Má digestão ou indigestão? Você está com dispepsia!
O que é dispepsia1?
Dispepsia1 (do grego: dys = ruptura ou dificuldade + pepse = digestão2) é um problema digestivo comum. O termo designa a dificuldade de digestão2, popularmente conhecida como “má digestão” ou "indigestão".
Quais são as causas da dispepsia1?
Frequentemente a dispepsia1 é causada pela doença do refluxo gastroesofágico3 ou por gastrite4, embora em uma minoria de casos possa ser o primeiro sintoma5 de úlcera6 no estômago7 ou no duodeno8 e, ocasionalmente, de um câncer9. Por isso, em uma dispepsia1 persistente e ainda não explicada, em pessoas acima de 55 anos, aconselha-se investigações mais aprofundadas.
Ela pode também ser causada por infecção10 bacteriana ou viral, mau funcionamento da vesícula biliar11, doença hepática12 ou, ocasionalmente, por alguns medicamentos. Muitas vezes, não se encontra nenhuma causa orgânica para o problema, caso em que a dispepsia1 é classificada como funcional, relacionada à motilidade anormal do trato gastrointestinal superior13, recebendo o nome de dismotilidade.
Qual é a fisiopatologia14 da dispepsia1?
A fisiopatologia14 da dispepsia1 ainda não está definitivamente estabelecida, mas sugere que os seguintes fatores estejam envolvidos: hipersensibilidade gástrica, Helicobacter pylori, neuropatia15 vagal, dismotilidade gástrica, disritmias gástricas e fatores psicossociais. Ou seja, distúrbios orgânicos ou funcionais do aparato digestivo. A dispepsia1 pode ser causada por um problema orgânico, quando existe alguma alteração morfológica caracterizada, ou pode ser apenas funcional, na ausência de lesões16 estruturais.
Quais são as principais características clínicas da dispepsia1?
A dispepsia1 pode ser acompanhada por sintomas17 tais como náuseas18, vômitos19, azia20, inchaço21 e desconforto no estômago7. Pode haver também dor crônica ou recorrente no abdome22 superior, plenitude abdominal e sensação precoce de saciedade durante a alimentação, acompanhadas de distensão abdominal, eructação23, epigastralgia24 e desconforto abdominal. Algumas dispepsias são transitórias e rápidas, mas outras podem ser permanentes ou recorrentes.
Como o médico diagnostica a dispepsia1?
Em princípio, o diagnóstico25 deve basear-se nos sintomas17 e em exames de laboratório. Para excluir causas orgânicas é necessária a realização de exames de imagem, como endoscopia26 digestiva alta, radiografias contrastadas, ultrassonografia27 abdominal e ressonância magnética28. Exames de sangue29 (hemograma e outros) e exame protoparasitológico podem ser indicados. Outra pesquisa comum se refere à presença ou não da bactéria30 Helicobacter pylori.
Como o médico trata a dispepsia1?
As terapias tradicionais das dispepsias incluem a modificação do estilo de vida, antiácidos31, antagonistas dos receptores de H2, agentes pró-cinéticos e antiflatulentos, mas estes agentes tradicionais têm demonstrado pouca eficácia. Os antiácidos31 podem ter efeito apenas momentâneo. Os agentes pró-cinéticos, que procuram tornar mais rápido o esvaziamento gástrico, são considerados importantes recursos terapêuticos na dispepsia1 funcional. Como em geral ela inclui a azia20, os inibidores da bomba de prótons (omeprazol e similares) costumam ser eficazes no tratamento. Se a dispepsia1 tem como causa uma doença definida, ela deve ser tratada pelos meios próprios.
Como prevenir a dispepsia1?
O controle de alguns maus hábitos alimentares como, por exemplo, mastigar com a boca32 aberta, engolir rapidamente os alimentos ou falar ao mastigar pode aliviar a dispepsia1. Ao inverso, o fumo, a cafeína, o álcool e as bebidas gasosas podem contribuir para um maior desconforto gástrico. Deve-se evitar também alimentos para os quais haja alguma hipersensibilidade ou alergia33. Da mesma forma, deve-se tentar reduzir o estresse e a agitação emocional.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.