Saiba mais sobre a hepatite fulminante
O que é a hepatite fulminante1?
A hepatite fulminante1, também conhecida como hepatite2 aguda grave ou falência hiperaguda do fígado3, é a condição de maior gravidade dentre as doenças do fígado3, podendo levar, em mais da metade dos casos, um indivíduo até então sadio à morte em questão de dias ou semanas. Nos pacientes que conseguem sobreviver por tempo maior, a hepatite fulminante1 leva a um quadro de encefalopatia4 dentro de oito semanas, em virtude do dano hepático severo.
Quais são as causas da hepatite fulminante1?
Entre as causas mais comuns da hepatite fulminante1 destacam-se o uso de medicamentos como antibióticos, psicotrópicos5, antidepressivos, remédios para diabetes6, analgésicos7 comuns como o paracetamol/acetaminofeno, as hepatites8 virais A e B, doenças autoimunes9, entre outras. Nos recém-nascidos, as infecções10 e os erros metabólicos são as causas mais comuns.
Qual é a fisiopatologia11 da hepatite fulminante1?
Uma necrose12 hepática13 aguda, secundária a uma infecção14 viral ou a uma toxina15, leva à encefalopatia4 e à coagulopatia, devido à falência da regeneração hepática13. O processo íntimo que leva a esse grande dano hepático ainda é desconhecido, mas sabe-se que é multifatorial, dependente da idade, da susceptibilidade16 do paciente e da severidade do dano hepático.
Quais são os principais sinais17 e sintomas18 da hepatite fulminante1?
Os principais sinais17 e sintomas18 da hepatite fulminante1 são exatamente iguais aos de uma hepatite2 comum: urina19 escura, pele20 e olhos21 amarelados (icterícia22), mal-estar, inchaço23 e dor no abdome24, dores no corpo, falta de apetite, desânimo, confusão mental, febre25 baixa, náuseas26 e vômitos27. O que a difere da hepatite2 aguda comum é que sempre a urina19 fica rapidamente escura e os olhos21 amarelados, em virtude de uma acentuada icterícia22. Além disso, rapidamente surgem outros sintomas18: perturbações do sono, voz empastada, raciocínio lento, acentuado mal-estar, etc.
Como o médico diagnostica a hepatite fulminante1?
O diagnóstico28 da hepatite fulminante1 pode ser suspeitado mediante o histórico médico do paciente, pelo exame físico e pode ser complementado por exames laboratoriais e, por fim, seguido por uma biópsia29 do tecido30 hepático, que tanto permite detectar a gravidade das lesões31 como, em algumas vezes, as causas da doença.
Como o médico trata a hepatite fulminante1?
Para o tratamento da hepatite fulminante1 o paciente deve ser internado em uma Unidade de Tratamento Intensivo e assistido por uma equipe especializada liderada por um hepatologista, porque ele é bastante complexo e requer múltiplos recursos terapêuticos. Por exemplo, a ingestão de proteínas32 deve diminuir e a glicose33 deve ser monitorada, pois esses pacientes têm casos de hipoglicemia34 frequentes. Em alguns casos (cerca de 50%) o fígado3 pode se regenerar após repouso absoluto e suporte medicamentoso e alimentar; outros têm de caminhar para um transplante de fígado3. O médico deve atuar no sentido de prevenir as complicações enquanto aguarda a regeneração do fígado3 ou um doador, se for o caso de transplante.
Como prevenir a hepatite fulminante1?
A prevenção da hepatite fulminante1 deve ser feita através da vacinação contra hepatites8 e o uso de remédios só deve ser feito sob a orientação médica.
Como evolui a hepatite fulminante1?
Quando disponíveis e adequadamente implementados, os tratamentos clínicos podem levar à cura mais ou menos metade dos pacientes. A outra metade deve ser tratada o quanto antes por um transplante de fígado3 de forma emergencial. Após o transplante, a sobrevida35 do indivíduo varia de acordo com a idade do paciente, a causa da falência hepática13 e o comprometimento de outros órgãos como os rins36, por exemplo. Contando com todos os recursos, inclusive o transplante, é possível salvar cerca de 80% dos pacientes.
Quais são as complicações possíveis da hepatite fulminante1?
As complicações da falência hepática13 que resulta da hepatite fulminante1 são numerosas e incluem, por exemplo, septicemia37, sangramento gastrointestinal, edema38 cerebral, insuficiência renal39 e cardíaca.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.