Linfoma. O que saber sobre ele?
O que é linfoma1?
Linfoma1 é um tumor2 que ocorre no sistema linfático3.
O sistema linfático3 é composto por vários gânglios linfáticos4 ou linfonodos5, conectados entre si pelos vasos linfáticos. Ele é responsável pelas defesas naturais do organismo contra infecções6.
Como o linfoma1 se desenvolve?
O linfoma1 é um tipo de câncer7 que se desenvolve principalmente nos linfonodos5 (gânglios8) do sistema linfático3, podem também estar no baço9, na medula óssea10, no sangue11 ou em outros órgãos.
Ele ocorre por um dano causado ao DNA de uma célula12 precursora de um linfócito13. Este dano ocorre após o nascimento, sendo uma doença adquirida e não hereditária.
Por motivos ainda desconhecidos, em determinado momento os linfócitos agrupados nos gânglios linfáticos4 começam a se multiplicar e crescer de forma desordenada, dando origem ao linfoma1.
Quais são os tipos de linfomas existentes?
Existem basicamente dois tipos de linfoma1: linfomas de Hodgkin e linfomas não-Hodgkin.
Há seis tipos de linfomas de Hodgkin, neles existe o envolvimento de células14 chamadas Reed-Stenberg. A mortalidade15 do linfoma1 de Hodgkin caiu nos últimos 25 anos devido à melhoria no tratamento.
Há mais de 61 tipos de linfomas não-Hodgkin. Qualquer linfoma1 que não envolva as células14 Reed-Stenberg é classificado como linfoma1 não-Hodgkin. A incidência16 deste linfoma1 é mais alta do que a do linfoma1 de Hodgkin e cresceu significativamente nas últimas duas décadas.
O que sente uma pessoa com linfoma1?
Alguns sintomas17 do linfoma1 são semelhantes aos observados em muitas outras doenças. Muitos indivíduos que apresentam os sintomas17 abaixo não têm linfoma1, mas é importante que qualquer um que observe a persistência desse quadro procure um médico clínico geral ou hematologista para avaliação.
Geralmente as pessoas procuram um médico porque acham que estão com uma gripe18, resfriado prolongado ou com alguma infecção19 respiratória que não quer curar.
O sintoma20 inicial mais comum é um aumento indolor dos linfonodos5, principalmente no pescoço21, mediastino22 (região localizada entre os pulmões23 e o coração24), axilas, abdome25 ou virilha.
Outros sintomas17 podem incluir febre26, suor principalmente noturno, perda de peso não explicada por outra causa, fadiga27, calafrios28 e coceira.
Existem causas ou fatores de risco?
Existem muitos fatores associados ao aumento do risco para desenvolver linfomas, mas nenhuma causa definitiva foi identificada, com exceção da infecção19 pelo Helicobacter pylori e o processo de gastrite29 crônica considerados como elementos patogênicos importantes no desenvolvimento do linfoma1 gástrico MALT ("mucosa30-associated lymphoid tissue").
Alguns fatores já foram associados com o aumento do risco como:
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Exposição crônica a pesticidas, solventes e fertilizantes.
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Imunossupressão31: causada pelo uso de certos medicamentos ou por infecção19 pelos vírus32 HIV33 ou HTLV-1.
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História familiar de linfomas.
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Aumento da idade.
Entretanto, a maioria dos casos da doença ocorre em indivíduos sem fatores de risco identificáveis e a maioria das pessoas com supostos fatores de risco nunca apresenta a doença.
Quais são os tratamentos disponíveis?
A combinação de quimioterapia34 e o uso de anticorpos35 monoclonais é, atualmente, o tratamento que oferece a maior chance de cura para os pacientes com linfoma1.
O prognóstico36 é bom na maioria das vezes. Aproximadamente 30 a 60% dos pacientes com uma forma agressiva de linfoma1 não-Hodgkin podem ser curados.
Fontes:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.