Colangiografia: como é o exame?
O que é colangiografia1?
Colangiografia1 é um exame que permite a visualização do trajeto da bile2 desde o fígado3 até o duodeno4 e permite identificar eventuais obstruções dos canais por onde a bile2 passa, bem como outras lesões5, estenoses6 ou dilatação desses ductos. Esses canais podem ser obstruídos por tumores, cálculos biliares, parasitas ou corpo estranho. A colangiografia1 pode ser endovenosa, endoscópica, intra ou pós-operatória.
Em que consiste cada tipo de colangiografia1?
A colangiografia1 endovenosa consiste em administrar um contraste na corrente sanguínea do paciente, o qual será eliminado pela bile2. Então serão tomadas imagens em postura ântero-posterior a cada trinta minutos após a injeção7 do contraste, até o encerramento do exame, a critério médico, as quais permitirão estudar os ductos biliares8. A colangiografia1 endovenosa está indicada quando a vesícula biliar9 não pode ser observada num colecistograma oral, em pacientes que a tenham previamente retirado ou que apresentem quadros que impossibilitem a absorção do contraste. Pacientes colecistectomizados10 devem ser mantidos em decúbito11 direito durante todo o exame. Pacientes que fazem usos de anticoncepcionais ou antibióticos terão as imagens prejudicadas.
A colangiografia1 endoscópica é realizada por meio da introdução, por via oral, de um tubo fino e flexível que porta uma microcâmera em sua extremidade (endoscópio), a qual possibilita a visualização da papila pela qual os ductos biliares8, pancreáticos e do fígado3 desembocam no duodeno4. Através dela é introduzida uma delgada cânula, por meio da qual é injetado o contraste radiológico utilizado para estudar os canais biliares12 e pancreáticos. Esse exame exige um jejum prévio de, no mínimo, seis horas. O paciente deve informar ao médico as medicações que esteja usando, bem como a existência de alergias ou de doenças de que seja portador. Antes do exame, o paciente receberá um sedativo que evitará que ele sinta dor e desconforto. Em seguida, o paciente é deitado em uma mesa radiológica onde será feito o exame, o qual deverá durar entre uma e duas horas. Nesse tempo, o paciente é monitorado em seu ritmo respiratório e frequência cardíaca. O paciente deve comparecer ao exame acompanhado, pois os produtos sedativos que receberá podem impedi-lo de se orientar sozinho. As complicações da colangiografia1 endoscópica são raras. A mais frequente é a pancreatite13, mas podem acontecer também sangramentos, infecções14, perfurações intestinais ou reações adversas aos sedativos.
Na colangiografia1 intra-operatória há a administração de contraste diretamente na árvore biliar durante a cirurgia de remoção da vesícula15 e são realizadas diversas imagens radiográficas que permitam a visualização dos ductos biliares8.
A colangiografia1 pós-operatória é realizada com o objetivo de estudar os ductos biliares8 após a cirurgia de remoção da vesícula15, como forma de diagnosticar e prevenir complicações causadas por cálculos residuais não detectados durante o procedimento cirúrgico. Essa forma de colangiografia1 exige uma preparação prévia. Durante a cirurgia é deixado no canal biliar principal um tubo em T (tubo de Kehr), pelo qual futuramente será injetado o contraste que permitirá o estudo da árvore biliar após a cirurgia de remoção da vesícula15 e possivelmente retirar os cálculos por meio de um cateter especial. Este exame chama-se colangiorressonância, quando as imagens são obtidas por meio da ressonância magnética16.
Quais são as contraindicações da colangiografia1?
As principais contraindicações da colangiografia1 compreendem os casos de hipersensibilidade ao contraste, infecções14 do sistema biliar e níveis elevados de creatina e/ou ureia17, que denunciam mau funcionamento renal18.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.