Síndrome de Shy-Drager
O que é a síndrome1 de Shy-Drager?
A síndrome1 de Shy-Drager, também conhecida como hipotensão2 ortostática neurológica, é uma doença rara, caracterizada por uma atrofia3 progressiva de múltiplos sistemas orgânicos e por danos crescentes ao sistema nervoso autônomo4, que controla as funções involuntárias, inclusive a pressão arterial5.
Ela causa hipotensão2, tremores musculares, rigidez, movimentos lentos e outras perdas neurológicas generalizadas. A síndrome1 de Shy-Drager é uma condição degenerativa6 rara, similar ao mal de Parkinson, porém com danos neurológicos mais generalizados. Esta síndrome1 pode ser de três tipos:
- Tipo parkinsoniano: composto por manifestações clínicas semelhantes à doença de Parkinson7, tais como movimentos lentos, rigidez muscular e tremor.
- Tipo cerebelar: que leva a problemas de coordenação e de fala.
- Tipo combinado: que engloba sintomas8 dos dois outros tipos e que é a forma mais grave.
A síndrome1 de Shy-Drager foi identificada em 1960 pelos investigadores Milton Shy e Glenn Drager, que lhe deram o nome.
Saiba mais sobre "Hipotensão2 ortostática", "Hipotensão arterial9" e "Mal de Parkinson".
Quais são as causas da síndrome1 de Shy-Drager?
Ainda não se conhece quais são as causas desta doença, mas sabe-se que ela se desenvolve de forma gradual e que surge com mais frequência nos homens com idade superior a 60 anos.
Quais são as principais caraterísticas clínicas da síndrome1 de Shy-Drager?
A doença é muito semelhante à doença de Parkinson7, embora os danos neurológicos sejam mais generalizados e mais graves. De início, os pacientes com a síndrome1 de Shy-Drager podem apresentar apenas incontinência urinária10, constipação11 intestinal e, nos homens, impotência12 sexual.
Posteriormente, surgem outros sintomas8, tais como diminuição da quantidade de suor, lágrimas e saliva, dificuldade para enxergar, dificuldade para urinar e prisão de ventre. Além destes sintomas8, o paciente poderá apresentar sintomas8 do mal de Parkinson, como incoordenação motora e perturbações de movimento, tontura13, tremores em diferentes graus, rigidez muscular, dificuldade para alimentar-se e prejuízo da fala.
Leia sobre "Incontinência urinária10", "Constipação11 intestinal" e "Impotência12 sexual".
Como o médico diagnostica a síndrome1 de Shy-Drager?
Não existem exames específicos para confirmar o diagnóstico14 da doença, porém o médico pode fazer o diagnóstico14 com base na história dos sintomas8, nos resultados do exame físico e excluindo outras causas dos sintomas8.
Alguns exames, embora não sejam específicos, podem dar uma ajuda na confirmação do diagnóstico14. Assim, o exame oftalmológico revela atrofia3 da íris15 e paralisia16 dos músculos17 do olho18, há hipotensão2 sempre que o doente muda de posição, o exame neuromuscular revelará reflexos anormais e atrofia3 muscular grave, os níveis de norepinefrina no plasma19 estão substancialmente baixos, na urina20 existem catecolaminas derivadas da quebra da norepinefrina e por vezes o traçado do eletrocardiograma21 revela alterações.
Como o médico trata a síndrome1 de Shy-Drager?
Não há como livrar o indivíduo desse transtorno. O tratamento que se pode fazer visa apenas controlar os sintomas8 parkinsonianos e a hipotensão2 ortostática, porém os mesmos podem levar à hipertensão arterial22 quando o paciente encontra-se deitado. Para minorar a hipotensão2, recomenda-se a interrupção do uso de medicamentos que, como os diuréticos23, abaixam a tensão arterial, além do aumento do consumo de sal, para ajudar a elevar a pressão arterial5, e a manutenção da cabeceira da cama mais elevada ou também dormir na posição sentada ou semi-deitada para diminuir o risco de tonturas24 ao se levantar.
Quando o paciente apresenta dificuldades para deglutir25 e respirar, um tubo de alimentação ou de respiração deve ser utilizado. Contudo, como é evidente, os tratamentos aplicados não impedem a progressão da doença.
Como evolui a síndrome1 de Shy-Drager?
O prognóstico26 é reservado. Os pacientes costumam morrer dentro de 7 a 10 anos após o início dos sintomas8. Contudo, a literatura médica pertinente registra casos excepcionais com sobrevivência27 de 15 a 20 anos. Os problemas respiratórios são a principal causa de morte.
Veja mais sobre "Hipertensão arterial22", "Tontura13" e "Pressão arterial5".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.