Hantavirose - causas, sinais, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção
O que é hantavirose1?
Hantavírus é um grupo de vírus2 pertencentes à família Bunyaviridae, que são vírus2 esféricos, envelopados e medem cerca de 80 a 120 nm (nanômetros ou milimicrons). Algumas cepas3 de hantavírus causam doenças (hantaviroses), potencialmente fatais em seres humanos.
A doença é assim chamada em virtude de que um primeiro surto foi observado na área do rio Hantan, na Coreia do Sul. O vírus2 foi isolado no final da década de 1970 por Karl M. Johnson e Ho-Wang Lee e a doença foi finalmente descrita em 1993.
Quais são as causas da hantavirose1?
O hantavírus contamina os humanos a partir de roedores, particularmente camundongos. O vírus2 é encontrado na urina4 e nas fezes do animal, mas não o faz adoecer. Acredita-se que os seres humanos adoeçam com este vírus2 após ingerirem algum alimento ou bebida que tenham entrado em contato com a urina4 dos roedores ou tenham respirado poeiras contaminadas com fezes de camundongos.
O hantavírus parece não se espalhar de humano para humano. Locais fechados, a poeira gerada ao lavrar a terra, limpar casas antigas, paióis em silos subterrâneos para armazenar o milho ou porões em áreas rurais são ambientes de risco para a transmissão desta patologia5. A doença é contraída pela inalação de partículas do ar formadas a partir da urina4, fezes e saliva de roedores silvestres infectados.
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Quais são as principais características clínicas da hantavirose1?
A hantavirose1 pode manifestar-se como uma doença febril, aguda e inespecífica ou sob formas mais graves como a febre6 hemorrágica7, com síndrome8 renal9 ou síndrome8 cardiopulmonar por hantavirose1. As infecções10 predominam em áreas rurais, no sexo masculino e na faixa etária de 20 a 39 anos.
Geralmente, a doença simples não é suspeitada, já que os sintomas11 iniciais são comuns a outras doenças: febre6, tosse, letargia12, dor no corpo e dor de cabeça13. Após 3 a 6 dias desses sintomas11, a doença pode passar para formas mais graves, como a febre6 hemorrágica7 com síndrome8 renal9 ou a síndrome8 pulmonar.
A febre6 hemorrágica7 com síndrome8 renal9 tem um período de incubação14 de 7 a 42 dias. De início, há a presença de febre6 alta, calafrios15, dor de cabeça13, fotofobia16, mialgias17, dor abdominal, náuseas18 e vômitos19, hiperemia20 cutânea21 difusa e petéquias22 no palato23 mole e axilas. A partir desta fase, é comum começar uma recuperação lenta, mas alguns pacientes podem evoluir com hipotensão arterial24 e choque25.
A síndrome8 pulmonar tem um período de incubação14 estimado em 0 a 33 dias, sendo caracterizada por grave comprometimento cardiovascular e respiratório. Antes do aparecimento do edema pulmonar26, são observados alguns sinais27 clínicos, como febre6, mialgia28, náuseas18, diarreia29, dor de cabeça13, vômitos19, dor abdominal, dor torácica, sudorese30, vertigem31, tosse e dispneia32.
Na fase cardiorrespiratória, há uma progressiva infiltração de líquido e proteínas33 no interstício34 e alvéolos pulmonares35, levando à taquipneia36, hipoxemia37 e taquicardia38. É comum hipotensão39 nesta fase da doença, podendo evoluir para choque25, acompanhado de grave depressão miocárdica.
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Como o médico diagnostica a hantavirose1?
Basicamente, o diagnóstico41 de hantavirose1 é feito através da suspeita clínica e epidemiológica. A certeza diagnóstica pode ser obtida por meio de exames laboratoriais, como a imunofluorescência e E.L.I.S.A. A confirmação virológica pode também ser feita através da imunohistoquímica42.
Como o médico trata a hantavirose1?
Não existe qualquer tratamento antiviral específico conhecido, mas a recuperação é possível com o tratamento de suporte. Os pacientes com suspeita de hantavirose1 são admitidos num hospital, onde recebem oxigênio e ventilação43 mecânica. Se o indivíduo infectado for diagnosticado precocemente e passar logo a receber os cuidados médicos adequados, os resultados serão melhores. Outra opção de tratamento é estimular a resposta imunológica do paciente. A administração de um anticorpo44 neutralizante do vírus2 pode efetivamente promover uma melhora.
Como evolui a hantavirose1?
A evolução clínica compreende as fases (1) febril, (2) hipotensiva, (3) oligúrica, (4) diurética e (5) de convalescença. Após a doença, o paciente deve ser monitorado pelo médico para avaliação de eventuais sequelas45, como hipertensão arterial40 e insuficiência renal46 crônica, dentre outras. A taxa média de letalidade é de 46,5%; muito alta, portanto.
Como prevenir a hantavirose1?
A melhor prevenção contra a hantavirose1 é eliminar ou minimizar o contato com roedores. Práticas de higiene também ajudam a evitar a doença. Algumas providências práticas podem ajudar a combater a situação, como roçar o terreno em volta de casa, dar destino adequado aos entulhos, manter alimentos estocados em recipientes bem fechados, etc.
Leia sobre "Insuficiência renal46 crônica" e "Hipertensão arterial40".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.