Luxação do quadril - como ela é?
O que é luxação1 do quadril?
Uma luxação1 é o deslocamento parcial ou completo dos ossos de uma articulação2. Luxação1 do quadril é a desconexão entre os ossos da bacia com os da coxa3. Ela pode já existir no bebê, que já nasce com esse problema (luxação1 congênita4) ou ser adquirida posteriormente. A luxação1 do quadril foi descrita pela primeira vez por Sir Astley Cooper, em 1791.
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Quais são as causas da luxação1 do quadril?
Em muitas ocasiões, as causas das luxações congênitas6 do quadril, também chamada displasia7 do quadril, permanecem desconhecidas. Geralmente, ela acontece quando o bebê tem uma formação anormal da articulação2 coxofemoral durante o desenvolvimento fetal. Um baixo nível de líquido amniótico8, a apresentação pélvica9 do feto10 e uma história familiar são fatores contribuintes. Um parto trabalhoso também pode causar ou contribuir para a luxação1 congênita4 do quadril.
A luxação1 traumática do quadril deve-se à atuação de uma força traumática de alto impacto atuando direta ou indiretamente sobre a articulação2 coxofemural, 95% das quais causada por um acidente de trânsito. Frequentemente a luxação1 traumática do quadril é acompanhada por fraturas ou outras lesões11.
Quais são as principais características clínicas da luxação1 do quadril?
A luxação1 do quadril pode ocorrer em qualquer idade, inclusive em bebês12 (luxação1 congênita4). Neles, a luxação1 pode só ser percebida quando o bebê começa a dar os primeiros passos. Ela incide mais em meninas que em meninos e ocorre mais na primeira gravidez13, em que o útero14 ainda não foi distendido. No entanto, qualquer bebê, em qualquer gestação, pode apresentar a anormalidade. A luxação1 congênita4 do quadril pode ser assintomática até que a criança comece a andar ou mesmo precocemente o bebê pode apresentar pernas viradas para fora ou que pareçam ter tamanhos diferentes, amplitude limitada de movimentos, pregas desiguais nas pernas ou nádegas15 e atraso no desenvolvimento motor.
Nas luxações traumáticas é comum que haja fraturas associadas, principalmente da cabeça16, colo17 ou diáfise do fêmur18, fraturas do acetábulo19, fraturas pélvicas20, lesões11 do joelho, tornozelo21 e pé.
Saiba mais sobre "Fratura22 óssea", "Líquido amniótico8", "Trabalho de parto" e "Gestação".
Como o médico diagnostica a luxação1 do quadril?
O exame clínico para diagnosticar a luxação1 congênita4 do quadril deve ser feito logo após o nascimento ou, pelo menos, durante o primeiro ano de vida. Há manobras específicas para detectar o problema. Em crianças maiores, observa-se um tamanho diferente das pernas, o mancar ao caminhar e uma abdução limitada.
Exames de imagens são usados para confirmar a suspeita de luxação1 congênita4 do quadril. Na luxação1 traumática, após a cabeça16 do fêmur18 ter sido colocada no seu lugar, novos exames radiográficos são realizados para avaliação da correção do tratamento e se há ou não fraturas. Muitas vezes a tomografia computadorizada23 ou mesmo a ressonância magnética24 faz-se necessária para avaliar as fraturas, se elas apresentam muitos fragmentos25 e se estão desviadas.
Como o médico trata a luxação1 do quadril?
No caso da luxação1 congênita4 do quadril, o tratamento dependerá da idade do bebê. Se ele for muito novo, deve ter as pernas imobilizadas por meios próprios e em posições especiais que facilitem a correção do problema. Se a criança for maior, pode ser preciso recorrer à cirurgia e manter as pernas imóveis por algumas semanas.
Nas luxações traumáticas, quando houver fratura22, o tratamento deve levar em consideração a idade do paciente, sua condição clínica, as lesões11 associadas, o nível de atividade do paciente, tipo e localização da fratura22 e grau de desvio e de fragmentação da fratura22. A fisioterapia26 pode ajudar muito na recuperação mais precoce e com melhores resultados.
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Como evolui a luxação1 do quadril?
Cerca de 80 a 95% dos casos são resolvidos precocemente sem necessidade de cirurgia. Se a luxação1 não for solucionada prontamente, no início da infância, no futuro poderá resultar precocemente em artrite27 e dor intensa. Mesmo a luxação1 tratada deve continuar sendo vigiada, uma vez que pode recidivar.
Quais são as possíveis complicações da luxação1 do quadril?
As complicações vasculares28 (sobretudo arteriais) são as mais temíveis em relação à luxação1 do quadril. Nas luxações traumáticas há que se procurar sempre por outras lesões11 associadas.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic, da Stanford Health Care e do National Health Service do Reino Unido.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.