Desconforto na região pélvica e vontade urinar toda hora pode ser cistite intersticial
O que é cistite1 intersticial2?
A cistite1 intersticial2, também conhecida como síndrome3 da bexiga4 dolorosa, é uma complexa condição crônica caracterizada pela irritação ou inflamação5 da parede da bexiga4, que causa pressão e dor na bexiga4 ou na região pélvica6 variando de leve a grave.
Quais são as causas da cistite1 intersticial2?
As causas exatas da cistite1 intersticial2 ainda não são conhecidas, mas é provável que múltiplos fatores contribuam para o seu desencadeamento. Por exemplo, as pessoas podem ter um defeito no epitélio7 (revestimento protetor interno) da bexiga4 e um vazamento através dele pode permitir que substâncias tóxicas na urina8 irritem a parede da bexiga4.
Outros fatores possíveis, mas não comprovados, incluem uma reação autoimune9, herança genética, infecção10 ou alergia11. Também conhece-se alguns fatores de risco: ter pele12 clara e cabelos ruivos, ter 30 anos de idade ou mais e ter outros distúrbios de dor crônica, como síndrome3 do intestino irritável ou fibromialgia13.
Saiba mais sobre "Infecção10 urinária", "Distúrbios urinários", "Síndrome3 do intestino irritável" e "Fibromialgia13".
Quais são as principais características clínicas da cistite1 intersticial2?
A cistite1 intersticial2 afeta mais as mulheres que os homens e pode ter um impacto duradouro na qualidade de vida. Os sinais14 normais de necessidade de urinar se misturam com os sintomas15 da cistite1 intersticial2 e a pessoa sente vontade de urinar com mais frequência e com menores volumes de urina8 do que a maioria das pessoas.
Os sinais14 e sintomas15 mais comuns da cistite1 intersticial2 incluem dor na pelve16, aguda ou crônica; necessidade persistente e urgente de urinar; micção17 frequente em pequenas quantidades; dor ou desconforto enquanto a bexiga4 enche e alívio após urinar; dor durante a relação sexual. A gravidade desses sintomas15 é diferente para cada pessoa e numa mesma pessoa ao longo do tempo. Alguns portadores podem mesmo apresentar períodos sem sintomas15.
Embora os sinais14 e sintomas15 da cistite1 intersticial2 possam se assemelhar aos de uma infecção10 urinária, geralmente não há infecção10. Nos homens, sintomas15 parecidos com a cistite1 intersticial2 são encontrados nas prostatites (inflamação5 da próstata18).
Apesar de trazer grande incômodo e interferir negativamente na qualidade de vida, a cistite1 intersticial2 não está relacionada a consequência graves à saúde19.
Como o médico diagnostica a cistite1 intersticial2?
O diagnóstico20 da cistite1 intersticial2 deve partir dos sintomas15 e da história médica. A pessoa pode também fazer um diário do funcionamento da sua bexiga4, registrando o volume de líquidos que bebe e o volume de urina8 que elimina. Uma amostra de urina8 pode ser analisada para detectar sinais14 de infecção10 do trato urinário21.
Uma cistoscopia22, feita através da uretra23, mostra o revestimento da bexiga4. Por ela, o médico também pode injetar líquido na bexiga4 para medir sua capacidade. Durante a cistoscopia22 sob anestesia24, o médico pode remover uma amostra de tecido25 da bexiga4 e da uretra23 para biópsia26. A coleta de uma amostra de urina8 possibilita uma citologia urinária, a qual permite ao médico descartar o câncer27.
Leia sobre "Prostatite28", "Cistoscopia22", "Biópsia26" e "Câncer27 de bexiga4".
Como o médico trata a cistite1 intersticial2?
Embora não haja uma cura específica para a cistite1 intersticial2, medicamentos e outras terapias podem oferecer alívio. Nenhum tratamento simples elimina os sinais14 e sintomas15 da cistite1 intersticial2 e nenhum tratamento funciona igualmente para todas as pessoas.
A fisioterapia29 pode aliviar o efeito de anormalidades musculares no assoalho pélvico30 e a dor associada. Medicamentos orais, como os anti-inflamatórios, antidepressivos tricíclicos e anti-histamínicos podem reduzir a urgência31 e a frequência urinária e aliviar outros sintomas15. Técnicas mais complicadas de estimulação nervosa ou dilatação da bexiga4 também podem ser usadas por especialistas.
Em casos especialmente graves pode ser necessário recorrer à cirurgia para aumentar a capacidade da bexiga4, mas isso raramente acontece.
Como evolui a cistite1 intersticial2?
Apesar dela trazer graves incômodos e interferir na qualidade de vida, a cistite1 intersticial2 não está relacionada a consequências graves para a saúde19. Contudo, ela pode deixar cicatrizes32 na bexiga4 associadas a pontos de sangramento, provocar um espessamento em sua parede e diminuir a capacidade deste órgão.
Quais são as complicações possíveis da cistite1 intersticial2?
As complicações da cistite1 intersticial2 são uma capacidade reduzida da bexiga4, diminuição da qualidade de vida, problemas emocionais e dificuldades nas relações sexuais.
Veja também sobre "Fisioterapia29", "Como ocorre a cistite1", "Dor pélvica6 crônica" e "Sangue33 na urina8".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da The British Association of Urological Surgeons (BAUS), da European Association of Urology e da Urology Care Foundation da American Urological Association.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.