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Artrose da coluna vertebral

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O que é artrose1 da coluna vertebral2?

As articulações3 são encontros de ossos encerrados no interior de bolsas fibrosas (cápsulas articulares4) e que têm as suas extremidades protegidas por cartilagens5, as quais permitem movimentos suaves nas três dimensões, bem como movimentos rotativos. Quando essas cartilagens5 se degeneram, os ossos sofrem atritos parciais ou totais entre si e experimentam excrecências ósseas (osteófitos6) e desgastes, que constituem a artrose1 (grego: arthros=junta, articulação7 + ose=doença).

A artrose1 da coluna vertebral2, que pode afetar toda a coluna ou somente uma parte dela (cervical, dorsal ou lombar), é a degeneração8 da cartilagem9 das articulações3 entre as vértebras, reduzindo a espessura dos acolchoados fibrosos que existem entre elas, chamados de “discos intervertebrais”.

Saiba mais sobre "Artrose1" e "Doenças degenerativas10".

Quais são as causas da artrose1 da coluna vertebral2?

O alargamento da estrutura óssea normal indica degeneração8 da coluna vertebral2. Os osteófitos6 na coluna vertebral2 são uma manifestação inevitável do envelhecimento. Outras causas de artrose1 na coluna vertebral2 são movimentos repetitivos, excesso de exercícios físicos, carregamento frequente de grandes pesos, traumatismos e predisposição genética.

Qual é o mecanismo fisiológico11 da artrose1 da coluna vertebral2?

O atrito promovido entre as facetas posteriores das vértebras leva à formação de osteófitos6 (pequenos crescimentos irregulares no osso) até mesmo ao redor da coluna vertebral2 e à dor mecanicamente induzida. O desgaste dos discos entre as vértebras pode gerar a instabilidade da coluna e os esporões nas vértebras (osteófitos6) formam-se em resposta a essa instabilidade, sendo uma tentativa de ajudar a devolver estabilidade ao conjunto.

Quais são as principais características clínicas da artrose1 da coluna vertebral2?

A artrose1 da coluna vertebral2 é dita primária quando a sua causa é desconhecida e secundária quando causada por outras doenças, deformidades, infecções12 ou uso excessivo das articulações3. A artrose1 na coluna vertebral2 é mais frequente nos idosos, mas pode ocorrer em qualquer idade. A artrose1 na coluna de um jovem dificilmente apresenta sintomas13 e geralmente a doença só é detectada mais tarde.

O envelhecimento da coluna vertebral2 é um processo natural. A partir dos 40 anos de idade começam os desgastes orgânicos e a formação de osteófitos6. Em si mesmos, os osteófitos6 não causam dor, mas podem causar irritação dos tecidos circunvizinhos ou compressão das raízes dos nervos que passam no aspaço entre as vértebras levando, dessa forma, a sintomas13 como dores, dormências e fraqueza muscular.

Na artrose1, as articulações3 vertebrais tornam-se inflamadas e progressivamente doloridas, com diminuição dos movimentos e da flexibilidade. A artrose1 da coluna vertebral2 é uma das causas mais comuns de dores nas costas14. Ela pode gerar também dores no pescoço15 ou no quadril. Outros sintomas13 da artrose1 da coluna vertebral2 são a sensação de formigamento ou dormência16 no pescoço15, nos braços ou pernas, conforme a localização das lesões17.

Leia sobre "Dores nas costas14".

Como o médico diagnostica a artrose1 da coluna vertebral2?

O diagnóstico18 de artrose1 na coluna vertebral2 deve partir dos sinais19 e sintomas13 e ser complementado por radiografia simples da coluna, ressonância magnética20 ou tomografia computadorizada21.

Como o médico trata a artrose1 da coluna vertebral2?

Sendo uma doença degenerativa22, a artrose1 da coluna não tem cura e geralmente piora com o envelhecimento. O tratamento da artrose1 pode ser feito com medicamentos, fisioterapia23, exercícios e/ou cirurgia. As cirurgias têm como objetivo a descompressão24 das raízes dos nervos e a estabilização da coluna. Um tratamento caseiro paliativo25 que pode ser feito é colocar uma bolsa de água morna no local da dor durante vinte minutos, duas vezes ao dia. Alguns cuidados adicionais devem fazer parte essencial do tratamento, como deixar de fumar, evitar pegar pesos e adotar posturas corretas.

Veja mais sobre "Fisioterapia23" e "Parar de fumar".

Como evolui a artrose1 da coluna vertebral2?

A artrose1 da coluna é uma condição mórbida progressiva que piora com o envelhecimento.

Como prevenir a artrose1 da coluna vertebral2?

