Meus cabelos estão caindo - a calvície masculina tem solução?
O que é calvície1?
A calvície1 é uma forma de alopecia2 progressiva (perda de cabelos), em geral devido a fatores hereditários. O tipo mais comum é a alopecia2 androgenética ou androgênica, também chamada de calvície1 de padrão masculino. Estima-se que a calvície1 atinja quase metade dos homens.
Aproximadamente 40 milhões de brasileiros são calvos. Entre os homens que têm os fatores genéticos como causa predominante, 80% desenvolvem a perda de cabelos entre 24 e 26 anos, 15% apresentam os sintomas3 aos 17 anos e em 5% ela aparece depois dos 30 anos. Dos calvos, 50% são brancos, 30% amarelos e 20% negros. Cerca de 5% dos calvos são mulheres.
Por que os cabelos caem?
Nem toda queda de cabelos tem a mesma intensidade, as mesmas características clínicas e o mesmo curso final da calvície1. Os cabelos caem devido a um processo de envelhecimento dos fios, à progressão da idade da pessoa, a certas doenças sistêmicas e a medicações citotóxicas usadas para tratar o câncer4.
Como é conviver com a calvície1?
A maioria dos calvos convive muito mal com a sua calvície1 e têm reações que vão da insegurança ao desespero, adotando as mais diversas e esdrúxulas providências para solucioná-la, que geralmente nada resolvem.
A calvície1 masculina está relacionada a uma série de mitos injustificáveis como, por exemplo, ser sinal5 de menor virilidade, impotência6 ou velhice, o que não condiz com a realidade.
Uma grande maioria dos calvos que vão aos consultórios por causa de sua calvície1 (cerca de 70% deles) praticamente transforma isso em um pedido de socorro. Mas há também os que assumem “numa boa” a sua condição e convivem com ela de maneira pacífica e bem humorada.
Quais as causas da calvície1?
Os cabelos cumprem um ciclo de vida e morte, com duração de alguns anos. Os 100 mil a 150 mil fios de cabelo7 existentes na cabeça8 de uma pessoa estão continuamente se renovando. Antes de caírem, eles degeneram e afinam.
Nos calvos o processo é mais acentuado, mais rápido ou os cabelos nem chegam a nascer. O afilamento e a queda dos cabelos dependem da presença da dihidrotestosterona9 (DHT) nos folículos capilares10. Esta, por sua vez, resulta da transformação da testosterona através da enzima11 5-alfa-redutase tipo 2, existente em todas as pessoas. Assim, alguém que tenha nascido com uma tendência a ter essa enzima11 em quantidades maiores do que as normais ou que tenha um número de receptores maiores para ela terá maior tendência à calvície1.
Como se diagnostica a calvície1 androgenética?
De um modo geral, o diagnóstico12 da calvície1 androgenética não apresenta dificuldades.
Dois critérios fáceis podem ser usados:
- Padrão clínico: calvície1 iniciando na região frontal, progredindo para a parte posterior e para o alto da cabeça8 com preservação das laterais;
- Uma biópsia13 de pequenos fragmentos14 do couro cabeludo permite ao patologista15 calcular a quantidade de 5-alfa-redutase tipo 2 presente.
Qual o tratamento da calvície1?
O tratamento da calvície1 consiste na prevenção da queda de cabelos ou na tentativa de recuperar aqueles fios já perdidos. Quanto ao primeiro quesito, estão disponíveis algumas medicações:
- Finasterida (Propécia): talvez seja o medicamento mais efetivo. Ela inibe a produção da DHT e, com isso, impede a queda de cabelo7. É usada na forma de comprimidos diários.
- Minoxidil (Regaine): loção de aplicação tópica que visa melhorar a vascularização dos folículos capilares10 atrofiados.
No entanto, se você já for careca, relaxe: em uma pesquisa realizada entre mulheres americanas foi constatado que uma careca completa é mais atraente do que uma careca parcial.
Além disso, você pode tomar algumas medidas como fazer um implante16 capilar17. Algumas pessoas consideram boa a resposta alcançada após um implante16.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.