Tipos de câncer dos rins
Quais são os tipos de câncer1 dos rins2?
Existem vários subtipos de câncer1 dos rins2:
(1) O carcinoma3 de células4 renais claras é o tipo mais comum, presente em cerca de 70% dos pacientes com carcinomas renais;
(2) O carcinoma3 papilar de células4 renais é o segundo subtipo mais comum, presente em cerca de 10% dos casos. Este câncer1 forma pequenas projeções similares às de um dedo, chamadas papilas. Alguns médicos chamam esse tipo de câncer1 de cromatóforo, porque suas células4 captam certos corantes;
(3) O carcinoma3 cromófobo de células4 renais é responsável por cerca de 5% dos casos de câncer1 renal5.
Outros subtipos muito raros (cada um deles constituindo menos do que 1% dos casos de cânceres renais) são:
(4) O câncer1 do ducto coletor;
(5) O câncer1 cístico multilocular;
(6) O carcinoma3 medular;
(7) O carcinoma3 tubular;
(8) O câncer1 associado ao neuroblastoma;
(9) Os raros cânceres renais ditos “não classificados”, que são aqueles que não se encaixam em nenhuma classificação precedente.
Outros tipos de tumores malignos que podem afetar os rins2 são:
(10) O carcinoma3 de células4 transicionais, que se iniciam no revestimento da pelve renal6;
(11) O tumor7 de Wilms ou nefroblastoma, que quase sempre ocorre em crianças e é muito raro em adultos;
(12) O sarcoma8 renal5, que é um tipo raro de câncer1 de rim9.
Saiba mais sobre "Tumor7 de Wilms", "Câncer1 infantil" e "Prevenção do câncer1".
Quais são as causas do câncer1 dos rins2?
As causas do câncer1 renal5 não são totalmente claras. Sabe-se apenas que ele começa quando algumas células4 renais sofrem mutações em seu DNA e passam a crescer e se multiplicar de forma rápida e desordenada, formando um tumor7 que pode se expandir para outras partes do organismo (metástases10) e causar sérias complicações.
Alguns fatores parecem contribuir para o câncer1 renal5, tais como idade avançada, tratamento para insuficiência renal11, diálise12 e doença de von Hippel-Lindau (condição hereditária que afeta os vasos sanguíneos13 do cérebro14, olhos15 e outras partes do corpo). Além disso, interferem negativamente o hábito de fumar, a hipertensão arterial16 e a obesidade17. Também algumas síndromes genéticas raras podem aumentar o risco de desenvolver câncer1 de rim9.
Leia sobre "Doença de von Hippel-Lindau", "Parar de fumar", "Hipertensão arterial16" e "Obesidade17".
Como os tumores renais alteram a anatomia e o funcionamento dos rins2?
Os rins2 são dois órgãos mais ou menos do tamanho do punho, localizados na parte posterior e superior do abdômen, atrás dos órgãos abdominais, justapostos à coluna, um de cada lado. Eles são responsáveis pelo equilíbrio de água e sais no corpo e eliminam as substâncias nocivas metabolizadas pelo organismo. Cada rim9 é composto de um milhão de pequenas estruturas de filtração chamadas de néfrons18.
Os cânceres de rim9 alteram a arquitetura do órgão e as células4 anormais passam a se proliferar acima do normal, podendo invadir partes significativas do órgão e até, em alguns casos, circular pelo corpo e produzir tumores em outras partes (metástases10).
Geralmente há um único tumor7, mas podem surgir dois ou mais tumores dentro de um ou de ambos os rins2, simultaneamente. Uma das primeiras consequências do tumor7 renal5 é o desarranjo das funções dos rins2.
Quais são as principais características clínicas dos cânceres dos rins2?
O câncer1 renal5 costuma permanecer assintomático ou só produzir sintomas19 muito discretos e inespecíficos durante muito tempo. Geralmente, ele só gera sintomas19 quando a doença já está mais avançada. O tumor7 renal5 possui manifestações diversas, na dependência do tipo, localização e extensão do tumor7, mas as alterações mais frequentes são hematúria20 (presença de sangue21 na urina22), dor abdominal e dor lombar.
Além delas, alguns tumores renais tem manifestações devidas à produção de substâncias semelhantes a hormônios, que podem produzir hipertensão arterial16, alterações do fígado23, elevação do cálcio sanguíneo, aumento do volume das mamas24 e alterações hormonais (síndrome de Cushing25, por exemplo).
Como o médico diagnostica o câncer1 nos rins2?
A primeira aproximação diagnóstica se baseia nos sintomas19 relatados pelo paciente, como dor do lado, perda de peso e fadiga26 extrema. No exame físico é possível que o médico palpe um nódulo27 do lado correspondente. Para confirmar o diagnóstico28, no entanto, será necessário um exame físico mais rigoroso (procurando nódulos, febre29, pressão alta, etc.), um histórico de saúde30 do paciente e testes de laboratório.
Exames de urina22 para verificar se há sangue21 ou outros elementos estranhos na urina22; exames de sangue21 para mostrar o estado funcional dos rins2; pielograma intravenoso, que consiste em injetar um corante que destaca o tumor7; ultrassonografia31, que fornece imagens dos rins2; ressonância magnética32, que cria imagens detalhadas dos rins2; tomografia computadorizada33, que praticamente substituiu o pielograma e a ultrassonografia31 e arteriograma renal5, que avalia o suprimento de sangue21 para o tumor7.
Como o médico trata o câncer1 dos rins2?
O tratamento ideal do câncer1 de rim9 deve ser adequado ao tipo de câncer1 e à condição de saúde30 do paciente. A forma de tratamento definitivo do câncer1 de rim9 é a nefrectomia radical (retirada do rim9). Gradualmente, essa técnica tem sido substituída pela retirada apenas do tumor7 com preservação do órgão (nefrectomia parcial). Essa técnica, contudo, só se aplica a tumores menores que 4 centímetros, mas também pode ser utilizada em tumores maiores, desde que o procedimento seja compatível com o formato do tumor7. A nefrectomia pode ser feita por via laparoscópica. Esse método é tão efetivo quanto as cirurgias abertas e possui a vantagem de um menor tempo de internação e recuperação.
O tumor7 também pode ser tratado por crioterapia34 (destruição tumoral através do congelamento) ou radiofrequência (destruição tumoral através de ondas de calor). Ambos os métodos são minimamente invasivos e só são indicados em situações especiais.
O tumor7 renal5 caracteriza-se pela baixa resposta à quimioterapia35 e à radioterapia36. Como alternativa, utiliza-se a terapia com Interferon ou Interleucina, um método que apresenta melhores respostas, apesar de um alto índice de toxicidade37. Pode-se usar, também, drogas inibidoras da angiogênese38 (crescimento dos vasos sanguíneos13 a partir de outros), fazendo um bloqueio de crescimento de novos vasos, visando o controle e mesmo a regressão da doença.
Veja também sobre "Hemodiálise39", "Insuficiência renal11 crônica" e "Transplante renal5".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cancer Treatment Centers of America, American Cancer Society, National Cancer Institute e American Society of Clinical Oncology.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.