Amnésia global transitória
O que é a amnésia1 global transitória?
Amnésia1 global transitória é um episódio súbito, temporário, de perda de memória e de orientação temporal e/ou espacial, que não pode ser atribuído a condições neurológicas comuns, tais como epilepsia2 ou acidente vascular cerebral3. É identificada pelo seu sintoma4 principal, que é a incapacidade de formar novas memórias e recordar o passado recente.
Quais são as causas da amnésia1 global transitória?
A causa ou causas integrais da amnésia1 global transitória permanecem desconhecidas. Parece haver alguma correlação com a enxaqueca5, embora os fatores subjacentes que contribuem para ambas as condições ainda não sejam totalmente compreendidos. Alguns eventos que podem causar amnésia1 global transitória incluem: súbita imersão em água fria ou quente, atividade física extenuante, relação sexual, procedimentos médicos, tais como a angiografia6 ou endoscopia7, traumatismo8 craniano leve e angústia emocional aguda. Os fatores de risco mais claros são a idade acima de 50 anos e história prévia de enxaqueca5.
Quais são as características clínicas da amnésia1 global transitória?
A amnésia1 global transitória se caracteriza pelos seguintes sinais9 e sintomas10: início súbito, manutenção da identidade pessoal, apesar da perda de memória (a pessoa continua sabendo quem é), cognição11 normal, tais como a capacidade de reconhecer e nomear objetos familiares e seguir instruções simples, ausência de sinais9 indicando danos a uma área específica do cérebro12, como paralisia13 dos membros, movimentos involuntários ou fala prejudicada, por exemplo.
Os sintomas10 adicionais e a história são de duração menor do que 24 horas, com retorno gradual da memória, ausência de convulsões e/ou de epilepsia2 ativa. Durante um episódio de amnésia1 global transitória a recordação de eventos recentes simplesmente desaparece e o paciente não se lembra de onde está ou como chegou lá. Repete as mesmas perguntas porque não se lembra das respostas que acabaram de ser dadas. O paciente não consegue reconhecer as pessoas que conhece bem. Felizmente, a amnésia1 global transitória é rara, aparentemente inofensiva e é improvável que se repita novamente.
Como o médico diagnostica a amnésia1 global transitória?
O diagnóstico14 de amnésia1 global transitória implica em excluir condições mais graves que podem causar o mesmo tipo de perda de memória. Esse processo deve começar com um exame neurológico. O médico também pode fazer perguntas para testar o pensamento, julgamento e memória do paciente.
Os exames de imagens podem demonstrar alterações estruturais no cérebro12, incluindo vasos sanguíneos15, e compreendem a ressonância magnética16, o eletroencefalograma17 e a tomografia computadorizada18. No momento em que o problema está ocorrendo não há tratamento específico e deve-se apenas resguardar e tranquilizar o paciente para que não faça nada “errado”. Após a análise dos exames complementares, a terapia é direcionada conforme a possível causa, se esta foi de alguma forma identificada.
Como o médico trata a amnésia1 global transitória?
Nenhum tratamento é necessário ou mesmo viável para a amnésia1 global transitória. Ela se resolve por conta própria, sem efeitos posteriores. Se alguma doença subjacente for identificada, ela deve ser tratada.
Como prevenir a amnésia1 global transitória?
Se o episódio de amnésia1 global transitória seguiu-se a uma atividade particular como, por exemplo, um exercício extenuante ou um mergulho em um lago frio, essas atividades devem ser evitadas.
Quais são as complicações possíveis da amnésia1 global transitória?
A amnésia1 global transitória não tem complicações diretas importantes, mas pode causar sofrimento emocional ao paciente. Mas um sintoma4 tão dramático como a perda de memória pode indicar uma doença grave subjacente, o que gera grande preocupação. Em geral, ela gera o medo de um tumor19 ou de um acidente vascular cerebral3.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.