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Orientação profissional

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O que é orientação profissional?

A escolha de uma profissão deve estar intimamente ligada com certas características pessoais, como dons, habilidades, temperamentos, tipos psicológicos, etc., nem sempre sabidas de maneira consciente pela própria pessoa.

Sempre se soube que algumas pessoas são melhores do que outras para executar determinados trabalhos, e que aquelas que se mostram inadequadas para uma determinada tarefa podem se desenvolver numa outra de modo excelente. Não se pensa que alguém com um “coração bondoso”, que gosta de ajudar o próximo, se daria bem como delegado de polícia, uma profissão que mesmo sendo exercida corretamente implica em punir; ou que alguém com tendências agressivas e sádicas se sairia bem como professor, uma profissão que requer espírito de ajuda.

A orientação profissional é um conjunto de técnicas para identificar características de um indivíduo que podem contribuir para (ou dificultar) o exercício de determinadas profissões. Isso vale tanto para um jovem que está à beira de escolher uma carreira profissional como para quem já está trabalhando, mas não está satisfeito com a sua profissão atual e deseja mudar de rumo.

Durante a avaliação, o orientador procura elencar as habilidades e gostos pessoais e pode, quase sempre, se valer de testes psicológicos. Assim, é definido um perfil e sugerida uma lista de carreiras que combinam com a pessoa examinada.

Durante a orientação profissional é dada ao examinando1 informações sobre as exigências que lhe farão cada tipo de profissão, informações em relação ao mercado de trabalho e as oportunidades de carreira adequadas para ele. De outro lado, serão confrontadas com esses dados suas habilidades e aspirações.

Saiba mais sobre "Saúde2 mental", "Atenção Plena ou Mindfulness" e "Qual seu nível de estabilidade emocional?"

Por que fazer orientação profissional?

No mundo industrializado e tecnológico de hoje em dia são tantas e tão diversificadas as modalidades de trabalho, que uma pessoa se sente desorientada quando tem que fazer uma escolha a respeito. E mais sério ainda é que, em geral, se tratam de jovens sem muito conhecimento e nenhuma experiência com as diversas possibilidades que lhe são antepostas.

A vida ocupacional de uma pessoa é considerada um dado fundamental de sua existência. Uma pessoa emprega cerca de 80.000 ou mais horas em sua carreira profissional (40 horas por semana, 50 semanas por ano, durante 40 anos). Isso é uma quantidade enorme de tempo que, sendo gasto de maneira satisfatória ou insatisfatória, de qualquer forma terá um grande impacto na vida e pode ser motivo da felicidade ou não da pessoa.

Na transição do estudo para o trabalho quase todo jovem se pergunta angustiadamente: “O que eu desejo ser?”, “Quais são minhas melhores habilidades?”, “Que carreira eu devo seguir?”. A essa dificuldade deve ser acrescentado o fato de que toda escolha provoca necessariamente uma renúncia, e isso também pode provocar algum sofrimento para o adolescente.

Embora possa ser tarefa da escola proporcionar ao jovem uma boa orientação profissional, ainda sobra muito para uma decisão individual. É muito diferente quando uma pessoa trabalha aproveitando as suas características pessoais ou se tem, a todo tempo, que lutar contra elas. Ademais, no caso de trabalho em uma firma, a orientação profissional tanto beneficia o testando quanto a empresa, tornando o trabalho mais confortável e permitindo uma maior produtividade.

Como se processa a orientação profissional?

A orientação profissional visa adequar as características e interesses pessoais do testando a uma determinada profissão. Durante muitos anos foi dada muita importância à aplicação de testes psicológicos para detectar características e inclinações individuais, e os profissionais entregavam aos testandos resultados descontextualizados em relação à situação prática em que tinham que atuar. Hoje em dia, essa importância é relativizada e se dá maior importância à análise individual da pessoa e à situação mercadológica do trabalho.

Assim, a orientação vocacional consiste na combinação de aconselhamentos com um profissional especializado com algum tipo de teste ou questionário. Por um lado, as sessões de aconselhamento visam fornecer informações sobre o mercado de trabalho, podendo incluir conversas com profissionais das áreas de interesse da pessoa. Por outro, buscam ajudar o cliente a identificar o que gosta e o que sabe fazer; o que tem mais facilidade de aprender; suas motivações e aspirações; e o que imagina e espera do futuro; sempre tentando tornar essas coisas mais realistas.

Desse modo, a função do aconselhamento é abrir os horizontes e aprofundar o conhecimento em carreiras que estejam no radar de interesses do jovem.

