Disfunção da articulação temporomandibular ou disfunção da ATM
O que é disfunção da articulação temporomandibular1?
A articulação temporomandibular1 (ATM) liga o maxilar ao crânio2. A disfunção da articulação temporomandibular1 acontece quando essa articulação3 não está funcionando adequadamente. Ela é responsável por mover a mandíbula4 para frente, para trás e para os lados e tem importante papel na mastigação. Todo problema que altere o adequado funcionamento deste complexo sistema é chamado de disfunção da articulação temporomandibular1.
A má oclusão dentária aumenta os riscos para desenvolver o problema, ao induzir microtraumas, desenvolvendo assim lesões5 degenerativas6 na articulação3. Esta disfunção ocorre mais frequentemente em mulheres que em homens (9:1) e, embora possa acontecer em qualquer idade, é mais comum na faixa etária entre os 30 e 40 anos.
Quais são as causas da disfunção da articulação temporomandibular1?
A causa exata da disfunção da articulação temporomandibular1 é impossível de ser identificada, mas ela parece estar relacionada a certos hábitos comuns, como ranger os dentes, morder objetos, roer unhas7, mascar chicletes, má postura da cabeça8, prender o telefone com o queixo, e também se relaciona ao estresse, depressão e ansiedade. Algumas disfunções parecem ser constitucionais.
Quais são os principais sinais9 e sintomas10 da disfunção da articulação temporomandibular1?
As disfunções da articulação temporomandibular1 apresentam variados sinais9 e sintomas10, todos eles são comuns a outros problemas. Geralmente, a disfunção da articulação temporomandibular1 dá a sensação ao indivíduo acometido de que sua mandíbula4 está saltando para fora, fazendo um estalo e até travando por um instante. Alguns dos sintomas10 mais frequentes são comuns também a outras condições mórbidas, como dores de cabeça8 (frequentemente parecidas com enxaquecas11), dores no pescoço12 ou nas costas13, dores de ouvido, dor e pressão atrás dos olhos14, perturbações visuais, vertigens15 e zumbidos, sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca16, dor ao bocejar, abrir a boca16 ou mastigar, flacidez dos músculos17 da mandíbula4 e uma brusca mudança no modo como os dentes superiores e inferiores se encaixam.
Como o médico/dentista diagnostica da disfunção da articulação temporomandibular1?
Muitas vezes os sintomas10 não fazem pensar a princípio em disfunção da articulação temporomandibular1 e induzem a diagnósticos muito distantes do problema. Os exames feitos inicialmente nem sempre conduzem a um correto esclarecimento das causas dos sintomas10. Quase sempre os pacientes se submetem a vários exames desnecessários, como eletroencefalografia18, tomografia computadorizada19 ou ressonância magnética20 em busca de outros problemas, antes de chegar a um diagnóstico21 preciso. O exame físico deve constar de testes da amplitude dos movimentos mandibulares, ausculta22 dos ruídos articulares, exame da oclusão dos dentes, palpação23 da articulação3, etc. As radiografias convencionais, a tomografia computadorizada19 ou a ressonância magnética20 podem ser usadas, mas dirigidas para a articulação temporomandibular1. Outras técnicas diagnósticas mais sofisticadas e de utilização do especialista têm sido desenvolvidas na intenção de refinar a avaliação do problema (eletromiografia24 de superfície, sonografia, termografia e cinesiografia).
Como o médico/dentista trata a disfunção da articulação temporomandibular1?
Não existe cura para a disfunção da articulação temporomandibular1, mas existem diversos procedimentos que podem diminuir o desconforto dos sintomas10. O cirurgião dentista especializado é o profissional a quem cabe o correto controle da disfunção da articulação temporomandibular1. Entre os recursos de que pode se valer e aconselhar estão:
- Aplicação de calor úmido.
- Utilização de relaxantes musculares, analgésicos25 e anti-inflamatórios.
- Uso de uma placa26 de mordida, conhecida como férula. Ela é um aparelho feito sob medida que se encaixa nos dentes superiores e os impede de ranger contra os inferiores.
- Treinamento de técnicas de relaxamento que ajudam a controlar a tensão muscular e tentam evitar o estresse.
- Dar preferência a alimentos macios na dieta.
Se essas providências não surtirem efeito e a disfunção da articulação temporomandibular1 for muito incômoda, uma cirurgia poderá ser recomendada.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.