Colecistite: o que é? Quais as causas? E os sintomas? Como são o diagnóstico e o tratamento? Como evitar? Quais são as complicações possíveis?
O que é colecistite1?
Colecistite1 é a inflamação2 aguda ou crônica da vesícula biliar3. A vesícula biliar3 é uma pequena bolsa situada na face4 visceral do fígado5 que recolhe a bile6 produzida no fígado5 para vertê-la no duodeno7. A colecistite1 aguda é sempre uma emergência8 médica que, se não tratada a tempo e adequadamente, pode levar à morte.
Quais são as causas da colecistite1?
Cerca de 80% das colecistites agudas são devidas a obstruções dos canais biliares9 que acontecem na maioria das vezes por causa de cálculos biliares, constituídos por colesterol10 ou bilirrubina11, mas que também podem se dever a tumores ou anomalias congênitas12 dos ductos biliares13. A estase14 de bile6 que assim se verifica permite a multiplicação de bactérias, as quais levam à inflamação2. A colecistite1 sem obstruções dos canais vesiculares pode aparecer por diversos fatores: após um período prolongado de jejum absoluto; depois de queimaduras ou traumatismos graves; bacteremia15; após o parto e em pacientes imunodeprimidos pelo vírus16 HIV17. As pessoas em maior risco são mulheres em período fértil, indivíduos obesos e com idade entre quarenta e cinquenta anos. Uma dieta rica em gorduras também é um fator de risco18, assim como as perdas ou ganhos rápidos de peso. A diabetes mellitus19 é outra condição de risco.
Qual é a fisiopatologia20 da colecistite1?
A vesícula21 fica distendida e avermelhada com um exsudato22 seroso. O seu lúmen23 por vezes contém pus24 ou gases. Microscopicamente falando, há aumento de espessura da parede da vesícula biliar3, edema25, congestão vascular26 e infiltrado inflamatório de neutrófilos27.
Quais são os principais sinais28 e sintomas29 da colecistite1?
Nem todos os sintomas29 possíveis acontecem em todos os pacientes. Em crianças pequenas ou em pessoas idosas a colecistite1 pode ser quase assintomática. Os sintomas29 mais comuns e típicos da colecistite1 aguda são: dor no quadrante superior direito do abdômen, febre30 geralmente baixa, anorexia31, náuseas32, vômitos33 e icterícia34 que pode ou não surgir. A colecistite1 crônica se deve a repetidas inflamações35 menores da vesícula biliar3 ou a vários ataques autolimitados de colecistite1 aguda. Seus sintomas29 são os mesmos que os da colecistite1 aguda, porém de menor intensidade e mais persistente. Esses sintomas29 parecem se intensificar com alimentos gordurosos.
Como o médico diagnostica a colecistite1?
Os sintomas29 são por demais típicos para oferecerem uma suspeita bem fundamentada da doença. As análises de sangue36 mostrarão uma leucocitose37 acentuada. A confirmação é feita com a ajuda da ecografia38, que sinalizará, entre outras coisas, um espessamento significativo da parede do órgão e, se possível, localizando o cálculo39 responsável pelos sintomas29. Um diagnóstico40 diferencial da colecistite1 deve ser feito, entre outras possibilidades, com a pancreatite41 e a colelitíase42 sem infecção43, devido à expulsão de pequenos cálculos.
Como o médico trata a colecistite1?
O tratamento mais indicado é a remoção cirúrgica da vesícula biliar3, que pode ser realizada tanto pela via tradicional aberta como por videolaparoscopia. Os antibióticos podem ser administrados mesmo antes da cirurgia se houver necessidade. A retirada da vesícula21 não implica em grandes alterações no funcionamento do intestino ou de outros órgãos do indivíduo.
Como prevenir a colecistite1?
O colesterol10 é um fator importante na formação de cálculos biliares e assim da colecistite1. Uma alimentação com menor consumo de colesterol10 e rica em fibras pode auxiliar na prevenção da colecistite1.
Como evoluem as colecistites?
Em pessoas saudáveis, a mortalidade44 é de menos de 1% do total de casos. Incluindo os diabéticos e idosos, ela é de menos de 5%.
A retirada da vesícula biliar3 não ocasiona alterações significativas, em longo prazo, para o paciente.
Quais são as complicações possíveis da colecistite1?
A colecistite1 aguda não tratada prontamente pode complicar-se com peritonite45, formação de fístula46 para o intestino, septicemia47 e formação de abscessos48, devido à necrose49 provocada pelas bactérias, com produção de gás, que rompe a parede da vesícula21. Estes quadros podem ser graves.
A colecistite1 pode levar a um quadro de pancreatite41 aguda, porque a bile6 normalmente armazenada na vesícula21 pode refluir se um cálculo39 na parte terminal dos ductos excretores50 impedir a sua passagem, ativando as enzimas pancreáticas digestivas, degradando o pâncreas51 e causando pancreatite41.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da da Mayo Clinic, American Gastroenterological Association e American College of Gastroenterology.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.