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O que é a síndrome de Plummer-Vinson?

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O que é a síndrome1 de Plummer-Vinson?

A síndrome1 de Plummer-Vinson, também chamada de disfagia2 sideropênica ou disfagia2 cervical, é uma condição rara, caracterizada por disfagia2 devido a diminutos crescimentos de tecido3 que bloqueiam, total ou parcialmente, a luz esofágica. O nome da síndrome1 é uma homenagem aos médicos americanos Henry Stanley Plummer, que a descobriu em 1912, e Porter Paisley Vinson, que a descreveu, em 1919.

Quais são as causas da síndrome1 de Plummer-Vinson?

A síndrome1 de Plummer-Vinson é observada principalmente em mulheres no período pós-menopausa4 e decorre de anemia5 que ocasiona uma deficiência crônica de ferro. A causa maior desta síndrome1 ainda não foi elucidada, todavia, sabe-se que fatores genéticos e carenciais estão envolvidos no desenvolvimento desta patologia6.

Qual é a fisiopatologia7 da síndrome1 de Plummer-Vinson?

A síndrome1 de Plummer-Vinson ocorre em pessoas com anemia5 por deficiência de ferro prolongada e gera dificuldades para deglutir8 devido a pequenos e delgados crescimentos de tecido3 que bloqueiam parcialmente a parte superior do esôfago9. Como resultado das alterações das papilas ocorre uma mudança de coloração da língua10, que passa a apresentar-se vermelho-brilhante.

Quais são os principais sinais11 e sintomas12 da síndrome1 de Plummer-Vinson?

Os principais sinais11 e sintomas12 da síndrome1 de Plummer-Vinson são queimação na língua10 ou na mucosa13 oral e língua10 de cor vermelho-brilhante. Além disso, os pacientes com esta patologia6 podem apresentar glossite14 atrófica15, estomatite16 angular e fraqueza. Caracteristicamente, os pacientes sentem dificuldade para deglutir8 e respirar. De um modo geral, a condição se define por uma tríade de sintomas12: disfagia2, glossite14 e anemia5 sideropênica (ferropriva).

Como o médico diagnostica a síndrome1 de Plummer-Vinson?

O diagnóstico17 da síndrome1 de Plummer-Vinson pode ser feito a partir das suas manifestações clínicas diretas e pelas anormalidades nas unhas18 e na pele19 que os pacientes podem desenvolver, as quais podem ser facilmente observadas durante o exame clínico. Uma endoscopia20 digestiva alta e exames de sangue21 para dosagem do ferro sérico também auxiliam na conclusão do diagnóstico17.

Como o médico trata a síndrome1 de Plummer-Vinson?

O tratamento da síndrome1 de Plummer-Vinson é feito por meio da administração de suplementos de ferro à dieta. Caso a dor persista, o esôfago9 pode ser dilatado durante uma endoscopia20 alta, possibilitando assim uma mais fácil passagem dos alimentos.

Como prevenir a síndrome1 de Plummer-Vinson?

A síndrome1 de Plummer-Vinson pode ser prevenida por uma dieta que garanta uma dosagem suficiente de ferro na alimentação.

Como evolui a síndrome1 de Plummer-Vinson?

As pessoas com a síndrome1 de Plummer-Vinson respondem bem ao tratamento adequado, mas ela aumenta o risco para carcinoma22 esofágico e da garganta23.

Quais são as complicações da síndrome1 de Plummer-Vinson?

As tentativas de dilatar o esôfago9 podem causar rupturas com sangramento.

ABCMED, 2014. O que é a síndrome de Plummer-Vinson?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/583337/o-que-e-a-sindrome-de-plummer-vinson.htm>. Acesso em: 28 mar. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
2 Disfagia: Sensação consciente da passagem dos alimentos através do esôfago. Pode estar associado a doenças motoras, inflamatórias ou tumorais deste órgão.
3 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
4 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
5 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
6 Patologia: 1. Especialidade médica que estuda as doenças e as alterações que estas provocam no organismo. 2. Qualquer desvio anatômico e/ou fisiológico, em relação à normalidade, que constitua uma doença ou caracterize determinada doença. 3. Por extensão de sentido, é o desvio em relação ao que é próprio ou adequado ou em relação ao que é considerado como o estado normal de uma coisa inanimada ou imaterial.
7 Fisiopatologia: Estudo do conjunto de alterações fisiológicas que acontecem no organismo e estão associadas a uma doença.
8 Deglutir: Passar (o bolo alimentar) da boca para o esôfago e, a seguir, para o estômago.
9 Esôfago: Segmento muscular membranoso (entre a FARINGE e o ESTÔMAGO), no TRATO GASTRINTESTINAL SUPERIOR.
10 Língua:
11 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
12 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
13 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
14 Glossite: Inflamação da mucosa que reveste a língua, produzida por infecção viral, radiação, carências nutricionais, etc.
15 Atrófica: Relativa à atrofia, atrofiada. Que atrofia; que mingua, atrofiador, atrofiante. Que se torna mais debilitada e menos intensa.
16 Estomatite: Inflamação da mucosa oral produzida por infecção viral, bacteriana, micótica ou por doença auto-imune. É caracterizada por dor, ardor e vermelhidão da mucosa, podendo depositar-se sobre a mesma uma membrana brancacenta (leucoplasia), ou ser acompanhada de bolhas e vesículas.
17 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
18 Unhas: São anexos cutâneos formados por células corneificadas (queratina) que formam lâminas de consistência endurecida. Esta consistência dura, confere proteção à extremidade dos dedos das mãos e dos pés. As unhas têm também função estética. Apresentam crescimento contínuo e recebem estímulos hormonais e nutricionais diversos.
19 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
20 Endoscopia: Método no qual se visualiza o interior de órgãos e cavidades corporais por meio de um instrumento óptico iluminado.
21 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
22 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
23 Garganta: Tubo fibromuscular em forma de funil, que leva os alimentos ao ESÔFAGO e o ar à LARINGE e PULMÕES. Situa-se posteriormente à CAVIDADE NASAL, à CAVIDADE ORAL e à LARINGE, extendendo-se da BASE DO CRÂNIO à borda inferior da CARTILAGEM CRICÓIDE (anteriormente) e à borda inferior da vértebra C6 (posteriormente). É dividida em NASOFARINGE, OROFARINGE e HIPOFARINGE (laringofaringe).
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