Luxação da patela. Saiba mais.
O que é luxação1 da patela2?
A patela2 (ou rótula3) é um osso de formato triangular que fica localizado na frente do joelho, cobrindo e protegendo a superfície dessa articulação4. Chama-se luxação1 da patela2 a situação em que ela, por qualquer motivo, sofre um deslocamento de sua posição normal, geralmente lateral, com grande prejuízo funcional. Ocorre, então, a perda da relação anatômica normal entre o sulco femoral distal5 e esse osso, normalmente relacionados. A luxação1 da patela2 é uma ocorrência pouco frequente.
Quais são as causas da luxação1 da patela2?
São muitos os motivos para que a patela2 sofra luxação1. Pode acontecer, por exemplo, em virtude de traumatismos, torções do joelho, genovalgo6 (pernas em "X"), alterações ósseas do fêmur7 ou da própria patela2, distúrbios musculares que afetem a patela2, etc. Este deslocamento pode ser facilitado por fatores como patologias do joelho, idade, sexo (as luxações não traumáticas de patela2 são mais comuns nas mulheres), tipo de atividades rotineiras, etc. Quase sempre a etiologia8 é traumática — apesar de que, às vezes, o trauma é mínimo ou apenas uma torção9 do joelho, mas pode também dever-se a um trauma violento, em pacientes com estruturas óssea, capsular e ligamentar íntegras. É o que costuma acontecer a atletas. Nesses casos, geralmente ocorre ruptura do ligamento10 patelo-femoral medial, que estabiliza a articulação4 e a patela2 desliza para um dos lados do joelho.
Quais são os principais sinais11 e sintomas12 da luxação1 da patela2?
O episódio agudo13 de luxação1 da patela2 pode gerar grande dor, inchaço14, presença de sangue15 na articulação4, incapacidade de andar e intenso desconforto. A dor é proveniente do contato entre a patela2 e o fêmur7, na denominada síndrome16 fêmoro-patelar, mais comum nas mulheres, tanto como consequência de um desequilíbrio muscular quanto da própria anatomia constitucional do membro inferior. Após um primeiro episódio, o paciente se sente inseguro para realizar determinadas atividades, pode sentir um falseio ao andar e ter medo de que a patela2 "saia novamente do lugar", o que eventualmente pode ocorrer, gerando uma luxação1 recorrente.
Com o passar do tempo, atividades e movimentos simples que envolvam o joelho, como dançar, por exemplo, podem causar uma nova luxação1. Uma subluxação, com traumas mínimos e com redução espontânea, pode ocorrer com frequência e gera grande insegurança para o paciente. Nelas, os pacientes geralmente já apresentavam alterações articulares pré-existentes como, por exemplo, joelho em X, torção9 tibial externa, malformação17 da rótula3, etc.
Como o médico diagnostica luxação1 da patela2?
O diagnóstico18 da luxação1 da patela2 é eminentemente19 clínico. A história médica é típica e no exame físico há manobras que confirmam o diagnóstico18. Além disso, os exames radiológicos ajudam a identificar a etiologia8 traumática ou não traumática e se há ou não fraturas associadas. A ressonância magnética20 ajuda a estudar as demais estruturas da articulação4.
Como o médico trata a luxação1 da patela2?
As luxações da patela2 inicialmente são tratadas com recolocação da patela2 em seu devido lugar e imobilização temporária com a perna esticada. Em seguida, deve-se promover um reforço da musculatura em torno, visando estabilizar a patela2. Quando não se consegue um bom efeito só com exercícios pode-se usar também um aparelho ortopédico, ou seja, uma joelheira especial. Se for necessária cirurgia, as luxações da patela2 podem ser tratadas por meio de técnicas de artroscopia21 minimamente invasivas. Nos casos de luxações que recidivam (patelas que luxam com frequência), a cirurgia se torna imperativa. Medicações analgésicas e anti-inflamatórias podem ser usadas na medida das necessidades. A assistência de um fisioterapeuta durante todo o processo de recuperação é essencial.
Como prevenir a luxação1 da patela2?
É difícil prevenir-se completamente as luxações de patela2, mas as pessoas sob risco devem cuidar de fortificar a musculatura da articulação do joelho22.
Como evolui a luxação1 da patela2?
Em geral, a patela2 luxada retorna ao lugar sem problemas, mas uma vez ocorrida uma luxação1, a possibilidade dela se tornar recidivante23 é muito grande. Quanto mais a patela2 é luxada, maior é também a chance de sofrer fraturas ou de que o paciente já tivesse outras alterações ósseas prévias.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic, da Stanford Health Care e do National Health Service do Reino Unido.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.