Cisto pilonidal
O que é cisto pilonidal?
O cisto pilonidal, chamado também de abscesso1 pilonidal quando contém pus2 (latim: pilus=pelos + nidus=ninho), é uma bolsa anormal na pele3, que habitualmente contém cabelo4 e detritos de pele3. Quase sempre é localizado perto do cóccix5, na parte superior da fissura6 entre as nádegas7, logo acima do ânus8, mas pode também aparecer em outros locais.
Como a maioria dos cistos no corpo, os cistos pilonidais podem conter líquidos ou pus2 no seu interior. O termo pilonidal significa “ninho de pelos” e recebeu este nome porque é muito frequente encontrarmos cabelo4 dentro do cisto.
Quais são as causas do cisto pilonidal?
A causa exata de cistos pilonidais ainda não é sabida. Antigamente pensava-se tratar de uma malformação9; hoje em dia eles são vistos como adquiridos. Geralmente ele ocorre quando o cabelo4 penetra na pele3 e, em seguida, torna-se incorporado a ela. Atrito, traumas, pressão sobre a pele3, roupas apertadas, ciclismo, etc, são fatores que forçam o cabelo4 a inserir-se na pele3. Pessoas que trabalham sentadas por longos períodos de tempo, tais como motoristas, por exemplo, estão em maior risco de desenvolver um cisto pilonidal.
O cabelo4 que penetra a pele3 é considerado pelo corpo como uma substância estranha e ele então cria um cisto, em reação. Os cistos pilonidais podem provir também de cabelos que não sejam da própria pessoa, como acontece com barbeiros e tosquiadores, por exemplo, que o desenvolvem entre os dedos.
Saiba mais sobre outros tipos de cistos: "Cisto sinovial", "Cisto de Baker" e "Cistos renais".
Qual é o mecanismo fisiológico10 de formação do cisto pilonidal?
A formação de um cisto pilonidal é devido à penetração de pelos para dentro da pele3 os quais provocam uma reação inflamatória. Embora os cistos pilonidais apresentem pelos em seu interior, não se consegue encontrar neles um folículo piloso11, o que significa que o cabelo4 não nasceu ali, mas foi empurrado para lá. Se houver invasão de bactérias no cisto, ele pode se infectar, dando origem a um abscesso1.
Quais são as características clínicas do cisto pilonidal?
Os cistos pilonidais ocorrem mais comumente em homens jovens e têm tendência a recorrer. Raramente encontra-se essa doença acima de 40 anos. Se os cistos pilonidais forem muito pequenos e não se infectarem, podem permanecer assintomáticos por muito tempo. Os sinais12 e sintomas13 mais comuns de um cisto pilonidal infectado incluem dor, vermelhidão da pele3, febre14 (não é muito comum), drenagem15 de pus2 ou de sangue16 e mau cheiro. Se infectado, um cisto pilonidal torna-se um abscesso1 extremamente doloroso, podendo fistulizar para a pele3, drenando pus2.
Como o médico trata o cisto pilonidal?
O tratamento do cisto pilonidal infectado é basicamente cirúrgico e, geralmente, é realizado em regime ambulatorial ou no consultório do médico. Depois de anestesiar a área, o médico faz uma pequena incisão17 para drenar o cisto. Se o cisto reincide, pode ser necessário um procedimento cirúrgico mais extenso, para remover o cisto inteiramente. O tratamento da ferida é extremamente importante após a cirurgia, para uma cicatrização normal. Pode ser necessária uma depilação em torno do local da cirurgia para evitar que os pelos entrem na ferida.
Como evolui o cisto pilonidal?
Um cisto pilonidal cronicamente infectado comporta certo risco de desenvolver um tipo de câncer18 de pele3 chamado carcinoma19 de células20 escamosas.
Como prevenir o cisto pilonidal?
Para evitar a formação de um cisto pilonidal nas nádegas7, tente manter a área limpa, perder peso, se necessário, e evitar ficar prolongadamente sentado. Se o paciente já teve um cisto pilonidal anterior, ele deve depilar regularmente a área para reduzir o risco de recorrência21.
Quais são as complicações possíveis do cisto pilonidal?
Normalmente, o cisto não costuma provocar complicações, apesar de ser muito desconfortável e de tratamento difícil em alguns casos. Os cistos inflamados podem impedir o paciente de se sentar.
Leia também sobre "Abscesso1" e "Fístula22 anal".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.