Insuficiência vertebrobasilar: o que é isso?
O que é insuficiência1 vertebrobasilar?
Chama-se insuficiência1 vertebrobasilar a uma rápida diminuição da irrigação sanguínea no território da artéria basilar2, por compressão da artéria vertebral3 na altura das vértebras cervicais4, entre C1 e C7, gerando sintomas5 que no seu conjunto são conhecidos por síndrome6 vertebrobasilar.
Quais são as causas da insuficiência1 vertebrobasilar?
A causa mais comum da insuficiência1 vertebrobasilar é a arteriosclerose7. A artrose8 cervical e a presença de osteófitos9 também podem deflagrar a anomalia, levando à síndrome6 vertebrobasilar. Outras causas de compressão da artéria vertebral3 podem ser: compressão pelo músculo escaleno, pelo ligamento10 vertebropleural e pela aponeurose cervical profunda; rotação da vértebra Atlas11 (C1) sobre a vértebra Áxis12 (C2); placas13 de aterosclerose14; espondiloartrose15 da coluna cervical16; obstrução da artéria17 subclávia; malformação18 congênita19 das vértebras; déficit circulatório no sistema das carótidas20 internas; traumatismo21 cérvico-cefálico; luxação22 da coluna cervical16; deslocamento brusco anteroposterior da cabeça23; hipoplasia24 ou agenesia25 de uma das artérias26 vertebrais.
Qual é a fisiopatologia27 da insuficiência1 vertebrobasilar?
As alterações das vértebras cervicais4 que causam uma diminuição dos foramens28 vertebrais e outras anomalias morfológicas da área podem estrangular as artérias26 vertebrais que transitam pela região e causar a insuficiência1 vertebrobasilar. A insuficiência1 vertebral pode demonstrar seus efeitos de uma forma mais efetiva durante movimentos bruscos da cabeça23, sobretudo rotação.
Quais são as principais características clínicas da insuficiência1 vertebrobasilar?
Os sinais29 e sintomas5 mais comuns da síndrome6 vertebrobasilar são náuseas30, vômitos31, sensação de desmaio, nistagmo32, tontura33, turvação visual, vertigens34, disfagia35, rouquidão, hipoestesia36 da hemiface, ataxia37 e hipoestesia36 térmica e dolorosa. Dependendo do nível do comprometimento circulatório, podem incluir a associação de ataxia37, hemiplegia38, lesão39 do sétimo nervo periférico, oftalmoplegia (paralisia40 dos movimentos dos olhos41), surdez, zumbidos e mioclonia42 do palato43 (contração muscular súbita e involuntária44 dos músculos45, devido à descarga patológica de um grupo de células nervosas46).
A oclusão ou estenose47 da artéria basilar2 geralmente origina sinais29 bilaterais. O paciente geralmente relata vertigem48 postural nas rotações da cabeça23 e nos movimentos de flexão e extensão do pescoço49, o que normalmente vem acompanhado de um quadro de sintomas5 de comprometimento da coluna cervical16, como mialgia50, dor de nuca, dores irradiadas aos ombros ou ao braço, parestesias51 nas extremidades e cefaleias52.
Como o médico diagnostica a insuficiência1 vertebrobasilar?
Um bom histórico de saúde53 dá uma impressão clínica razoavelmente precisa. Alguns exames de exploração devem ser feitos para confirmar o diagnóstico54: tomografia computadorizada55, radiografia da coluna cervical16, eletrocardiograma56 e ressonância magnética57. Embora as radiografias da coluna cervical16 sejam importantes para confirmar o diagnóstico54, podem ser normais em quadros exclusivamente inflamatórios.
A "manobra da artéria vertebral3" quando positiva auxilia no diagnóstico54 da síndrome6 vertebrobasilar. Com o paciente colocado em decúbito dorsal58 e com a cabeça23 para fora do leito, realiza-se uma hiperextensão59 da cabeça23, leve inclinação e rotação lateral da cervical, mantendo essa posição por no mínimo trinta segundos. Quando positiva, o paciente relatará tontura33 e poderá apresentar nistagmo32.
Como o médico trata a insuficiência1 vertebrobasilar?
O tratamento da síndrome6 da artéria17 vertebrobasilar deve conceder especial atenção à perfusão sanguínea e observar a presença de vômitos31 e hemorragias60. A fisioterapia61 deve oferecer orientações ao paciente quanto ao posicionamento adequado no leito, proporcionar relaxamento muscular por meio de exercícios, massagens ou aplicações de calor, fazer tração manual com a coluna retificada e alongamentos da musculatura posterior da cabeça23.
Como evolui a insuficiência1 vertebrobasilar?
A síndrome6 vertebrobasilar pode evoluir para um acidente vascular cerebral62 isquêmico63, transitório ou não.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.