Stent - O que é? Quem deve colocar? Como é o procedimento? Quais as possíveis complicações?
O que é um stent?
Um stent é um pequeno dispositivo expansível de forma tubular, assemelhado a uma mola, geralmente feito de metal ou de ligas metálicas como as de cromo e cobalto. Ele é inserido em um vaso, canal ou ducto do corpo para prevenir ou corrigir a constrição1 dos mesmos. No caso das artérias2, o stent tem o objetivo de evitar o entupimento dessas vias de passagem.
A principal utilização do stent é desfazer as diminuições significativas no diâmetro das artérias2 ocasionadas pelo depósito de substâncias como o colesterol3 e o cálcio e, com isso, repor o fluxo sanguíneo nos órgãos, sobretudo no coração4.
Embora mais comumente os stents sejam colocados nas artérias2 (carótidas5, coronárias e ilíacas), eles também são utilizados em veias6 centrais, ductos biliares7, esôfago8, cólon9, traqueia10 e ureteres11. Há vários tipos diferentes de stents, a serem escolhidos pelo médico de acordo com as especificidades de cada caso clínico. Atualmente, tem sido usado um novo tipo de stent, feito com ácido polilático, um material absorvível pelo organismo. Assim, em vez de permanecer para sempre dentro do corpo, esse novo stent desaparece em até dois anos após sua colocação.
Embora os stents sejam muito utilizados em cardiologia, eles foram inventados por um urologista12.
Qual é o mecanismo fisiológico13 do stent?
O stent serve para abrir vasos ou outros ductos orgânicos que tenham seu diâmetro reduzido, melhorando o fluxo de sangue14 e de outros materiais que devem passar por eles. Mais comumente, o stent feito de uma liga de aço e cobalto, é utilizado quando há obstrução das artérias coronárias15 e, então, é expandido no interior delas. Ele está indicado quando o fluxo do sangue14 diminui 70% ou mais, visto que uma obstrução desse porte pode comprometer a irrigação da artéria16 afetada, podendo causar um infarto17.
Alguns stents têm suas estruturas metálicas revestidas por medicamentos que ajudam na cicatrização e liberam medicação por tempo suficiente para não haver formação de fibroses18 ou cicatrizes19. Há ainda uma prótese20 reabsorvível sendo testada, mas seu uso ainda não foi liberado no Brasil.
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Como colocar um stent?
A colocação do stent é rápida e o paciente pode receber alta do hospital em 24 horas. Trata-se de um procedimento invasivo, mas muito menos agressivo que uma cirurgia convencional de revascularização, já que não requer abertura do tórax24. O tamanho do stent a ser colocado depende do tamanho da artéria16 lesionada.
A prótese20 é inserida através de uma artéria16 periférica da perna ou do braço e guiada até o local obstruído. Ali, um balão que o carrega é inflado, de modo a expandir o vaso sanguíneo. Imediatamente, o fluxo sanguíneo para a área afetada se normaliza. O risco da cirurgia é pequeno e as contraindicações para a instalação do stent normalmente ocorrem quando os vasos são muito pequenos, as lesões25 são muito extensas ou então a artéria16 coronária afetada se situa perto de uma bifurcação. Pode haver ainda um problema de vasos calcificados, que impeçam a expansão das artérias2.
Quem deve usar um stent?
Os stents são aplicados a pacientes que apresentam doença coronariana26 em que se descobre um vaso entupido ou com lesões25 obstrutivas de grande porte (mais de 70%). Também é comum que os médicos o utilizem em outros locais como artérias2 carótidas5 e ilíacas, dutos biliares, esôfago8, cólon9, traqueia10, pâncreas27, duodeno28 e uretra29.
Os stents mais comumente são colocados para o tratamento de doença cardíaca, durante o procedimento de angioplastia30. Algumas vezes, os stents são usados para reparar fissuras31 numa aorta32 enfraquecida, reforçando-a.
Como evolui a colocação do stent?
Mesmo com a colocação de um stent, pode haver re-estenose33 do ducto comprometido, ocorrendo novamente o estreitamento dele. Em alguns casos é necessário o implante34 de um segundo stent dentro do que fechou.
Quais são as complicações possíveis com a colocação do stent?
As artérias2 dilatadas por stents, sobretudo pelos stents convencionais, têm risco de se fecharem novamente. Os stents absorvíveis evitam esses inconvenientes e, além disso, o vaso sanguíneo recupera sua capacidade natural de se contrair ou de relaxar, conforme as necessidades.
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As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.