  • Fazer exercícios de fortalecimento da musculatura e de postura ajuda a manter a cartilagem9 em bom funcionamento.
  • Fazer exercícios físicos como natação também colabora na prevenção, causando baixo impacto.
  • Fazer repouso depois de atividade que mobilize a articulação7 comprometida.
  • Adotar uma postura adequada ao sentar, ao pegar objetos no chão e ao caminhar, evitando posições que sobrecarreguem a coluna.
  • Evitar pegar pesos excessivos e atividades que causem impactos repetitivos.
  • Não usar sapatos com os calcanhares desgastados.
  • Evitar a obesidade26.
Leia também sobre "Benefícios do alongamento", "Atividade física", "Caminhada", "Pilates" e "Obesidade26".

Quais são as complicações possíveis da artrose1 da coluna vertebral2?

A artrose1 na coluna vertebral2 pode levar a dores importantes e até mesmo incapacitantes, pode determinar incapacidades na realização das tarefas do dia-a-dia e dificuldades para caminhar, quando não tratada corretamente por um médico especialista em coluna. Alguns casos podem necessitar de cirurgia para correção.

 

ABCMED, 2016. Artrose da coluna vertebral. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/ortopedia-e-saude/1276578/artrose-da-coluna-vertebral.htm>. Acesso em: 16 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Artrose: Também chamada de osteoartrose ou processo degenerativo articular, resulta de um processo anormal entre a destruição cartilaginosa e a reparação da mesma. Entende-se por cartilagem articular, um tipo especial de tecido que reveste a extremidade de dois ossos justapostos que possuem algum grau de movimentação entre eles, sua função básica é a de diminuir o atrito entre duas superfícies ósseas quando estas executam qualquer tipo de movimento, funcionando como mecanismo de absorção de choque. O estado de hidratação da cartilagem e a integridade da mesma, é fator preponderante para o não desenvolvimento da artrose.
2 Coluna vertebral:
3 Articulações:
4 Cápsulas articulares: São membranas conjuntivas que envolvem as articulações sinoviais, sendo constituídas por duas camadas, uma externa ou fibrosa e outra interna ou sinovial.
5 Cartilagens: Tecido resistente e flexível, de cor branca ou cinzenta, formado de grandes células inclusas em substância que apresenta tendência à calcificação e à ossificação.
6 Osteófitos: Desenvolvimentos patológicos de tecido ósseo em torno de uma articulação, cuja cartilagem está alterada pela artrose.
7 Articulação: 1. Ponto de contato, de junção de duas partes do corpo ou de dois ou mais ossos. 2. Ponto de conexão entre dois órgãos ou segmentos de um mesmo órgão ou estrutura, que geralmente dá flexibilidade e facilita a separação das partes. 3. Ato ou efeito de articular-se. 4. Conjunto dos movimentos dos órgãos fonadores (articuladores) para a produção dos sons da linguagem.
8 Degeneração: 1. Ato ou efeito de degenerar (-se). 2. Perda ou alteração (no ser vivo) das qualidades de sua espécie; abastardamento. 3. Mudança para um estado pior; decaimento, declínio. 4. No sentido figurado, é o estado de depravação. 5. Degenerescência.
9 Cartilagem: Tecido resistente e flexível, de cor branca ou cinzenta, formado de grandes células inclusas em substância que apresenta tendência à calcificação e à ossificação.
10 Degenerativas: Relativas a ou que provocam degeneração.
11 Fisiológico: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
12 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
13 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
14 Costas:
15 Pescoço:
16 Dormência: 1. Estado ou característica de quem ou do que dorme. 2. No sentido figurado, inércia com relação a se fazer alguma coisa, a se tomar uma atitude, etc., resultando numa abulia ou falta de ação; entorpecimento, estagnação, marasmo. 3. Situação de total repouso; quietação. 4. No sentido figurado, insensibilidade espiritual de um ser diante do mundo. Sensação desagradável caracterizada por perda da sensibilidade e sensação de formigamento, e que geralmente ocorre nas extremidades dos membros. 5. Em biologia, é um período longo de inatividade, com metabolismo reduzido ou suspenso, geralmente associado a condições ambientais desfavoráveis; estivação.
17 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
18 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
19 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
20 Ressonância magnética: Exame que fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético.
21 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
22 Degenerativa: Relativa a ou que provoca degeneração.
23 Fisioterapia: Especialidade paramédica que emprega agentes físicos (água doce ou salgada, sol, calor, eletricidade, etc.), massagens e exercícios no tratamento de doenças.
24 Descompressão: Ato ou efeito de descomprimir, de aliviar o que está sob efeito de pressão ou de compressão.
25 Paliativo: 1. Que ou o que tem a qualidade de acalmar, de abrandar temporariamente um mal (diz-se de medicamento ou tratamento); anódino. 2. Que serve para atenuar um mal ou protelar uma crise (diz-se de meio, iniciativa etc.).
26 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
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