Urticária: o que é? Quais são as causas? E os sintomas? Tem como tratar e evitar?
O que é urticária1?
A urticária1 é uma condição caracterizada pela formação de pápulas2 (vergões vermelhos) na pele3, semelhantes às que são causadas pelo contato com a urtiga. Essa reação cutânea4 em geral é passageira, mas em algumas pessoas ela pode perdurar por longo tempo ou por toda a vida. A urticária1 pode ser aguda (episódio único, transitório e autolimitado ou de duração inferior a seis semanas) ou crônica (duração maior de seis semanas).
Quais são as causas da urticária1?
O aparecimento da urticária1 se deve à ação da histamina5 liberada pelos mastócitos6, um tipo de células7 responsáveis pela dilatação e permeabilidade8 dos pequenos vasos sanguíneos9. A forma aguda normalmente é desencadeada por algum estímulo imunológico ou não imunológico. Os estímulos não imunológicos mais comuns são certos medicamentos; alguns tipos de alimentos; alguns inseticidas, corantes e conservantes; picadas de insetos; tecidos das roupas; exposição direta da pele3 ao frio ou ao calor intenso; água quente ou fria e exercícios físicos. Além disso, a hepatite10, a mononucleose infecciosa11 e a rubéola12, entre outras infecções13 virais, podem estar associadas ao aparecimento da urticária1 e ela pode até ser a primeira manifestação dessas moléstias. No entanto, às vezes é muito difícil detectar o fator desencadeante de um determinado episódio.
Quais são os principais sinais14 e sintomas15 da urticária1?
A urticária1 é um distúrbio bastante comum. Cerca de 20 a 25% das pessoas já manifestaram pelo menos um episódio ao longo da vida. Os principais sinais14 e sintomas15 da urticária1 são elevações circulares, salientes, bem demarcadas e pruriginosas16 na pele3, circundadas por vergões vermelhos e inchaço17. Essas lesões18 são migratórias e podem desaparecer e ressurgir depois em outro local do corpo. A coceira e o ardor19 locais podem preceder as pápulas2. O tamanho dessas lesões18 varia muito e elas podem ser isoladas ou confluírem para formar placas20.
Como o médico diagnostica a urticária1?
O diagnóstico21 da urticária1 deve começar pela história clínica do paciente, por seus hábitos alimentares, pelo uso de medicamentos e pelo exame físico das lesões18, sendo complementado por exames de sangue22 e testes cutâneos que ajudem a identificar a causa e os fatores desencadeantes da enfermidade. Nos casos em que é impossível determinar esses fatores, a urticária1 é dita idiopática23.
Como o médico trata a urticária1?
O tratamento principal da urticária1 consiste em suspender completamente o contato com o agente desencadeante das crises, se for possível identificá-lo. Os medicamentos anti-histamínicos contribuem para aliviar os sintomas15 ao inibir a ação dos receptores de histamina5, mas uma boa parte deles causa sonolência e letargia24. Em casos mais graves, associados ao angioedema25, pode ser necessário administrar corticoides ou mesmo adrenalina26, nos casos mais graves.
Como prevenir a urticária1?
- Evite contatos com o agente desencadeante. Se ele for alguma substância comestível, evite usá-la.
- Para prevenir o prurido27 intenso e outros incômodos, aplique compressas frias sobre as lesões18.
- Nas crises, evite banhos quentes, principalmente os de banheira.
Como evolui a urticária1?
A maioria dos casos de urticária1 é autolimitada e desaparece espontaneamente. Em algumas vezes ela pode gerar angioedema25 nas pálpebras28, lábios, orelhas29, pés, mãos30 e genitais. Embora não sejam muito frequentes, os edemas31 nos lábios e/ou na glote32 podem obstruir a respiração e mesmo levar à morte e representam sempre uma situação de emergência33/urgência34 médica.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.