Os chamados testes vocacionais são instrumentos que ajudam a identificar os interesses profissionais de uma pessoa, bem como revelar certas características individuais pouco percebidas pela pessoa. Existe uma variedade grande desses testes e a escolha do que melhor se adequa a cada caso específico deve ser feita pelo especialista que conduz o processo.

Alguns deles focam mais no levantamento de interesses profissionais, outros no perfil psicológico do testando e na sua adequação a determinadas profissões. Ao contrário do que às vezes acredita o pensamento leigo de algumas pessoas, os testes vocacionais não “descobrem” uma misteriosa vocação abrigada em algum local secreto e desconhecido da pessoa. Eles procuram adequar fatores objetivos, como interesses e expectativas de uma pessoa, com suas características pessoais, muito embora alguns desses dados possam ter sido, até o momento, pouco conhecidos pela pessoa.

Para a maioria das pessoas, a identidade vocacional forma uma parte importante de sua identidade pessoal geral. Ter um emprego valorizado pela sociedade e ter sucesso e prestígio nele aumenta a autoestima e facilita o desenvolvimento de um senso de identidade mais seguro e estável.

Leia também sobre "Testes de Personalidade", "Quociente de inteligência3 (QI4)" e "Qual seu tipo psicológico?"

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites dos Periódicos Eletrônicos em Psicologia e do Federal Institute for Vocational Education and Training.

ABCMED, 2023. Orientação profissional. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/1437320/orientacao-profissional.htm>. Acesso em: 28 mar. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Examinando: 1. O que será ou está sendo examinado. 2. Candidato que se apresenta para ser examinado com o fim de obter grau, licença, etc., caso seja aprovado no exame.
2 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
3 Quociente de inteligência: O QI é utilizado para dimensionar a inteligência humana em relação à faixa etária a que um sujeito pertence. Em 1905, os franceses Alfred Binet e Theodore Simon desenvolveram uma ferramenta para avaliar os potenciais cognitivos dos estudantes, tentando detectar entre eles aqueles que precisavam de um auxílio maior de seus mestres, criando a Escala de Binet-Simon. Outros estudiosos aperfeiçoaram esta metodologia. William Stern foi quem, em 1912, propôs o termo QI. O Quociente de Inteligência é a razão entre a Idade Mental e a Cronológica, multiplicada por 100 para se evitar a utilização dos decimais. Seguindo-se este indicador, é possível avaliar se um infante é precoce ou se apresenta algum retardamento no aprendizado. Os que apresentam o quociente em torno de 100 são considerados normais, os acima deste resultado revelam-se precoces e os que alcançam um valor mais inferior (cerca de 70) são classificados como retardados. Uma alta taxa de QI não indica que o indivíduo seja mentalmente são, ou mesmo feliz, e também não avalia outros potenciais e capacidades, tais como as artísticas e as de natureza espiritual. O QI mede bem os talentos linguísticos, os pensamentos lógicos, matemáticos e analíticos, a facilidade de abstração em construções teóricas, o desenvolvimento escolar, o saber acadêmico acumulado ao longo do tempo. Os grandes gênios do passado, avaliados dessa forma, apresentavam uma taxa de aproximadamente 180, o que caracteriza um superdotado.
4 QI: O QI é utilizado para dimensionar a inteligência humana em relação à faixa etária a que um sujeito pertence. Em 1905, os franceses Alfred Binet e Theodore Simon desenvolveram uma ferramenta para avaliar os potenciais cognitivos dos estudantes, tentando detectar entre eles aqueles que precisavam de um auxílio maior de seus mestres, criando a Escala de Binet-Simon. Outros estudiosos aperfeiçoaram esta metodologia. William Stern foi quem, em 1912, propôs o termo “QI“. O Quociente de Inteligência é a razão entre a Idade Mental e a Cronológica, multiplicada por 100 para se evitar a utilização dos decimais. Seguindo-se este indicador, é possível avaliar se um infante é precoce ou se apresenta algum retardamento no aprendizado. Os que apresentam o quociente em torno de 100 são considerados normais, os acima deste resultado revelam-se precoces e os que alcançam um valor mais inferior (cerca de 70) são classificados como retardados. Uma alta taxa de QI não indica que o indivíduo seja mentalmente são, ou mesmo feliz, e também não avalia outros potenciais e capacidades, tais como as artísticas e as de natureza espiritual. O QI mede bem os talentos linguísticos, os pensamentos lógicos, matemáticos e analíticos, a facilidade de abstração em construções teóricas, o desenvolvimento escolar, o saber acadêmico acumulado ao longo do tempo. Os grandes gênios do passado, avaliados dessa forma, apresentavam uma taxa de aproximadamente 180, o que caracteriza um superdotado.
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