma preferência para que o novo rebento seja menino ou menina, embora afirmando que o amarão igualmente, seja de que sexo for. Outros, não demonstram qualquer preferência, mesmo que secretamente a tenham.
A partir de quando se pode saber o sexo do bebê?
Já é possível saber o sexo do feto1 a partir de oito semanas de gestação, com um exame de sangue2 de sexagem fetal. A partir de dez semanas, com um exame de urina3 de farmácia ou com exames genéticos e invasivos, que trazem certo risco ao bebê e, por isso, só são recomendados se houver outros motivos que o justifiquem. A partir de treze semanas, pela ultrassonografia4, dependendo da perícia do ultrassonografista, da qualidade do aparelho e da posição do bebê. E a partir de dezesseis semanas, pela ultrassonografia4, com mais certeza.
Veja nosso artigo "Gestação semana a semana".
Testes científicos e caseiros para saber o sexo do bebê
A ultrassonografia4 e a sexagem fetal através do sangue2 da mãe são as formas mais conhecidas e confiáveis de saber antecipadamente o sexo do bebê que vai nascer. A ultrassonografia4 fetal tornou-se a forma mais comum e utilizada de identificar o gênero do feto1. Ela é simples, barata, indolor e sem riscos para mãe ou para o feto1. No entanto, o ultrassom obstétrico não é usado apenas para a determinação do sexo do bebê, mas para outras utilidades e faz parte do pré-natal de rotina.
Saiba mais sobre a "Ultrassonografia4 na gravidez5".
O reconhecimento do sexo do bebê é feito pela simples observação dos órgãos sexuais do feto1: se um pênis6 ou uma vagina7. Contudo, apesar da diferenciação desses órgãos começar ao redor da 6ª semana de gravidez5, só a partir da 14ª é possível identificá-los com segurança. Para que sejam indubitavelmente reconhecidos, o bebê deve estar numa posição favorável dentro do útero8, o que nem sempre acontece.
Quando o bebê é um menino, o pênis6 costuma poder ser visto já na 12ª semana de gestação. Mas, se mesmo mais tarde, o médico não consegue ver o pênis6, isso pode significar uma menina ou uma posição do bebê que não possibilitou a visualização dele. A partir da 18ª-20ª semana, no entanto, o índice de acerto da ultrassonografia4 é de mais de 90%. Quando ocorre erro, ele pode se dar para os dois sexos, mas na maioria das vezes, um menino é erroneamente identificado como menina.
A sexagem fetal é feita através da coleta de sangue2 da mãe para pesquisa do DNA do feto1, porque o DNA do feto1 atravessa a barreira placentária e alcança a circulação9 sanguínea da mãe. Como a mulher só possui cromossomos10 X e os homens um cromossomo11 Y e um cromossomo11 X, o fato de encontrar um cromossoma Y indica, sem dúvidas, que o feto1 é masculino. Se não for identificada a presença de cromossomo11 Y no sangue2, é porque o bebê é uma menina. Esse exame deve ser feito a partir da oitava semana, quando já há quantidades suficientes de DNA fetal no sangue2 materno. Feita nesse período, a sexagem fetal tem taxas de acerto superiores à ultrassonografia4.
A amniocentese12 consiste na introdução de uma agulha na barriga da mãe até dentro do útero8 para a coleta de um pequeno volume de líquido amniótico13, rico em material genético, que permite a identificação do sexo do bebê. Sua taxa de acerto é de 100%. A amniocentese12 é também um procedimento usado para investigação de doenças genéticas do feto1 e em geral é usado exclusivamente com essa indicação para identificação e nunca simplesmente para verificação do sexo, uma vez que, para isso, existem exames mais simples e com menores riscos.
Veja o artigo sobre "Líquido amniótico13".
Muitas pessoas ainda recorrem a testes caseiros e antigos para “adivinhar” o sexo do bebê. Como a chance de masculino ou feminino é de 50%, qualquer teste, mesmo sem base científica, tem uma taxa de acerto ao redor de 50%. Todas essas técnicas constituem em mitos difundidos como verdades.
Um deles diz que o formato da barriga da mãe pode identificar o sexo do bebê. No entanto, o formato e o tamanho da barriga da mãe não têm relação com o sexo do bebê, mas sim com o tônus muscular14 do abdômen, o biotipo da mãe, o tamanho e peso do bebê, a posição do feto1, a idade gestacional e a quantidade de peso que a mãe ganhou durante a gravidez5.
Outro mito diz que a frequência cardíaca do feto1 é diferente entre os dois sexos, sendo maior nas meninas que nos meninos (acima de 140 bpm), mas nenhum estudo científico comprova isso. E, mesmo que existisse, um método que só é capaz de definir o sexo do bebê a poucos dias do parto seria pouco útil.
Um terceiro mito fala que o tipo de movimento de uma aliança suspensa por fio acima da barriga da mãe pode identificar o sexo do bebê. Um mito a mais é o da tabela chinesa, baseada na idade lunar, que detectaria o sexo do bebê.
Veja outras informações sobre gravidez5 "Teste de gravidez5", "Diabetes gestacional15", "Sangramentos durante a primeira metade da gravidez5" e "Sangramentos na segunda metade da gravidez5".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.