Teste do Pezinho ou Triagem Neonatal: para que serve este exame? Quando ele deve ser colhido? Quais são as doenças diagnosticadas pelo teste?
Em que consiste o Teste do Pezinho?
O Teste do Pezinho é um exame laboratorial do sangue1 do bebê colhido a partir de um furinho no calcanhar2. Toda criança nascida em território nacional tem o direito legal a esse exame, patrocinado pelo Sistema Único de Saúde3 (SUS). O teste é obrigatório por lei em todo o território nacional e alguns municípios não permitem que a criança seja registrada se não tiver feito o teste, anteriormente.
Para que serve o Teste do Pezinho?
O teste do pezinho, também chamado de triagem neonatal, é uma das mais importantes atuações preventivas da medicina. Ele destina-se a detectar precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que embora não apresentem sintomas4 no nascimento, podem causar graves alterações irreversíveis no desenvolvimento físico e mental do bebê, se não forem tratadas desde muito cedo.
Por que ele é feito no calcanhar2?
Porque o calcanhar2 é uma região muito vascularizada e a coleta do sangue1 pode ser feita rapidamente, com um único furinho, sendo quase indolor.
Quando realizar o teste?
O teste deve ser realizado preferencialmente do terceiro ao sétimo dia de vida. Ele não deve ser colhido nas primeiras 48 horas de vida para não sofrer influência do metabolismo5 da mãe. Atualmente, quase toda maternidade realiza o teste antes que o recém-nascido tenha alta, mas se não for o caso, os pais devem procurar um posto de saúde3 para fazê-lo.
Os recém-nascidos que precisarem receber transfusão6 de sangue1 devem colher o teste antes de recebê-la. Os bebês7 prematuros (nascidos com idade gestacional inferior a 37 semanas) devem fazer o Teste do Pezinho ao final da primeira semana de vida e repetir o exame quando completarem 30 dias de vida.
Quais são as principais doenças que podem ser detectadas pelo Teste do Pezinho?
O teste patrocinado pelo Sistema Único de Saúde3 do Brasil cobre a identificação de seis doenças: fenilcetonúria8, hipotireoidismo9 congênito10, anemia falciforme11, fibrose cística12, hiperplasia13 adrenal congênita14 e deficiência da biotinidase, mas hoje já existe uma versão ampliada do teste, onde é possível identificar mais de trinta doenças, que pode ser feita em laboratórios particulares.
Quando essas doenças são detectadas logo após o nascimento, suas consequências podem ser evitadas, mas se forem abordadas mais tarde, suas repercussões são irreversíveis.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.