Você está urinando muito? Pode ser poliúria.
O que é poliúria1?
Poliúria1 consiste na eliminação de uma quantidade excessiva de urina2 – acima de 2,5 litros por dia. A poliúria1 sempre provoca uma polidipsia3 (sede excessiva) compensatória. A poliúria1 não é uma doença, mas um sintoma4 comum a várias condições fisiológicas5 ou patológicas.
Quais são as causas da poliúria1?
A causa da poliúria1 muitas vezes pode ser a simples ingestão excessiva de líquidos, caso em que ela é transitória. Contudo, pode dever-se também a doenças subjacentes que aumentam a produção e excreção de urina2 e que podem levar à desidratação6 e, com isso, à ingesta secundária de maior quantidade de líquidos. As causas mais comuns da poliúria1, tanto em adultos quanto em crianças, são o diabetes mellitus7, a polidipsia3 primária ou potomania8, o diabetes9 insípidus central, devido a problemas no hipotálamo10 e/ou na glândula11 pituitária ou o diabetes9 insípidus nefrogênico (de causa renal12). Numa certa fase, a insuficiência renal13 pode levar a um aumento da produção de urina2 pela incapacidade de reabsorver a água e de concentrar a urina2 pelos néfrons14. A poliúria1 pode ser desencadeada por várias substâncias químicas com efeitos diuréticos15 (medicamentos, cafeína, álcool) e também pode ocorrer após taquicardia16 supraventricular, fibrilação auricular, parto e remoção de uma obstrução no trato urinário17.
Qual é a fisiopatologia18 da poliúria1?
No diabetes9 insípidus há uma produção insuficiente de hormônio19 antidiurético (ADH) de causa central, hipotalâmica ou pituitária ou ocorre uma falha renal12, que impede a reabsorção da água para o sangue20. Assim, os rins21 não conseguem controlar a quantidade de urina2 que é excretada. Também pode ocorrer em situações temporárias, sem qualquer doença por trás, como é, por exemplo, o fato de o álcool inibir a produção deste hormônio19. No diabetes mellitus7, o nível de açúcar22 no sangue20 aumenta, sendo que o excesso de açúcar22 é eliminado pelos rins21. Como a concentração de açúcar22 é demasiado elevada, tem que ser diluída em água, obrigando o organismo a eliminar uma quantidade de água superior ao normal. Dessa forma, para que o organismo reponha os níveis normais de água, é também normal que se tenha sede de forma mais frequente. Na insuficiência renal13, os túbulos renais não funcionam adequadamente e as suas funções não são corretamente desempenhadas. Assim, ocorre a eliminação de substâncias que não existem em excesso no sangue20 ou então os rins21 podem não conseguir realizar a reabsorção de água para o sangue20 e o volume dela aumentará na urina2 e ficando esta menos concentrada.
Quais são os principais sinais23 e sintomas24 que acompanham a poliúria1?
Frequentemente a poliúria1 é secundária à polidipsia3 e esse sintoma4 pode ser tão notável quanto o sintoma4 urinário. Pode acontecer também o contrário e a poliúria1 levar a um aumento da sede (polidipsia3). Na poliúria1 há a eliminação de mais de 2,5 litros diários de urina2. Não há, como na polaciúria, a eliminação frequente de pequenas quantidades de urina2, mas, ao contrário, de grandes quantidades, correspondente a uma bexiga25 repleta. No diabetes9 insípidus, em que há uma grande polidipsia3 central e uma poliúria1 consequente, é produzida uma urina2 muito diluída e com densidade muito baixa. No diabetes mellitus7, quanto maior for o nível de glicose26 no sangue20, maior será a quantidade de água na urina2 e por isso, maior a quantidade de urina2 e mais diluída ela será. Na insuficiência renal13, geralmente ocorre a eliminação de substâncias que não estão em excesso no sangue20, mas que os túbulos renais não conseguem reabsorver, aumentando, assim, o volume da urina2. A poliúria1 também pode ser o primeiro sinal27 perceptível de doença nos rins21.
Como o médico trata a poliúria1?
A solução da poliúria1 depende do tratamento das doenças causais, mas é de bom alvitre, em quase todos os casos, reduzir o aporte de líquidos ingeridos. O volume da diurese28 pode ser contido por antidiuréticos, angiotensina II e aldosterona, mas não se deve usar essas substâncias sem tratar as causas primárias da poliúria1.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.