Colecistograma oral: para que serve? Como ele é feito?
O que é o colecistograma oral?
O colecistograma oral (ou colecistografia1) é um método radiológico que permite estudar a anatomia e a função da vesícula biliar2, analisando o conteúdo, capacidade de concentração e contração dela. Hoje em dia esse exame é pouco realizado porque foi substituído com vantagens pela ultrassonografia3 e pela tomografia computadorizada4, ficando reservado apenas para locais que não dispõem desses recursos. No exame, a vesícula biliar2 aparece opaca (branca) na película radiográfica e os cálculos biliares aparecem como pontos escuros. Também os pólipos5 e tumores podem estar visualizados.
Por que fazer um colecistograma oral?
A principal razão para fazer um colecistograma oral é a suspeita da existência de cálculos biliares, embora ele também possa apontar outras patologias da vesícula6. Deve-se fazer um colecistograma toda vez que haja sinais7 e sintomas8 como dor na parte superior direita do abdome9, icterícia10 e intolerância aos alimentos gordurosos, sintomas8 que sugerem a presença de obstruções da vesícula6 e/ou dos condutos biliares.
Como se preparar para um colecistograma oral?
No dia anterior ao exame as refeições devem ser leves e não conter gorduras. O paciente deve ingerir seis comprimidos de ácido iopanoico no almoço e seis comprimidos no jantar, após mastigá-los com intervalos de cinco minutos entre cada um. Esses comprimidos não devem ser tomados por pacientes ictéricos. Geralmente um enema11 será aplicado antes da realização do exame, para limpar os intestinos12, segundo orientação médica.
Em que consiste o colecistograma oral?
O exame pode ser feito em regime ambulatorial ou hospitalar, se o paciente estiver internado. O paciente deve vestir uma camisola leve, fornecida pelo local dos exames e não usar qualquer adereço na região a ser examinada. Após 15 horas da tomada do contraste, quando ele está sendo excretado, deverá ser feita uma radiografia da região biliar que registrará o estado da vesícula6 e dos ductos biliares13. Poderá ser solicitado ao paciente que assuma diferentes posições, conforme o exame solicitado. Se for pedido também um exame da capacidade da vesícula6, uma refeição gordurosa pode ser dada ao paciente, para estimular a vesícula6.
Quais enfermidades podem ser detectadas por meio do colecistograma oral?
O colecistograma oral pode detectar cálculos biliares, colecistites, neoplasias14, estenoses15 e anomalias congênitas16 da árvore biliar. Mais comumente o colecistograma oral é usado para a detecção de cálculos biliares, os quais aparecem nas radiografias como manchas escuras dentro da vesícula biliar2 opaca (branca). Esses cálculos se formam pelo endurecimento da bile17 contida na vesícula6 em virtude de um excesso de colesterol18, sais biliares ou bilirrubina19 ou, ainda, por uma lentidão no desenvolvimento da vesícula6.
Quais são as contraindicações do colecistograma oral?
Quase não há contraindicações ao colecistograma oral, mas as principais são:
- Doenças hepáticas20 ou renais avançadas.
- Doenças gastrointestinais ativas que impeçam a absorção do contraste oral.
- Hipersensibilidade a compostos de iodo.
- NÃO fazer o exame em pacientes que estejam grávidas.
- NÃO fazer o exame em pacientes alérgicos ao contraste iodado.
- Pacientes com outras doenças específicas devem ser avaliados pelo médico antes do exame.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da da Mayo Clinic, American Gastroenterological Association e American College of Gastroenterology.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.