Conhecendo a malária
O que é a malária?
A malária, também chamada paludismo, maleita ou sezão, é uma doença infecciosa, aguda ou crônica, própria de países tropicais. Ela é causada por um protozoário1 do gênero Plasmodium. Ataca cerca de três milhões de pessoas por ano, principalmente na África. É uma das causas mais frequentes de morte em crianças nos países africanos e muitas crianças que sobrevivem sofrem danos cerebrais severos. A devastação que causa na África só é comparável à AIDS.
No Brasil, a malária é mais frequente na região amazônica, onde é transmitida pelo Plasmodium vivax ou pelo Plasmodium falciparum.
Quais são as causas da malária?
A malária é transmitida pela picada de fêmeas dos mosquitos do gênero Anofeles. Dentro desse gênero existem mais de cem espécies, mas apenas algumas transmitem a doença, são elas Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale. Esses mosquitos picam as pessoas principalmente do pôr-do-sol ao amanhecer. Depois da picada de espécies infestadas, as pessoas passam por um período de incubação2 de 7 a 28 dias (ou às vezes ainda maior), dependendo do tipo de malária.
A malária também pode ser transmitida por transfusão3 de sangue4 contaminado, seringas infectadas e por mães grávidas doentes a seus fetos.
Quais são os sinais5 e sintomas6 da malária?
Os principais sintomas6 da malária são:
- Febre7 alta intermitente8.
- Sudorese9.
- Calafrios10 que se alternam com ondas de calor.
- Palidez.
- Cansaço.
- Falta de apetite.
- Dores na cabeça11 e em outras regiões do corpo.
- Pele12 amarelada.
Os sintomas6 se manifestam a cada 48 horas se a infecção13 tiver sido causada pelo Plasmodium falciparum ou pelo Plasmodium vivax (febre7 terçã); e a cada 72 horas, se a infecção13 foi causada pelo Plasmodium malariae (febre7 quartã). Essa primeira espécie pode, ainda, afetar vários órgãos e sistemas do corpo, como o sistema nervoso14 e o aparelho respiratório15, gerando os sintomas6 correspondentes.
Como o médico diagnostica a malária?
O diagnóstico16 começa pela história clínica do paciente, levando em conta, sobretudo, os seus sintomas6 e se o enfermo reside ou viajou para regiões endêmicas. Uma pequena amostra de sangue4 retirada da ponta do dedo do paciente e examinada ao microscópio pode confirmar a presença ou não do parasita17.
Como o médico trata a malária?
Uma vez estabelecido o diagnóstico16, o tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível e feito com fármacos orais. Os medicamentos usados para tratar o Plasmodium vivax em geral não apresentam efeitos colaterais18 importantes, o que não acontece com os usados para as demais espécies. Se ocorrerem complicações tais como anemia19, icterícia20, mau funcionamento dos órgãos vitais ou outras, elas devem ser tratadas com os meios próprios, além dos riscos maiores a que um indivíduo acometido pelo Plasmodium falciparum pode estar sujeito.
Como prevenir a malária?
- Em zonas endêmicas, usar repelentes a base de dietilmetaloamida (DEET) contra o mosquito, roupas claras, camisas de mangas compridas e mosquiteiros impregnados com piretroides.
- Evitar expor-se a águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer.
- Fazer drenagens de modo a eliminar os criadouros dos mosquitos.
- Usar telas protetoras nas janelas e nas portas.
- Procurar um serviço especializado, em caso de viagem para regiões endêmicas, para avaliar o uso de medicamentos profiláticos.
Como evolui a malária?
A malária é uma doença autolimitada, mas suas complicações podem levar à morte. Ela pode ser tratada com sucesso com as medicações existentes atualmente, mas existe a possibilidade de levar a complicações hepáticas21, respiratórias, cardiovasculares, cerebrais e gástricas.
Vacinas contra esta doença já estão em fase de teste.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.