Hidronefrose: definição, causas, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento, evolução, prevenção e complicações
O que é hidronefrose1?
Normalmente, a urina2 flui dos rins3 para as vias urinárias em gradientes muito baixos de pressão. Se este fluxo for obstruído, acontece uma dilatação do rim4 pela urina2, em decorrência da pressão de retorno do fluxo urinário sobre o rim4, danificando os seus delicados tecidos e interrompendo o seu funcionamento. Chama-se hidronefrose1 à distensão que se verifica no rim4 assim afetado.
Quais são as causas da hidronefrose1?
A causa mais comum da hidronefrose1 é uma obstrução do ureter5 em sua junção com a pelve renal6. Em geral essa obstrução pode acontecer em razão de anomalias estruturais, ptose7 renal8 (deslocamento do rim4 para baixo), cálculos renais, compressão do ureter5 por órgãos adjacentes, etc. A hidronefrose1 também pode ser produzida por um refluxo da urina2 desde a bexiga9, por diversos tipos de obstruções como cálculos, tumores, infecções10, radioterapia11, cirurgia, etc. A hidronefrose1 frequentemente ocorre durante a gravidez12 porque o útero13 aumentado passa a comprimir os ureteres14.

Quais são os principais sinais15 e sintomas16 da hidronefrose1?
Além dos sintomas16 da hidronefrose1 em si, deve-se ter em conta os sintomas16 provocados pelas suas causas. Estes dependem da natureza das causas, bem como da sua localização e duração. A hidronefrose1 que se instala agudamente produz uma cólica renal8 forte e intermitente17 no lado afetado. Se for crônica, a hidronefrose1 pode ser assintomática e só se manifestar pelas lesões18 renais tardias ou então haver apenas ataques de dor surda. Se o rim4 estiver muito grande, o médico pode palpar uma massa no flanco19 do paciente. Certa porcentagem de pacientes (mais ou menos 10%) tem sangue20 na urina2. As infecções10 produzem febre21, calafrios22, pus23 na urina2 (geralmente só visto ao microscópico24) e incômodo na zona da bexiga9 ou do rim4. A obstrução da urina2 favorece a formação de cálculos. A hidronefrose1 pode causar sintomas16 intestinais leves, como náuseas25, vômitos26 e dores abdominais.
Como o médico diagnostica a hidronefrose1?
Tanto é importante diagnosticar a existência da hidronefrose1 quanto determinar as suas causas. Isso pode demandar uma grande variedade de exames. As análises de sangue20 podem dar uma ideia do estado funcional dos rins3. A ecografia27 (ultrassonografia28) proporciona imagens dos rins3, ureteres14 e bexiga9. A urografia29 excretora, outro exame que pode ser solicitado, consta de radiografias do sistema urinário30 feitas depois de uma injeção31 venosa de uma substância radiopaca, que permite visualizar a árvore urinária. Através de uma urografia29 retrógrada, a substância radiopaca é introduzida nas vias urinárias através da uretra32 e permite uma boa visualização da bexiga9 e da uretra32. Estes exames, além de mostrarem possíveis lesões18 localizadas, oferecem informações acerca do fluxo urinário. A cistoscopia33 é um exame em que um tubo delgado contendo um dispositivo de fibra óptica em sua extremidade é introduzido no interior da uretra32, produzindo imagens diretas do interior da bexiga9, que são captadas em um monitor de televisão.
Como o médico trata a hidronefrose1?
A solução da hidronefrose1 tanto envolve o tratamento do acúmulo de urina2 quanto de suas causas e por isso exige recursos variados. A urina2 acumulada deve ser drenada o mais depressa possível se a função renal8 diminuiu, a infecção34 persiste ou a dor se torna muito forte. Na hidronefrose1 crônica é importante corrigir a causa da obstrução urinária. Uma cirurgia pode ser necessária para corrigir anormalidades dos ureteres14. O tratamento pode incluir medicamentos ou dilatação da uretra32 por meio de dilatadores mecânicos. Podem ser necessários outros tratamentos, como a litotripsia (fragmentação dos cálculos renais por meio de ondas sonoras) para os cálculos que estejam obstruindo a passagem da urina2.
Como evolui a hidronefrose1?
A hidronefrose1 pode evoluir com muita dor de forma intermitente17, devido a um acúmulo de urina2 na pelve renal6, exigindo uma solução de urgência35.
A hidronefrose1 leve e de pouca duração é reversível, embora os ductos urinários possam permanecer dilatados. As mais sérias, se não forem tratadas, acabam por lesar os rins3 e podem terminar em insuficiência renal36.
O prognóstico37 da hidronefrose1 crônica é menos otimista do que o da hidronefrose1 aguda.
Como prevenir a hidronefrose1?
A prevenção da hidronefrose1 consiste em tratar e remover as doenças que podem causá-la.
Quais são as complicações possíveis da hidronefrose1?
A hidronefrose1 já é uma complicação de outras doenças, mas sua evolução pode terminar em insuficiência renal36.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Mayo Clinic, National Kidney Foundation e National Health Service (NHS) do Reino Unido.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.