Como é a síndrome de Klinefelter?
O que é síndrome1 de Klinefelter?
A síndrome1 de Klinefelter é uma síndrome1 genética que afeta somente meninos e se deve a uma mutação2 numérica dos cromossomos3. Há acréscimo de um cromossomo4 sexual no conjunto diploide5 de um indivíduo. Ela foi descrita pela primeira vez em 1942 por Harry Fitch Klinefelter. A anomalia cromossômica que causa a síndrome1 ocorre em menos de 0,2% dos bebês6 recém-nascidos.
Quais são as causas da síndrome1 de Klinefelter?
Esta anomalia genética está associada à idade materna avançada. A síndrome1 é causada por uma alteração genética em que os meninos adquirem um cromossomo4 X extra, ficando XXY. Embora, mais raramente, seja possível encontrar pessoas com outras combinações cromossômicas de tipo XXXY, XXYY ou XXXXY.
Quais são os principais sinais7 e sintomas8 da síndrome1 de Klinefelter?
As pessoas com síndrome1 de Klinefelter geralmente têm uma estatura muito elevada, ginecomastia9 (desenvolvimento aumentado do tecido10 mamário) e testículos11 pequenos. Outros sintomas8 comuns se referem a proporções anormais do corpo (pernas longas, tronco curto, etc.), baixa densidade óssea, barba rala, problemas sexuais, poucos pelos no púbis12, nas axilas e na face13. Os portadores desta síndrome1 têm uma expectativa média de vida normal, no entanto, apresentam, com maior frequência que a população geral, tendências a acidentes vasculares14 cerebrais, câncer15, atraso no desenvolvimento psicomotor16 e da linguagem, deficiência auditiva e problemas escolares. Algumas vezes podem ter comportamentos sociais e psiquiátricos alterados. Nem sempre se verifica infertilidade17, embora ela seja frequente nesses indivíduos.
Como o médico diagnostica a síndrome1 de Klinefelter?
Esta síndrome1 raramente é diagnosticada nos recém-nascidos, mas quanto mais precoce for o diagnóstico18, mais cedo pode ser feita a intervenção terapêutica19, psicológica ou farmacológica. A avaliação do desenvolvimento, com especial ênfase aos problemas visuais e auditivos, deve ser realizada em consultas periódicas ao pediatra. As anomalias porventura constatadas devem ser seguidas em consultas posteriores da especialidade. Muitas vezes essas anomalias só são detectadas quando surgem problemas comportamentais, desenvolvimento anômalo na puberdade ou infertilidade17. Para maior precisão diagnóstica pode ser feito cariotipagem, espermograma e exames de sangue20 para dosar os hormônios estrogênio, folículo21 estimulante, luteinizante e testosterona.
Como o médico trata a síndrome1 de Klinefelter?
A síndrome1 de Klinefelter não tem cura, mas pode ser amenizada com o tratamento adequado. O tratamento básico é feito com a administração de testosterona e deve ser indicado por volta dos 11 ou 12 anos de idade. Sobretudo na puberdade ele é muito importante e ajuda a definir os caracteres sexuais secundários dos meninos afetados. Os homens acometidos podem ter uma vida sexual normal, com ereção22 e ejaculação23, mas muitas vezes são inférteis e na maioria das vezes não conseguem engravidar uma mulher. No entanto, eles podem ser ajudados por um médico especializado em infertilidade17.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.